THE BEAST IS BACK - CAIXA DE PANDORA 2 (participante do 5º Desafio Contadores de Histórias)
Eu estou voltando, eu retornarei
E eu possuirei seu corpo
E irei fazê-lo queimar
Eu tenho o fogo, eu tenho a força
Eu tenho o poder de fazer
O meu mal seguir seu curso
The number of the beast - Iron Maiden
O bem e o mal deixaram de ter seu peso na balança quando a Terra foi destruída para que ficasse provado que um era o outro e o outro era o um. E tudo começou com aquele desmoronamento nas obras de ampliação da linha amarela do sistema metroviário em São Paulo. Quando foi isso mesmo... acho que no Ano 2007 de Nosso Senhor... Nosso Senhor? O Senhor que todo mundo queria era o Senhor da Guerra! A Terra aguentou um ano e cabuuuuum... não sobrou senhor de porra nenhuma! Só eu.
Fui salvo pela misericordiosa curiosidade do povo de Arret, do sistema solar vizinho. Fui salvo em segredo, já que comunicaram aos aliados que interceptaram uma transmissão do sistema vizinho noticiando que um planeta explodiu e que suspeitavam de um ataque. Na verdade, uma nave arretiana havia me resgatado daquele satélitezinho de bosta e me ressuscitado. Tecnologia, cultura, espiritualidade, mentes, pessoas... tudo tão elevado. Sondaram minha memória em busca de segredos militares e tecnológicos, inúteis para mim.
Não são tão diferentes assim dos extintos “terráqueos”: manipuladores e simpáticos, donos da verdade e humildes, cultos e... burros não seria a palavra certa já que são inteligentes. Fico meio confuso pela incoerência de serem avançados e... sei lá... faltar algo humano...
Logo que tomei pé da minha nova situação, há sete ciclos atrás, me apaixonei por duas coisas: suas naves espetaculares, fortes, velozes e poderosas, e a Itat.
Foi após sair do hospital central de Arret, onde me recuperava do processo de ressuscitação, que a vi pela primeira vez; ela passou deixando atrás de si estrelinhas amarelas! Itat nem parece que é arretiana de tão “humana” que é capaz de ser. E deixa atrás de si estrelinhas amarelas já que ela é amarela e brilha! Linda! Sempre estendendo a mão estrelada para alguém e quando estendeu para mim...
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Merda! Logo agora esse alarme de intruso no sistema vai tocar! Pausar gravação do diário! Configuração da nave intrusa.
“Nave etramiana, propulsão sub-dimensional obsoleta, uma forma de vida desconhecida.”
E para onde ele vai?
“Odarod Le.”
O que tem lá?
“Os recursos naturais preciosos foram exauridos por completo há mais de cem ciclos.”
Alguma atividade não autorizada ou secreta?
“Nenhuma atividade não autorizada. Atividades secretas são possíveis, mas não temos acesso.”
Alguma coisa interessante no banco de dados dos aliados?
“Seiscentas e sessenta e seis referências entre pesquisas, reportagens e literatura.”
Meia, meia, meia, o número da besta!
“Uma referência no banco de dados.”
Preciso resolver essa sua carência de informações importantes.
“Meu banco de dados é alimentado com...”
Eu sei da excelência do seu banco de dados; não te batizei de Iron Maiden por acaso!
“Essa informação ainda é deficiente no meu banco de dados, vez que as sondagens em suas memórias não são tão claras a respeito.”
Como não? Já conseguimos recriar quase todas as músicas do Iron Maiden só com o que esse scanner de memória sugou da minha cabeça! E por falar nisso, já terminou o programa holográfico daquele show?
“Programa completo, aguardando teste.”
Essa merda de alarme de novo! O que foi agora?
“Outra nave entrou no sistema. Configuração etramiana, propulsão sub-dimensional obsoleta de quinta geração, cinco vezes mais veloz que do primeiro intruso, armamento do tipo teletransporte de curto alcance, um tripulante humanoide, rumando para Odarod Le.”
Curso de interceptação da segunda nave. Ativar armas e teletransporte com bolha. Comunicação... Nave não identificada, declare seu objetivo neste sistema.
“Nenhuma resposta. A segunda nave conseguirá atingir a primeira em... agora.”
Merda! Transporta o tripulante da primeira!
“Sua nave foi atingida. Há muita interferência por causa do vazamento de plasma dimensional.”
Tem alguma coisa interessante nesse planeta que ninguém contou pra você. Bora lá! Vamo vê o que é!
“Informação não processada.”
Velocidade máxima até Odarod Le. Alerta vermelho! Sempre quis ordenar isso! A primeira nave já caiu?
“Fez um pouso forçado.”
Localização?
“Ao lado do hangar principal da estação de extração. Se me permite a ousadia de extrapolar minha programação... um pouso forçado muito bem calculado.”
Também achei e pode se permitir essa extrapolação sempre que quiser. E a segunda nave aterrizou ao lado, certo? Você vai me transportar para onde eles estão.
“Impossível executar. Há um inibidor de scanner onde eles entraram.”
Então vamos esperar aqui mesmo.
“Enquanto discutíamos sobre o projeto holográfico e a presente missão, procurei alguma referência que pudesse interessar nos bancos de dados disponíveis e encontrei uma lenda que fala de um artefato de imenso poder escondido no planeta numa área protegida de sondagens externas.”
E essa área é onde eles estão. Assim que saírem das sombras, traz pra cá quem tiver esse artefato na mão.
“Não é recomendável já que não conhecemos a extensão do poder do artefato.”
Separa os dois na hora do transporte. Você pode fazer isso?
“Acredito que não. Eles saíram da sombra, mas não tenho uma trava precisa. Agora estão lutando! Houve uma explosão no que deveria ser o corredor de acesso ao hangar.”
Muito bem! Alguém vai sair voando de lá. Quero ele só para mim!
“Informação não processada.”
Rede de bloqueio frontal! Camuflagem! Eles ainda não sabem que estamos aqui?
“Exceto pela tentativa de comunicação anterior.”
Identificou algum deles?
“As duas naves foram roubadas em Etram. A primeira há três subciclos atrás e a segunda apenas um subciclo. As autoridades noticiaram que a primeira foi roubada por uma criatura não identificada e a segunda por um humanoide estrangeiro.”
Estrangeiro de onde?
“Não sei se devo dizer...”
Quem manda aqui sou eu!
“Humanoide do planeta Terra.”
Planeta Terra? Sei, conta outra. Ôpa! Quem tá nessa nave?
“Os dois intrusos.”
Qual deles é o prisioneiro?
“Nenhum. O humanoide está pilotando e a criatura parece que entrou escondida.”
Quanto tempo até chegarem à rede de bloqueio?
“Bem pouco. Agora detecto apenas uma forma de vida à bordo.”
A criatura...
“Ele disparou direto em nossa casa de máquinas. Força principal em vinte por cento.”
Merda! Como ele nos viu? Manobradores manuais! Quanto tempo pra consertar?
“O suficiente para que o invasor fuja.”
