Além da Via
A nave continuou cortando a poeira cósmica em tentativas de quebrar a luz invisível. Apesar de toda tecnologia empregada em solo para sua construção, o sol teimava em queimar o aço que a formava. Seu material era tão resistente quanto o ficcional adamantium, era um aço tão feroz que trazia conforto, alívio e segurança para aqueles que se transportavam em seu interior. Alguns anos luz adiante, avistaram uma enorme parcela tragicamente arredondada de terra. Precisavam saber se havia água, terra fértil ou mesmo uma espécie interessante de vida. Mais alguns mil quilômetros e conseguiram pousar. O solo era firme, a areia sedimentada lembrava as rochas frágeis do deserto americano, no horizonte uma serra era coberta por uma visibilidade frágil. Em instantes a porta da nave se abriu e puderam colocar a cabeça para fora, com seus capacetes, é claro. Como seria o ar? Teria vida? Era só esperar.