Olhos da morte - Parte 3
Naquele local sem armas, ou qualquer coisa que eu possa me defender, o medo chegou à minha alma, e então uma voz veio a minha mente:
- Olá humano.
- Você fala?
- Não, isso é telepatia, é assim que minha raça se comunica.
- O que vocês querem aqui na terra?
- Comida. Este planeta possui clima agradável, muita água e muita comida.
- Eu irei te matar, farei isso para vingar todas as pessoas e meus companheiros que você matou.
- Só estou fazendo, o que toda espécie faz: tentar sobreviver.
- Você nem sua raça devem exterminar espécies inteiras por benefício próprio.
- Não? Quem disse? Ora, somente você.
- Não só eu, mas meu planeta inteiro pensa como eu.
- É mesmo? Que pena, mas acho que mortos não pensam.
- Você não merece viver.
- Vamos fazer um favor e se renda de uma vez.
- Prefiro morrer lutado do que me render!
- Então é isso que quer? Farei este favor!
E então ele pula em minha direção, e eu desvio. Ele vira e salta novamente, e outra vez me esquivo. Outra vez salta em minha direção, mas rapidamente pego uma barra de ferro que estava no chão e me defendo com aquilo. Ele dá mordida no centro da barra de ferro, ele debate para eu largasse, mas resisti e o joguei no chão.
Ele com raiva fala:
- Idiota, só está atrasando o irremediável.
- Defenderei tudo que amo com todas as minhas forças!
Ele salta em minha direção outra vez, e com a barra de ferro dou um golpe certeiro que o joga no chão desacordado. Vou lá conferir e ele dá um bote certeiro no meu braço esquerdo, gira e decepa meu braço, na altura um pouco acima do cotovelo.
- Ai que droga! – grito de raiva.
A barra de ferro tinha caído no chão, com o braço que me restou, peguei a barra pra me defender, peguei um pedaço de pano que estava no chão e coloquei em meu braço para parar o sangramento. E saí correndo para fora da barraca, quando saí vi outra cena que me deixou paralisado: Vários cadáveres espalhados por toda parte. Eram as outras pessoas do acampamento, todas mortas. E em volta tinham outras criaturas.
Depois disso não consegui mais me mexer, me ajoelhei e esperei meu destino, com todas as criaturas olhando em minha direção. Mas aquela criatura não perdeu tempo, e disse:
- Não disse, que sua raça não tinha chance?
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Depois do meu fim, davam para ouvir o barulho dos gigantescos helicópteros com centenas de soldados.
Qual seria o destino da minha família?