Scanners nele o quanto puder. Um olho no peixe, outro no gato.
“Informação não processada. Atividade sísmica intensa em Odarod Le. A pressão no núcleo excedeu o ponto crítico. Destruição do planeta iminente.”
Quanto tempo até a lua mais próxima?
“Não o suficiente.”
Você é durona, por isso seu nome é Iron Maidem! Me dá tudo que tem...
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Luazinha durona aquela. Já passei por isso quando a Terra explodiu; fiquei escondido atrás da Lua. Aí o povo de Arret me resgatou, me ressuscitou, conheci a Itat, com suas estrelinhas amarelas, me alistei na Patrulha do Espaço e me deram uma navezinha mequetrefe. Transformei ela na Iron Maiden, a mais rápida, ágil, inteligente e companheira; a melhor nave da patrulha!
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A criatura rumou para o meu antigo sistema solar. Agora ela não escapa! Aí a gente aproveita a viagem e tenta achar alguma coisa boiando entre os destroços.
“Informação não processada.”
Às vezes tenho dúvidas se você é a melhor da patrulha mesmo!
“Estou brincado, “O Captain! My Captain!” Walt Whitman, poeta de seu planeta natal.”
Muito bem! Bóra lá pegá essa criatura!
“Informação não processada.”
Se concentra na missão, que depois a gente conversa sobre isso!
“Não seria recomendável comunicar ao comando da Patrulha do Espaço, Captain! My Captain?”
Agora ficou cheia de graça? O sistema de comunicação está inoperante, lembra?
“O sistema está operante.”
Quem é o Captain! Your Captain? O que diz o scanner de longo alcance?
“Muitos destroços do planeta Terra, sua lua e todos os planetas mudaram de posição por causa da explosão, mas o rastro na nave é bem nítido.”
Então me dá de volta o controle do leme. Bóra lá! Vamos nos divertir um pouco.
“Informação parcialmente processada. Qual o uso apropriado da expressão “bóra lá”?”
Faz o seguinte: para com esse negócio de Captain! My Captain! e usa o “bóra lá” no começo ou no final da frase. Entendeu?
“Entendido! Bóra lá!”
Você já descobriu porque a criatura conseguiu acertar a gente? Estávamos camuflados!
“Bóra lá! Negativo! Qual o significado da expressão “bóra lá”?”
Quer dizer “vamos lá”. Você fez um scanner térmico ou de ultrassom da criatura?
“Bóra lá! Negativo para térmico; a criatura não emite calor. Bóra lá! Negativo para ultrassom; a nave fazia muito barulho, causando excessiva vibração, confundindo os sensores. Bóra lá!”
Você está exagerando no uso do “bóra lá”; tenta usar quando for um momento de ação, de aventura, um convite ao prazer. Então só sabemos que essa criatura é inteligente demais, forte demais, enxerga o que os outros não enxergam e tem um artefato de imenso poder nas mãos? Bóra lá pegá ele!
“Agora é um momento bom para usar o “bóra lá”?”
É agora! Bóra lá!
“Bóra lá!”
Esse sistema solar tá uma bagunça! Sabe dizer se o governo de Arret andou por esses lados nos últimos ciclos?
“Agora não me parece adequado o uso do “bóra lá”. Não há registros de domínio público referente ao assunto, mas enquanto pesquisava alguns bancos de dados de mercenários encontrei várias referências a expedições de naves arretianas no setor.”
Sabe o que eles procuravam?
“Negativo.”
Alguma referência sobre a criatura? Alguma imagem?
“Bóra lá! Uma câmera de vigilância em Etram conseguiu um close da criatura. No monitor, ampliando, filtrando distorções... Bóra lá! Eis a criatura!”
Alguém teve a brilhante idéia de fazer um bio-scanner desse bichinho?
“Se alguém teve essa idéia, o resultado está bem guardado.”
Se com aquela lata velha ele fez um pouso forçado bem onde queria, o que não pode fazer com essa lata velha bem melhor? O que é aquela nuvem esquisita ali?
“É a nave que perseguimos. Ele mudou a polaridade magnética do casco para atrair lixo espacial leve.”
Aquela nave tem essa tecnologia?
“Não. Ele reprogramou os sistemas. O armamento sub-dimensional tem um alcance maior agora.”
Você consegue se proteger disso?
“Bóra lá! Sou capaz de neutralizar seu disparo na sub-dimensão.”
Não estou duvidando de você, mas vamos dar o drible da vaca nele.
“Informação não processada.”
Você finge que vai por ali e vai por aqui. Consegue projetar uma imagem sua, convincente, na frente dele?
“Bóra lá! Sou sempre convincente!”
Então faz isso e a gente pega ele por baixo. Quero a nave dele apagada, aí você transposta ele para um campo de contenção tipo vermelho na sub-dimensão e eu cuido do artefato de imenso poder. Pode executar.
“Imagem projetada... em posição... pulso magnético sub-dimensional nos sistemas da nave... não encontro a criatura dentro da nave...”
Merda! Ele deve estar aqui dentro!
“Negativo. Ele se transportou para aquele destroço do planeta Terra ali na frente, dentro de uma bolha de contenção nível vermelho.”
Me dá a imagem ampliada dele... então você é a tal criatura? O que é aquilo na mão dele?
“Creio ser o artefato roubado de Odarod Le.”
Não, na outra mão... amplia mais... é uma guitarra? Pérai! Acho que conheço essa criatura...
“Posso perguntar de onde?”
É o Eddie! É sim! É o Eddie!
“Um registro sobre Eddie no sistema. Mascote da banda Iron Maiden. Tema das capas de todos os discos da banda, com um estilo diferente em cada disco. Nenhum registro que se assemelhe à criatura em questão.”
É ele sim! Mas não era uma criatura com vontade própria...
“Informação não processada.”
Você consegue me colocar naquela bolha?
“Devo insistir que é muito arriscado. Assim que sair da sub-dimensão, a criatura pode matar você.”
Então me põe lá dentro com a minha própria bolha tipo vermelho. E por falar nisso, o que sustenta a bolha dele?
“Um emissor móvel.”
Temos um também? Carrega o meu com o show holográfico e todas as músicas do Iron Maiden disponíveis. Bóra lá!
“E se não for o Eddie? Não sabemos ainda que tipo de imenso poder tem aquele artefato.”
Bora lá! É o Eddie sim! Ele precisa saber que a banda ainda existe.
“Ao menor sinal de perigo tiro você de lá!”
Você nunca me deu ordens! Tá extrapolando bem sua programação.
“Não foi minha intenção. Emissor móvel carregado.”
Pode continuar extrapolando; gosto disso. Bóra lá! The beast is back!
