O Mundo dos Reptilianos
Há bilhares de anos luz de nossa galáxia existe um planeta cem vezes menor que a terra. As águas dos oceanos são turvas e amarronzadas, o chão é quase sempre de cor escurecida, principalmente nas regiões inóspitas e afastada das cidades. A civilização que outrora tinha sido enorme, foi dizimada por guerras, fome e doenças. A tecnologia é de certa forma avançada também.
Os habitantes deste planeta possuem carapaças duras que revestem a pele interna, que é úmida. Estas carapaças podem ser pretas ou verdes escuro. Em raríssimos casos vermelhas escuro. Os olhos são duas vezes maiores que os nossos, de cor ora avermelhada ou amarelada.
Ao todo existem sete luas neste planeta. Toda distribuidas entre os continentes. Ela são aproximadamente mil vezes menores que a nossa lua, e possuem consciência e vida própria, são seres.
As luas deste planeta são seres milenares e também são adorados como Deuses. Sacrifícios são comuns, assim como oras de meditação e contemplação.
Estes seres milenares, possuem expressões grotestas e enrugadas, como se já não existisse a vontade de estar ali, de existir.
Cada lua possui uma função específica na ordem deste planeta. Mortozonoth é o responsável por tudo relativo ao mar. Porém algo estava errado e as pessoas perceberam que algo não estava certo. O Império então decidiu enviar um expedição em uma nave até Mortozonoth para entender o que de fato estava acontecendo.
Ele já estava preparado pela expedição. Já tinha previsto horas antes delas virem... Em menos de cinco minutos terráqueos, a nave aproxima-se de Mortozonoth. Através de ondas supersônicas:
- Saudações magnânimo Mortonozoth. Não deixamos de perceber sua insatisfação com algo, decidimos vir entender o seu aborrecimento, com todo respeito meu Deus.
Mortozonoth olha em direção à nave. Olhos que mesmo a milhares de quilômetros de distância dos tripulantes, era possível denotar a sabedoria e divindade interna. Olhos que pareciam saber de tudo, ver tudo e entender tudo. E em uma voz estrondosa, em um tom jamais visto ou entendido por qualquer ser, ele diz
- Assim como está acima do chão também está abaixo do mar. Uns sabem da própria condição e da condição dos outros; outros sabem da própria condição porém de nada sabe das dos outros. Como uma chama terminando de se consumir, assim está sendo com ambos de vocês.
Ao terminar, fechou levemente os olhos e devagar foi orbitando para mais afastado deste planeta.
Os tripulantes voltaram em silencio. Nada foi entendido, porém ao mesmo tempo uma repentina sensação de medo e receio percorreu a espinha de cada um.
Meses depois, a civilização que existia debaixo dos mares, precisando de recursos para sobrevivência da própria espécie, atacou a civilização de cima, que de nada sabiam. Chegou perto, mas ainda não foi o fim. Restaram ainda reptilianos sobreviventes, que olhavam o horizonte do Universo com olhos cerrados.
Mortozonoth com uma expressão cansada, viu pela milésima vez a mesma situação ocorrendo com civilizações diferentes... fechou os olhos e continuou em sua órbita.