O TUNEL DO TEMPO cap 7

Paulo Sergio Larios

ANNE

Ela abriu os olhos... ou achou que abriu os olhos, pois não viu nada. Mas havia um zumbido indeterminado, que vinha de algum lugar, o que a principio não conseguiu detectar de onde. O ar era rarefeito e Anne começou a ficar muito angustiada. Ela estava deitada e um pavor passou pela sua mente e ela começou a se debater, procurando as laterais do caixão, pois imaginou que estava enterrada, mas Anne se debateu e gritou durante alguns minutos e ouviu o som dos seus gritos. Não, ela não estava num caixão. Ela não enxergava nada, mas uma brisa um pouquinho só fria, passava por ali. Anne apertou os olhos, para ver se enxergava alguma coisa de algum lado, mas durante algum tempo não enxergava absolutamente nada, o que lhe dava um medo muito grande. Onde ela estava, afinal?

Anne ficou durante horas num lugar que não sabia onde era. Dormiu, acordou e esperou, tentando não ficar desesperada por estar não sabia onde.

Horas depois, ou dias depois, Anne acordou com a barriga roncando de fome, porém ao abrir os olhos, dessa vez uma luz fraca, azulada brilhava no ambiente. Anne estava dentro do Túnel do Tempo. Como ela parou ali, ela não tinha idéia. Anne levantou-se, fraca de fome e tentou encontrar um padrão, para que lado deveria ir, mas os dois lados do Túnel eram exatamente iguais e ela decidiu caminhar para um dos lados.

Anne notou que o Túnel era um pouquinho maior do que o túnel do metro. Durante horas Anne andou, pensando a principio que o Túnel era pequeno e que logo chegaria numa das pontas. Ou ela errou demais ou andou para o lado errado. A Dra. Anne resolveu depois de mais de seis horas andando, voltar todo o caminho e seguir na outra direção.

O Túnel virava para a esquerda e para a direita, além de que para cima e para baixo e Anne não teve uma visão mais ampla do Túnel, a não ser depois do que ela achou ser mais de um dia andando, numa das curvas o Túnel ficou reto. Anne levou um suto, pois a extensão dele era praticamente enorme. A impressão que ela teve é que o Túnel não tinha fim. Ela começou a chorar desesperada de angustia, fome, sede e cansaço.

O TREM

Martina estava muito assustada, ao longe ela ouvia os tiros, naquela noite conhecida na história como a Noite dos Cristais. Sandy, seu marido, que ela imaginou que era um simples ajudante de cientista no Túnel do Tempo, os guiava pelas ruas da Alemanha, com toda segurança. Seus tiro s eram certeiros e nenhum soldado ou policial infiltrado n meio da multidão que passasse na sua frente sai vivo. As pessoas corriam alucinadas fugindo para qualquer lado possível. No Túnel as pessoas ali já tinham descoberto que Sandy não era quem dissera. Quem era ele afinal?

Do Túnel Kirk olhava para a tela imaginando como poderia tira-los de lá, mas o sinal era fraco.

A menina que estava com a comitiva de fugitivos os guiava, seguida de perto por Sandy. Chegando na estação Martina leu o nome do destino do trem: Auschwitz.

Os Doze estavam a caminho dos viajantes do Túnel. Eram duas mulheres e dez homens, todos assassinos, saídos da elite da SS. Apesar de que suas motos tinham a aparência exata das motos nazistas, o maquinário dentro, assim como o combustível, eram de décadas à frente.

O trem já tinha saído da estação com milhares de fugitivos daquela noite de morte. Quanto mais longe ia ficando a visão do fogo, dos tiros e das bombas, mais seguros as pessoas iam se sentindo. Sandy entretanto observava tudo com olhar profissinal, notou Martina, sua esposa. Sandy estava de pé e Martina estava sentada ao lado de uma mulher gorda com um bebê no colo, que dormia alheio a toda a confusão que estava ocorrendo. Sandy olhava par fora, pela janela com o vidro quebrado do trem, quando viu que várias motos cercaram o trem.

Quem são esses? – perguntou o general Kirk da Sala do Túnel, mas ninguém nunca havia ouvido falar deles. Então da Sala do Túnel, pediram que o Setor de História encontrasse qualquer referência sobre eles.

De repente dois sinais ficaram fortes: o de Martina e o de Sandy. Kirk autorizou então que ocorresse o transporte do sinal e todo o trem começou a se desmaterializar.

Mais uma vez Martina viu as luzes enormes e coloridas brilhando ao seu redor. Quando as luzes pararam Martina notou que estavam dentro de um túnel e o trem acelerava muito rapidamente. Sandy notou que apenas uma moto os perseguia agora. Havia uma mulher na moto. O trem estava vazio, a não ser por Martina e Sandy. A mulher na moto atirava contra eles, Martina deu um grito assustada. Sandy começou a atirar através da janela. Sandy e Martina correram para os vagões da frente. A moça pulou para o trem e agora estava dentro dele. Sandy conseguiu olhar bem para os seus olhos, antes de cair. A impressão que deu era que o trem tinha batido em alguma coisa, mas na verdade ele acelerou a velocidades incríveis agora. O barulho do metal rangendo era muito forte. Todos os parafusos queriam sair do lugar. Aos poucos, conforme a velocidade avançava, o trem e todos que estavam nele iam ficando desfocados, como se a velocidade fosse demais e não o conseguíssemos enxergar direito.

- General – disse Tony olhando para os painéis - O trem está vindo diretamente para a Sala do Túnel, na velocidade de trezentos quilômetros por hora. Em dois minutos o trem estará aqui.

Todos olharam para Tony, sem saber o que pensar.

Continua...

pslarios
Enviado por pslarios em 17/03/2014
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