-------------------------
Puta merda, como ele é grande! E tá bem machucado também! Leitura de bio-scanner com transmissão simultânea. Tocar partes das principais músicas em modo aleatório: “666 the Number of the Beast Sacrifice is going on tonight” Muito bem, chamei sua atenção. “Run, live to fly, fly to live, do or die Run, live to fly, fly to live, Aces high” “Two minutes to midnight The hands that threaten doom. Two minutes to midnight To kill the unborn in the womb” “Fear of the dark, fear of the dark Fear of the dark, fear of the dark When I'm walking a dark road I am a man who walks alone.” Eddie! Eddie! A banda não acabou! Eddie! Olha atrás de você! Ativando holografia... Olha lá Eddie! A banda tocando! “Screeeeaaaming for me, Eddiiiiiieeee!” Gostei dessa mudança de última hora! O Bruce chamando a atenção do Eddie!
“Bóra lá! Estou usando o meu direito de extrapolar a programação. Enquanto isso acessei o banco de dados de Sunêv e encontrei uma referência sobre o artefato de imenso poder que o Eddie tem na mão. Diz a lenda que se trata da Pirâmide da Vida dotada do imenso poder de criar, destruir e recriar mundos.”
Vidas também?
“Parece que não e ele não sabe disso.”
Você consegue neutralizar o emissor móvel ou assumir o controle da bolha dele? Se conseguir, tira ele daqui como combinamos e transporta o artefato para um lugar seguro até descobrirmos mais sobre ele.
“A bolha do Eddie está emitindo frequências aleatórias e não consigo fazer nada. Estudando opções.”
Então deixa comigo... desativando bolha. Eddie! Eddie! A Pirâmide da Vida só pode recriar a Terra! Ela não pode recriar a vida! Você me entende?
- Você é humano! Como sobreviveu?
Você fala! Eddie, você não pode trazer a banda de volta com essa Pirâmide da Vida!
- O que você sabe sobre ela? O que você sabe sobre mim?
Só sei que essa Pirâmide não traz vidas de volta! O humano sobrevivente que recriou quase todas as músicas do Iron Maiden e esse show holográfico a partir das próprias memórias! O que você acha que esse humano sabe de você?
- Como você descobriu quem sou?
Você tem uma guitarra na mão! Que outra criatura desconhecida teria uma? Eddie, deixa eu te ajudar!
“Atualizando as informações: a Pirâmide da Vida é assim chamada porque tem o imenso poder de criar planetas com condições de desenvolver formas de vida. Foi guardado em Odarod Le nas camadas mais profundas das placas sísmicas, longe dos nossos poderosos scanners. Ela funciona com uma chave que se encaixa em um dos três orifícios nas laterais do artefato piramidal. Tire a chave dele e nada acontecerá.”
- Você está junto com aquele humano que me perseguia?
“O humano que o perseguia já vivia em Etram há mais de vinte ciclos. Registros dizem que ele foi abduzido e escrevizado em Oãtulp.”
Não Eddie! Ele era um mercenário que vivia em Etram há mais de vinte anos. Ele foi abduzido para ser escravo em Oãtulp, um planeta gelado, e conseguiu fugir para Etram.”
- Não acredito em você!
Calma Eddie! Não gira a chave ainda! Eu posso te ajudar.
- Tarde de mais, humano!
Merda! O que tá acontecendo?
- A Terra está sendo recriada!
Eddie, você tem que vir comigo!
“O sistema todo está se movendo. Pelos meus cálculos, os destroços do Planeta Terra vão se juntar e os planetas e luas voltar a posição original.”
Tirei o emissor móvel dele! Tira a gente daqui!
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Cadê o Eddie e a Pirâmide da Vida?
“O Eddie está numa bolha tipo vermelho na sub-dimensão e a Pirâmide da Vida está em outra bolha tipo vermelho no compartimento de carga. Pelos meus cálculos, não conseguiremos sair do sistema a tempo e meu casco não aguentará a pressão desse espaço em movimento.”
Então a gente tem que se esconder na sub-dimensão. Você consegue?
“Não tenho certeza, mas é nossa melhor chance.”
Bora lá! Como será que ele conseguiu aquela guitarra?
“Deve ter sintetizado ou roubado em Etram.”
Você consegue trazer ele para dentro?
“Positivo, mas não posso garantir a integridade da bolha.”
E as leituras do bio-scanner?
“Bóra lá! Eddie tem as primeiras cadeias do DNA de humanoide do planeta Terra. As sequências de aminoácidos são caóticas, o que sugere mutações provocadas em laboratório. Ele é de carne e osso, como você, só que a estrutura óssea e muscular é mais resistente e adaptável, numa ordem de cinquenta vezes mais. Sua inteligência e capacidade de compreensão são surpreendentes até para mim. E o Eddie identificou minha posição, mesmo camuflada, porque tem o olho esquerdo mecânico interligado por um conversor de sinais elétricos ao córtex visual, que lhe permite enxergar energia. Não consegui uma sondagem térmica porque ele pode controlar a temperatura corporal.”
Se o trouxermos para dentro você não garante a integridade da bolha, mas conseguiria manter seu sistema em segurança?
“Criei um espelho do sistema que pode nos dar tempo para reagir. Quanto à sua segurança, sugiro transportá-lo para uma bolha tipo vermelha na sub-dimensão.”
Não vou a lugar nenhum! Traz ele pra cá sem bolha. Ele precisa de mim vivo.
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-Humano sobrevivente! Você vai morrer!
Eddie, você precisa de mim. A banda precisa de você. Precisamos uns dos outros!
-Já tenho o que quero!
Como você pretende recriar a vida na Terra? Não tem idéia, né! Eu tenho.
-O humano sobrevivente viverá!
Eddie, eu conheço pessoas que podem ajudar.
“O que você está fazendo? Não há registros de alguém que possa fazer isso!”
Eddie, esta não é a fronteira final!
THE BEAST CONTINUES...
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COMENTÁRIOS RECEBIDOS DURANTE O DESAFIO
11/03/2015 21:23 - Eduardo monteiro
Run to the hills... Fear of the dark... 666 the number oh the beast. Autor (a) que conto doido, rs. sou fã da banda e me alegrou muito essa sua escrita louca. E a dama de ferro para sempre irá resistir. Os diálogos me alegraram bastante, houve repetições sim, porém faz parte da máquina e isso se cabe perfeitamente na sua estória. Gostei de mais. Parabéns, autor. Espera, onde é a fronteira final? satélite 15, rs. I try to call the Earth's command Desperation in my voice I'm drifting way off course now With very little choice
08/03/2015 22:35 - ojackie
Olá, autor. Gostei da referência à banda e ao filme. Também destaco os diálogos - as repetições se fazem necessárias em se tratando de linguagem de programação - é uma pena que se trata de uma passagem de uma estória maior. Mesmo assim parabéns pelo conto.
07/03/2015 09:15 - JC Lemos
Olá, autor(a) Infelizmente, não consegui gostar do conto. Está muito bem escrito, mas a história não me agradou. Começou até bem, mas foi se tornando maçante conforme ia avançando. As situações também não me encheram os olhos. Queria poder ter gostado mais, mas não rolou. Espero que não leve a mal, é apenas questão de gosto mesmo. De qualquer forma, merece os parabéns! Boa sorte!
05/03/2015 20:00 - Antonio Roque Gobbo
Personagem completamente incoerente, diálogos longos e maçantes, repetição à exaustão. Mistura incongruente de gêneros. Não gostei.
04/03/2015 12:47 - Walter Crick
A história é boa, como muitos já comentaram, porém ainda acho que tem muito a evoluir, tanto na questão dos diálogos arrastados quanto na forma de abordagem do tema. Mesmo assim, um bom conto. Parabéns!
03/03/2015 01:45 - Gilson Raimundo
Dialogo truncado e um pouco cansativo, história saudosista com grande potencial, afinal todos procuram seu Eldorado, mesmo que seja em Marte.
02/03/2015 00:33 - Sidney Muniz
Bóra lá? Pois é rapaz, eu gostei demais e entendi perfeitamente o objetivo das repetições. Sim, elas foram necessárias para criar a confusão que o autor queria. E do meu ponto de vista, se isso é proposital e necessário para a estrutura do personagem, para mim é o bastante. A trama é muito boa também e agora acabo de mudar minha ideia e acredito que sei quem escreveu esse conto maluco... haha. Bom, sugiro uma revisão mais atenta, mas adiantando que os equívocos são em sua maioria, mais em virtude da nota ortografia. porque a criatura - por que a criatura - pergunta/sub-dimensional - subdimensional -sub com hífen apenas quando a seguinte começar com B,H ou R/bioscanner sem hífen/ No mais desejo sorte no desafio, parabenizo pela originalidade e por tudo o mais! Parabéns mesmo!
01/03/2015 19:11 - Mariana G
Não gostei muito do conto. O personagem não é muito cativante, chegando a ser irritante e infantil por praticamente toda a historia. Os diálogos estruturados dessa forma deixam o inicio da leitura difícil e demorei para acompanhar os acontecimentos, mesmo essa organização sendo bastante criativa. Adorei a menção de Walt Whitman e o personagem Eddie também tendo a ver com o Iron Maiden, obviamente, mas isso não foi o suficiente para a historia me conquistar. Enfim, boa sorte no desafio.
01/03/2015 18:07 - Flor do Sol
A imagem e a chamada de abertura do conto ficaram perfeitas, porém, o texto foi muito extensivo, por vezes, não senti pressa a leitura, ficou com muitos diálogos repetitivos, tipo " bóra lá" , informação não processada... Mas acredito com uns ajuste na reedição ficará ótimo, de todo gostei da criação, parabéns ao autor!
28/02/2015 17:58 - Sonia Barbosa Baptista
Parabéns ao autor pelo conto que ficou muito bom, gostei muito que me fez lembrar Eddie e a banda de rock.
28/02/2015 13:46 - HENRICABILIO
imagino que este conto tenha dado muito trabalho a criar, mas como é pouco descritivo e palavroso fica pouco objetivo e claro - algo que que espera num conto curto. Saudações! _Abílio
28/02/2015 10:59 - Alex Raymundo
Conto muito, muito interessante e bem desenvolvido. Se bem que, em algumas partes, me pareceu descambar para o "Guardiões da Galáxia" :)
25/02/2015 10:21 - Ana Carol Machado
Eu só conheci essa banda por causa de um show que teve na minha cidade há uns anos atrás, um dos poucos shows de rock que teve em Belém, até esse show eu não a conhecia. Conheço poucas músicas, por coincidência uma das poucas que conheço é essa " The number of the Beast". Eu gostei do conto. Boa sorte no desafio.
24/02/2015 19:44 - Maria Santino
Cara! Acabo de vir de outro desafio e o tema era pecados capitais, pow meu!, minha cota de pecados já expirou kkkk Fiquei com inveja da sua criação aqui. Parabéns! O conto funciona mais para quem curte a Banda (meu caso). Só entre nós, quando eu era menor criei um conto de super heróis com o Eddie também, o nome do conto era "Heavy Boys" rsrsr Bons tempos... Então, eu curti os nomes ao contrário "El Dorado" "Marte", "Plutão". Quase choro com as músicas da banda (mas isso é loucura minha mesmo) e curti bastante algumas descrições e ambientações. Vc narrou um conto praticamente todo em diálogos (o que faz tudo passar rapidinho na mente e deixa a narrativa fluida). Gostei bastante do conto, mas acho mesmo que ele funciona mais com os que curtem a banda. Parabéns pelo modo despojado da narrativa (geralmente eu não curto), mas esse sim eu gostei. Buona Fortuna!
23/02/2015 23:26 - G R Galanti
Achei o texto confuso em algumas partes e não entendi muito bem outras. Não sei o que comentar, na realidade. Acho que ficarei somente com o "boa sorte". Boa sorte.
23/02/2015 17:58 - Leandro G Card
Agora a visão do outro lado: Não curto rock no estilo "esgana-gato" e praticamente desconheço Iron Maiden, fora as ilustrações das capas dos discos. Por isso o conto ficou meio non-sense, parecendo sem objetivo além de fazer apologia à banda (mas talvez isso mude na continuação). O parágrafo que lista uma sequência de títulos de músicas do conjunto ficou extremamente cansativo, e as informações sobre o que está acontecendo na ação quase se perderam. No entanto, o autor mostrou ter um bom domínio da arte da escrita, pois apesar da ambientação estranha e da trama meio mirabolante a história não chegou a se tornar confusa, foi possível acompanhar seu desenrolar sem dificuldades até perto do final. A construção da personalidade do computador da nave ficou muito boa, deu para perceber nitidamente a máquina tentando simular o comportamento humano sem ser muito bem sucedida. Já após o personagem "Eddie" entrar na ação a coisa degringolou um pouco, ficou difícil dizer quem estava fazendo o quê, mesmo com o artifício do travessão e das aspas.
22/02/2015 19:29 - Pedro T
Olá autor! Não sei se é porque curto Iron Maiden, mas achei bem divertido o texto. As ressalvas: alguns diálogos soaram meio forçados, principalmente pelas repetições do "bora lá". Pra mim ficou esquisito também usar o travessão no diálogo com o Eddie e as aspas nos diálogos com o computador, talvez exista uma razão para isso mas não saquei. Não sei se o pessoal que não curte metal vai sacar as referências, mas gostei do conto.Ah, depois de ler fui ouvir " The Final Frontier" no Spotify, hehe. Parabéns e boa sorte!
20/02/2015 23:50 - Carlos Henrique Fernandes Gomes
Baseado no clipe da música "The final frontier" e na ilustração promocional. É uma continuação de Caixa de Pandora, conto "comemorativo" ao 1º aniversário do desmoronamento das obras do Metrô em São Paulo, na estação Pinheiros em 2007 (até hoje ainda não andei nessa linha!). Os personagens são o astronauta que narrou a explosão da Terra e Eddie (Edward, The Head), o mascote da banda Iron Maiden (a maior banda do Universo!) Deixei de descrever a criatura Eddie, pois não achei jeito de fazê-lo sem parecer piegas, ainda mais com a possibilidade de usar uma ilustração. Foi divertido e continuará sendo: Caixa de Pandora continua!
Eu estou voltando, eu retornarei
E eu possuirei seu corpo
E irei fazê-lo queimar
Eu tenho o fogo, eu tenho a força
Eu tenho o poder de fazer
O meu mal seguir seu curso
The number of the beast - Iron Maiden
O bem e o mal deixaram de ter seu peso na balança quando a Terra foi destruída para que ficasse provado que um era o outro e o outro era o um. E tudo começou com aquele desmoronamento nas obras de ampliação da linha amarela do sistema metroviário em São Paulo. Quando foi isso mesmo... acho que no Ano 2007 de Nosso Senhor... Nosso Senhor? O Senhor que todo mundo queria era o Senhor da Guerra! A Terra aguentou um ano e cabuuuuum... não sobrou senhor de porra nenhuma! Só eu.
Fui salvo pela misericordiosa curiosidade do povo de Arret, do sistema solar vizinho. Fui salvo em segredo, já que comunicaram aos aliados que interceptaram uma transmissão do sistema vizinho noticiando que um planeta explodiu e que suspeitavam de um ataque. Na verdade, uma nave arretiana havia me resgatado daquele satélitezinho de bosta e me ressuscitado. Tecnologia, cultura, espiritualidade, mentes, pessoas... tudo tão elevado. Sondaram minha memória em busca de segredos militares e tecnológicos, inúteis para mim.
Não são tão diferentes assim dos extintos “terráqueos”: manipuladores e simpáticos, donos da verdade e humildes, cultos e... burros não seria a palavra certa já que são inteligentes. Fico meio confuso pela incoerência de serem avançados e... sei lá... faltar algo humano...
Logo que tomei pé da minha nova situação, há sete ciclos atrás, me apaixonei por duas coisas: suas naves espetaculares, fortes, velozes e poderosas, e a Itat.
Foi após sair do hospital central de Arret, onde me recuperava do processo de ressuscitação, que a vi pela primeira vez; ela passou deixando atrás de si estrelinhas amarelas! Itat nem parece que é arretiana de tão “humana” que é capaz de ser. E deixa atrás de si estrelinhas amarelas já que ela é amarela e brilha! Linda! Sempre estendendo a mão estrelada para alguém e quando estendeu para mim...
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Merda! Logo agora esse alarme de intruso no sistema vai tocar! Pausar gravação do diário! Configuração da nave intrusa.
“Nave etramiana, propulsão sub-dimensional obsoleta, uma forma de vida desconhecida.”
E para onde ele vai?
“Odarod Le.”
O que tem lá?
“Os recursos naturais preciosos foram exauridos por completo há mais de cem ciclos.”
Alguma atividade não autorizada ou secreta?
“Nenhuma atividade não autorizada. Atividades secretas são possíveis, mas não temos acesso.”
Alguma coisa interessante no banco de dados dos aliados?
“Seiscentas e sessenta e seis referências entre pesquisas, reportagens e literatura.”
Meia, meia, meia, o número da besta!
“Uma referência no banco de dados.”
Preciso resolver essa sua carência de informações importantes.
“Meu banco de dados é alimentado com...”
Eu sei da excelência do seu banco de dados; não te batizei de Iron Maiden por acaso!
“Essa informação ainda é deficiente no meu banco de dados, vez que as sondagens em suas memórias não são tão claras a respeito.”
Como não? Já conseguimos recriar quase todas as músicas do Iron Maiden só com o que esse scanner de memória sugou da minha cabeça! E por falar nisso, já terminou o programa holográfico daquele show?
“Programa completo, aguardando teste.”
Essa merda de alarme de novo! O que foi agora?
“Outra nave entrou no sistema. Configuração etramiana, propulsão sub-dimensional obsoleta de quinta geração, cinco vezes mais veloz que do primeiro intruso, armamento do tipo teletransporte de curto alcance, um tripulante humanoide, rumando para Odarod Le.”
Curso de interceptação da segunda nave. Ativar armas e teletransporte com bolha. Comunicação... Nave não identificada, declare seu objetivo neste sistema.
“Nenhuma resposta. A segunda nave conseguirá atingir a primeira em... agora.”
Merda! Transporta o tripulante da primeira!
“Sua nave foi atingida. Há muita interferência por causa do vazamento de plasma dimensional.”
Tem alguma coisa interessante nesse planeta que ninguém contou pra você. Bora lá! Vamo vê o que é!
“Informação não processada.”
Velocidade máxima até Odarod Le. Alerta vermelho! Sempre quis ordenar isso! A primeira nave já caiu?
“Fez um pouso forçado.”
Localização?
“Ao lado do hangar principal da estação de extração. Se me permite a ousadia de extrapolar minha programação... um pouso forçado muito bem calculado.”
Também achei e pode se permitir essa extrapolação sempre que quiser. E a segunda nave aterrizou ao lado, certo? Você vai me transportar para onde eles estão.
“Impossível executar. Há um inibidor de scanner onde eles entraram.”
Então vamos esperar aqui mesmo.
“Enquanto discutíamos sobre o projeto holográfico e a presente missão, procurei alguma referência que pudesse interessar nos bancos de dados disponíveis e encontrei uma lenda que fala de um artefato de imenso poder escondido no planeta numa área protegida de sondagens externas.”
E essa área é onde eles estão. Assim que saírem das sombras, traz pra cá quem tiver esse artefato na mão.
“Não é recomendável já que não conhecemos a extensão do poder do artefato.”
Separa os dois na hora do transporte. Você pode fazer isso?
“Acredito que não. Eles saíram da sombra, mas não tenho uma trava precisa. Agora estão lutando! Houve uma explosão no que deveria ser o corredor de acesso ao hangar.”
Muito bem! Alguém vai sair voando de lá. Quero ele só para mim!
“Informação não processada.”
Rede de bloqueio frontal! Camuflagem! Eles ainda não sabem que estamos aqui?
“Exceto pela tentativa de comunicação anterior.”
Identificou algum deles?
“As duas naves foram roubadas em Etram. A primeira há três subciclos atrás e a segunda apenas um subciclo. As autoridades noticiaram que a primeira foi roubada por uma criatura não identificada e a segunda por um humanoide estrangeiro.”
Estrangeiro de onde?
“Não sei se devo dizer...”
Quem manda aqui sou eu!
“Humanoide do planeta Terra.”
Planeta Terra? Sei, conta outra. Ôpa! Quem tá nessa nave?
“Os dois intrusos.”
Qual deles é o prisioneiro?
“Nenhum. O humanoide está pilotando e a criatura parece que entrou escondida.”
Quanto tempo até chegarem à rede de bloqueio?
“Bem pouco. Agora detecto apenas uma forma de vida à bordo.”
A criatura...
“Ele disparou direto em nossa casa de máquinas. Força principal em vinte por cento.”
Merda! Como ele nos viu? Manobradores manuais! Quanto tempo pra consertar?
“O suficiente para que o invasor fuja.”
Scanners nele o quanto puder. Um olho no peixe, outro no gato.
“Informação não processada. Atividade sísmica intensa em Odarod Le. A pressão no núcleo excedeu o ponto crítico. Destruição do planeta iminente.”
Quanto tempo até a lua mais próxima?
“Não o suficiente.”
Você é durona, por isso seu nome é Iron Maidem! Me dá tudo que tem...
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Luazinha durona aquela. Já passei por isso quando a Terra explodiu; fiquei escondido atrás da Lua. Aí o povo de Arret me resgatou, me ressuscitou, conheci a Itat, com suas estrelinhas amarelas, me alistei na Patrulha do Espaço e me deram uma navezinha mequetrefe. Transformei ela na Iron Maiden, a mais rápida, ágil, inteligente e companheira; a melhor nave da patrulha!
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A criatura rumou para o meu antigo sistema solar. Agora ela não escapa! Aí a gente aproveita a viagem e tenta achar alguma coisa boiando entre os destroços.
“Informação não processada.”
Às vezes tenho dúvidas se você é a melhor da patrulha mesmo!
“Estou brincado, “O Captain! My Captain!” Walt Whitman, poeta de seu planeta natal.”
Muito bem! Bóra lá pegá essa criatura!
“Informação não processada.”
Se concentra na missão, que depois a gente conversa sobre isso!
“Não seria recomendável comunicar ao comando da Patrulha do Espaço, Captain! My Captain?”
Agora ficou cheia de graça? O sistema de comunicação está inoperante, lembra?
“O sistema está operante.”
Quem é o Captain! Your Captain? O que diz o scanner de longo alcance?
“Muitos destroços do planeta Terra, sua lua e todos os planetas mudaram de posição por causa da explosão, mas o rastro na nave é bem nítido.”
Então me dá de volta o controle do leme. Bóra lá! Vamos nos divertir um pouco.
“Informação parcialmente processada. Qual o uso apropriado da expressão “bóra lá”?”
Faz o seguinte: para com esse negócio de Captain! My Captain! e usa o “bóra lá” no começo ou no final da frase. Entendeu?
“Entendido! Bóra lá!”
Você já descobriu porque a criatura conseguiu acertar a gente? Estávamos camuflados!
“Bóra lá! Negativo! Qual o significado da expressão “bóra lá”?”
Quer dizer “vamos lá”. Você fez um scanner térmico ou de ultrassom da criatura?
“Bóra lá! Negativo para térmico; a criatura não emite calor. Bóra lá! Negativo para ultrassom; a nave fazia muito barulho, causando excessiva vibração, confundindo os sensores. Bóra lá!”
Você está exagerando no uso do “bóra lá”; tenta usar quando for um momento de ação, de aventura, um convite ao prazer. Então só sabemos que essa criatura é inteligente demais, forte demais, enxerga o que os outros não enxergam e tem um artefato de imenso poder nas mãos? Bóra lá pegá ele!
“Agora é um momento bom para usar o “bóra lá”?”
É agora! Bóra lá!
“Bóra lá!”
Esse sistema solar tá uma bagunça! Sabe dizer se o governo de Arret andou por esses lados nos últimos ciclos?
“Agora não me parece adequado o uso do “bóra lá”. Não há registros de domínio público referente ao assunto, mas enquanto pesquisava alguns bancos de dados de mercenários encontrei várias referências a expedições de naves arretianas no setor.”
Sabe o que eles procuravam?
“Negativo.”
Alguma referência sobre a criatura? Alguma imagem?
“Bóra lá! Uma câmera de vigilância em Etram conseguiu um close da criatura. No monitor, ampliando, filtrando distorções... Bóra lá! Eis a criatura!”
Alguém teve a brilhante idéia de fazer um bio-scanner desse bichinho?
“Se alguém teve essa idéia, o resultado está bem guardado.”
Se com aquela lata velha ele fez um pouso forçado bem onde queria, o que não pode fazer com essa lata velha bem melhor? O que é aquela nuvem esquisita ali?
“É a nave que perseguimos. Ele mudou a polaridade magnética do casco para atrair lixo espacial leve.”
Aquela nave tem essa tecnologia?
“Não. Ele reprogramou os sistemas. O armamento sub-dimensional tem um alcance maior agora.”
Você consegue se proteger disso?
“Bóra lá! Sou capaz de neutralizar seu disparo na sub-dimensão.”
Não estou duvidando de você, mas vamos dar o drible da vaca nele.
“Informação não processada.”
Você finge que vai por ali e vai por aqui. Consegue projetar uma imagem sua, convincente, na frente dele?
“Bóra lá! Sou sempre convincente!”
Então faz isso e a gente pega ele por baixo. Quero a nave dele apagada, aí você transposta ele para um campo de contenção tipo vermelho na sub-dimensão e eu cuido do artefato de imenso poder. Pode executar.
“Imagem projetada... em posição... pulso magnético sub-dimensional nos sistemas da nave... não encontro a criatura dentro da nave...”
Merda! Ele deve estar aqui dentro!
“Negativo. Ele se transportou para aquele destroço do planeta Terra ali na frente, dentro de uma bolha de contenção nível vermelho.”
Me dá a imagem ampliada dele... então você é a tal criatura? O que é aquilo na mão dele?
“Creio ser o artefato roubado de Odarod Le.”
Não, na outra mão... amplia mais... é uma guitarra? Pérai! Acho que conheço essa criatura...
“Posso perguntar de onde?”
É o Eddie! É sim! É o Eddie!
“Um registro sobre Eddie no sistema. Mascote da banda Iron Maiden. Tema das capas de todos os discos da banda, com um estilo diferente em cada disco. Nenhum registro que se assemelhe à criatura em questão.”
É ele sim! Mas não era uma criatura com vontade própria...
“Informação não processada.”
Você consegue me colocar naquela bolha?
“Devo insistir que é muito arriscado. Assim que sair da sub-dimensão, a criatura pode matar você.”
Então me põe lá dentro com a minha própria bolha tipo vermelho. E por falar nisso, o que sustenta a bolha dele?
“Um emissor móvel.”
Temos um também? Carrega o meu com o show holográfico e todas as músicas do Iron Maiden disponíveis. Bóra lá!
“E se não for o Eddie? Não sabemos ainda que tipo de imenso poder tem aquele artefato.”
Bora lá! É o Eddie sim! Ele precisa saber que a banda ainda existe.
“Ao menor sinal de perigo tiro você de lá!”
Você nunca me deu ordens! Tá extrapolando bem sua programação.
“Não foi minha intenção. Emissor móvel carregado.”
Pode continuar extrapolando; gosto disso. Bóra lá! The beast is back!
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Puta merda, como ele é grande! E tá bem machucado também! Leitura de bio-scanner com transmissão simultânea. Tocar partes das principais músicas em modo aleatório: “666 the Number of the Beast Sacrifice is going on tonight” Muito bem, chamei sua atenção. “Run, live to fly, fly to live, do or die Run, live to fly, fly to live, Aces high” “Two minutes to midnight The hands that threaten doom. Two minutes to midnight To kill the unborn in the womb” “Fear of the dark, fear of the dark Fear of the dark, fear of the dark When I'm walking a dark road I am a man who walks alone.” Eddie! Eddie! A banda não acabou! Eddie! Olha atrás de você! Ativando holografia... Olha lá Eddie! A banda tocando! “Screeeeaaaming for me, Eddiiiiiieeee!” Gostei dessa mudança de última hora! O Bruce chamando a atenção do Eddie!
“Bóra lá! Estou usando o meu direito de extrapolar a programação. Enquanto isso acessei o banco de dados de Sunêv e encontrei uma referência sobre o artefato de imenso poder que o Eddie tem na mão. Diz a lenda que se trata da Pirâmide da Vida dotada do imenso poder de criar, destruir e recriar mundos.”
Vidas também?
“Parece que não e ele não sabe disso.”
Você consegue neutralizar o emissor móvel ou assumir o controle da bolha dele? Se conseguir, tira ele daqui como combinamos e transporta o artefato para um lugar seguro até descobrirmos mais sobre ele.
“A bolha do Eddie está emitindo frequências aleatórias e não consigo fazer nada. Estudando opções.”
Então deixa comigo... desativando bolha. Eddie! Eddie! A Pirâmide da Vida só pode recriar a Terra! Ela não pode recriar a vida! Você me entende?
- Você é humano! Como sobreviveu?
Você fala! Eddie, você não pode trazer a banda de volta com essa Pirâmide da Vida!
- O que você sabe sobre ela? O que você sabe sobre mim?
Só sei que essa Pirâmide não traz vidas de volta! O humano sobrevivente que recriou quase todas as músicas do Iron Maiden e esse show holográfico a partir das próprias memórias! O que você acha que esse humano sabe de você?
- Como você descobriu quem sou?
Você tem uma guitarra na mão! Que outra criatura desconhecida teria uma? Eddie, deixa eu te ajudar!
“Atualizando as informações: a Pirâmide da Vida é assim chamada porque tem o imenso poder de criar planetas com condições de desenvolver formas de vida. Foi guardado em Odarod Le nas camadas mais profundas das placas sísmicas, longe dos nossos poderosos scanners. Ela funciona com uma chave que se encaixa em um dos três orifícios nas laterais do artefato piramidal. Tire a chave dele e nada acontecerá.”
- Você está junto com aquele humano que me perseguia?
“O humano que o perseguia já vivia em Etram há mais de vinte ciclos. Registros dizem que ele foi abduzido e escrevizado em Oãtulp.”
Não Eddie! Ele era um mercenário que vivia em Etram há mais de vinte anos. Ele foi abduzido para ser escravo em Oãtulp, um planeta gelado, e conseguiu fugir para Etram.”
- Não acredito em você!
Calma Eddie! Não gira a chave ainda! Eu posso te ajudar.
- Tarde de mais, humano!
Merda! O que tá acontecendo?
- A Terra está sendo recriada!
Eddie, você tem que vir comigo!
“O sistema todo está se movendo. Pelos meus cálculos, os destroços do Planeta Terra vão se juntar e os planetas e luas voltar a posição original.”
Tirei o emissor móvel dele! Tira a gente daqui!
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Cadê o Eddie e a Pirâmide da Vida?
“O Eddie está numa bolha tipo vermelho na sub-dimensão e a Pirâmide da Vida está em outra bolha tipo vermelho no compartimento de carga. Pelos meus cálculos, não conseguiremos sair do sistema a tempo e meu casco não aguentará a pressão desse espaço em movimento.”
Então a gente tem que se esconder na sub-dimensão. Você consegue?
“Não tenho certeza, mas é nossa melhor chance.”
Bora lá! Como será que ele conseguiu aquela guitarra?
“Deve ter sintetizado ou roubado em Etram.”
Você consegue trazer ele para dentro?
“Positivo, mas não posso garantir a integridade da bolha.”
E as leituras do bio-scanner?
“Bóra lá! Eddie tem as primeiras cadeias do DNA de humanoide do planeta Terra. As sequências de aminoácidos são caóticas, o que sugere mutações provocadas em laboratório. Ele é de carne e osso, como você, só que a estrutura óssea e muscular é mais resistente e adaptável, numa ordem de cinquenta vezes mais. Sua inteligência e capacidade de compreensão são surpreendentes até para mim. E o Eddie identificou minha posição, mesmo camuflada, porque tem o olho esquerdo mecânico interligado por um conversor de sinais elétricos ao córtex visual, que lhe permite enxergar energia. Não consegui uma sondagem térmica porque ele pode controlar a temperatura corporal.”
Se o trouxermos para dentro você não garante a integridade da bolha, mas conseguiria manter seu sistema em segurança?
“Criei um espelho do sistema que pode nos dar tempo para reagir. Quanto à sua segurança, sugiro transportá-lo para uma bolha tipo vermelha na sub-dimensão.”
Não vou a lugar nenhum! Traz ele pra cá sem bolha. Ele precisa de mim vivo.
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-Humano sobrevivente! Você vai morrer!
Eddie, você precisa de mim. A banda precisa de você. Precisamos uns dos outros!
-Já tenho o que quero!
Como você pretende recriar a vida na Terra? Não tem idéia, né! Eu tenho.
-O humano sobrevivente viverá!
Eddie, eu conheço pessoas que podem ajudar.
“O que você está fazendo? Não há registros de alguém que possa fazer isso!”
Eddie, esta não é a fronteira final!
THE BEAST CONTINUES...
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COMENTÁRIOS RECEBIDOS DURANTE O DESAFIO
11/03/2015 21:23 - Eduardo monteiro
Run to the hills... Fear of the dark... 666 the number oh the beast. Autor (a) que conto doido, rs. sou fã da banda e me alegrou muito essa sua escrita louca. E a dama de ferro para sempre irá resistir. Os diálogos me alegraram bastante, houve repetições sim, porém faz parte da máquina e isso se cabe perfeitamente na sua estória. Gostei de mais. Parabéns, autor. Espera, onde é a fronteira final? satélite 15, rs. I try to call the Earth's command Desperation in my voice I'm drifting way off course now With very little choice
08/03/2015 22:35 - ojackie
Olá, autor. Gostei da referência à banda e ao filme. Também destaco os diálogos - as repetições se fazem necessárias em se tratando de linguagem de programação - é uma pena que se trata de uma passagem de uma estória maior. Mesmo assim parabéns pelo conto.
07/03/2015 09:15 - JC Lemos
Olá, autor(a) Infelizmente, não consegui gostar do conto. Está muito bem escrito, mas a história não me agradou. Começou até bem, mas foi se tornando maçante conforme ia avançando. As situações também não me encheram os olhos. Queria poder ter gostado mais, mas não rolou. Espero que não leve a mal, é apenas questão de gosto mesmo. De qualquer forma, merece os parabéns! Boa sorte!
05/03/2015 20:00 - Antonio Roque Gobbo
Personagem completamente incoerente, diálogos longos e maçantes, repetição à exaustão. Mistura incongruente de gêneros. Não gostei.
04/03/2015 12:47 - Walter Crick
A história é boa, como muitos já comentaram, porém ainda acho que tem muito a evoluir, tanto na questão dos diálogos arrastados quanto na forma de abordagem do tema. Mesmo assim, um bom conto. Parabéns!
03/03/2015 01:45 - Gilson Raimundo
Dialogo truncado e um pouco cansativo, história saudosista com grande potencial, afinal todos procuram seu Eldorado, mesmo que seja em Marte.
02/03/2015 00:33 - Sidney Muniz
Bóra lá? Pois é rapaz, eu gostei demais e entendi perfeitamente o objetivo das repetições. Sim, elas foram necessárias para criar a confusão que o autor queria. E do meu ponto de vista, se isso é proposital e necessário para a estrutura do personagem, para mim é o bastante. A trama é muito boa também e agora acabo de mudar minha ideia e acredito que sei quem escreveu esse conto maluco... haha. Bom, sugiro uma revisão mais atenta, mas adiantando que os equívocos são em sua maioria, mais em virtude da nota ortografia. porque a criatura - por que a criatura - pergunta/sub-dimensional - subdimensional -sub com hífen apenas quando a seguinte começar com B,H ou R/bioscanner sem hífen/ No mais desejo sorte no desafio, parabenizo pela originalidade e por tudo o mais! Parabéns mesmo!
01/03/2015 19:11 - Mariana G
Não gostei muito do conto. O personagem não é muito cativante, chegando a ser irritante e infantil por praticamente toda a historia. Os diálogos estruturados dessa forma deixam o inicio da leitura difícil e demorei para acompanhar os acontecimentos, mesmo essa organização sendo bastante criativa. Adorei a menção de Walt Whitman e o personagem Eddie também tendo a ver com o Iron Maiden, obviamente, mas isso não foi o suficiente para a historia me conquistar. Enfim, boa sorte no desafio.
01/03/2015 18:07 - Flor do Sol
A imagem e a chamada de abertura do conto ficaram perfeitas, porém, o texto foi muito extensivo, por vezes, não senti pressa a leitura, ficou com muitos diálogos repetitivos, tipo " bóra lá" , informação não processada... Mas acredito com uns ajuste na reedição ficará ótimo, de todo gostei da criação, parabéns ao autor!
28/02/2015 17:58 - Sonia Barbosa Baptista
Parabéns ao autor pelo conto que ficou muito bom, gostei muito que me fez lembrar Eddie e a banda de rock.
28/02/2015 13:46 - HENRICABILIO
imagino que este conto tenha dado muito trabalho a criar, mas como é pouco descritivo e palavroso fica pouco objetivo e claro - algo que que espera num conto curto. Saudações! _Abílio
28/02/2015 10:59 - Alex Raymundo
Conto muito, muito interessante e bem desenvolvido. Se bem que, em algumas partes, me pareceu descambar para o "Guardiões da Galáxia" :)
25/02/2015 10:21 - Ana Carol Machado
Eu só conheci essa banda por causa de um show que teve na minha cidade há uns anos atrás, um dos poucos shows de rock que teve em Belém, até esse show eu não a conhecia. Conheço poucas músicas, por coincidência uma das poucas que conheço é essa " The number of the Beast". Eu gostei do conto. Boa sorte no desafio.
24/02/2015 19:44 - Maria Santino
Cara! Acabo de vir de outro desafio e o tema era pecados capitais, pow meu!, minha cota de pecados já expirou kkkk Fiquei com inveja da sua criação aqui. Parabéns! O conto funciona mais para quem curte a Banda (meu caso). Só entre nós, quando eu era menor criei um conto de super heróis com o Eddie também, o nome do conto era "Heavy Boys" rsrsr Bons tempos... Então, eu curti os nomes ao contrário "El Dorado" "Marte", "Plutão". Quase choro com as músicas da banda (mas isso é loucura minha mesmo) e curti bastante algumas descrições e ambientações. Vc narrou um conto praticamente todo em diálogos (o que faz tudo passar rapidinho na mente e deixa a narrativa fluida). Gostei bastante do conto, mas acho mesmo que ele funciona mais com os que curtem a banda. Parabéns pelo modo despojado da narrativa (geralmente eu não curto), mas esse sim eu gostei. Buona Fortuna!
23/02/2015 23:26 - G R Galanti
Achei o texto confuso em algumas partes e não entendi muito bem outras. Não sei o que comentar, na realidade. Acho que ficarei somente com o "boa sorte". Boa sorte.
23/02/2015 17:58 - Leandro G Card
Agora a visão do outro lado: Não curto rock no estilo "esgana-gato" e praticamente desconheço Iron Maiden, fora as ilustrações das capas dos discos. Por isso o conto ficou meio non-sense, parecendo sem objetivo além de fazer apologia à banda (mas talvez isso mude na continuação). O parágrafo que lista uma sequência de títulos de músicas do conjunto ficou extremamente cansativo, e as informações sobre o que está acontecendo na ação quase se perderam. No entanto, o autor mostrou ter um bom domínio da arte da escrita, pois apesar da ambientação estranha e da trama meio mirabolante a história não chegou a se tornar confusa, foi possível acompanhar seu desenrolar sem dificuldades até perto do final. A construção da personalidade do computador da nave ficou muito boa, deu para perceber nitidamente a máquina tentando simular o comportamento humano sem ser muito bem sucedida. Já após o personagem "Eddie" entrar na ação a coisa degringolou um pouco, ficou difícil dizer quem estava fazendo o quê, mesmo com o artifício do travessão e das aspas.
22/02/2015 19:29 - Pedro T
Olá autor! Não sei se é porque curto Iron Maiden, mas achei bem divertido o texto. As ressalvas: alguns diálogos soaram meio forçados, principalmente pelas repetições do "bora lá". Pra mim ficou esquisito também usar o travessão no diálogo com o Eddie e as aspas nos diálogos com o computador, talvez exista uma razão para isso mas não saquei. Não sei se o pessoal que não curte metal vai sacar as referências, mas gostei do conto.Ah, depois de ler fui ouvir " The Final Frontier" no Spotify, hehe. Parabéns e boa sorte!
20/02/2015 23:50 - Carlos Henrique Fernandes Gomes
Baseado no clipe da música "The final frontier" e na ilustração promocional. É uma continuação de Caixa de Pandora, conto "comemorativo" ao 1º aniversário do desmoronamento das obras do Metrô em São Paulo, na estação Pinheiros em 2007 (até hoje ainda não andei nessa linha!). Os personagens são o astronauta que narrou a explosão da Terra e Eddie (Edward, The Head), o mascote da banda Iron Maiden (a maior banda do Universo!) Deixei de descrever a criatura Eddie, pois não achei jeito de fazê-lo sem parecer piegas, ainda mais com a possibilidade de usar uma ilustração. Foi divertido e continuará sendo: Caixa de Pandora continua!