A mensagem perdida: o Fator “Alien”
O projeto Morfeus já estava em andamento há mais de duas décadas. Baseado nas descobertas, feitas no final do século 21, de algumas novas propriedades das subartículas e em outros avanços da Física Quântica, seu objetivo era receber mensagens extraterrestres. Era uma gigantesca plataforma com equipamentos sofisticadíssimos e que orbitava o sol. Já tinha recebido mensagens matemáticas cujo significado básico era possível de se captar. Entretanto vinham de culturas tão diferentes da nossa que era difícil penetrar-se mais profundamente no seu significado. Além disso vinham de planetas que estavam a uma distância tão absurda que nos próximos milênios não haveria possibilidade de contato por mais que a tecnologia avançasse.
Naquele dia, porém, Tito, que estava de plantão na sede do projeto na Terra, notou algo diferente. Ele atendeu o chamado do computador alertando para uma mensagem especial. Ela havia sido transmitida em linguagem humana. Para ser mais preciso, estava escrita em 25 diferentes línguas humanas. Tito conhecia bem pelo menos três delas, por isso notou algo estranho logo de início. Alguma coisa não soava bem nas palavras e nas construções das frases. Não demorou quase nada e o próprio computador avisou que aquilo era Inglês do século XVI. O mesmo acontecia com as outras línguas.
Pallas, o encarregado geral do projeto, não demorou muito a chegar até a sede do projeto. Recebera o recado a respeito das mensagens e veio correndo. O texto básico dizia que eles eram uma civilização que estava a 57.5 anos luz da Terra e que seu planeta estava entrando em colapso. A órbita em volta de seu sol estava ficando cada vez mais curta e o calor estava tornando a sobrevivência impossível. Eles tinham apenas mais cem anos de vida e pretendiam nos próximos 50 mandar “sementes” para que a sua raça se integrasse com a nossa. Que não devíamos temer, pois eles só acrescentariam à nossa civilização. Que nós nem perceberíamos sua vinda e em cerca de 300 a 400 anos impulsionariam a humanidade para um desenvolvimento fora do comum. O que demoraríamos normalmente para conseguir em mil anos, faríamos em 100 anos com a integração das duas espécies.
Tito comentou com certo tom de ironia que, aparentemente, nós havíamos conseguido progredir até mais que isso sem as “sementes”. Parece que elas , as sementes, se perderam no caminho e deu uma risada, apesar de saber que aquela mensagem era importante.
Foi aí que Pallas ficou muito sério e perguntou a Tito:
-Você já ouviu falar no Fator “Alien”, Tito?
Tito respondeu meio desconfiado:
-A ideia não me é estranha. Esta não é a tal da teoria do professor Harrison que diz que muitos de nós temos nosso DNA impregnado com elementos extraterrestres? Ele descobriu isso depois que aplicou um nova técnica que permite obter informações que estão escondidas nas subpartículas que estão em nosso corpo. Estou certo? Mas ele não foi levado a sério, foi?
- Mais do que isso, a sua teoria é atualmente mais do que uma teoria. Tornou-se um fato científico. E agora temos a prova final.
-Como assim?
- Você ainda não percebeu? Está tudo tão óbvio. Eles definitivamente mandaram as “sementes”. Chegaram aqui nos meados do século XVII. Fomos implantados com elas. Muitos de nós. Como, ainda não sabemos. As datas batem. Outra coisa que está clara é o fantástico desenvolvimento que começou na segunda metade do século vinte e tomou proporções geométricas depois disso: nossa ida para a Lua, a conquista espacial, a informática, a Física Quântica...Você não consegue enxergar? 300, 400 anos depois?
Tito estava mudo. Tudo era tão óbvio, de repente... Ainda assim, quase balbuciando, perguntou:
- Mas e essa mensagem, só agora? Ela deveria ter chegado antes...
-Você tem razão. Deveria. E pelo formato da línguagem, do séulo XVI, você sabe que ela foi mandada naquela época. Por algum motivo, ela ficou ricocheteando nas galáxias do Universo, antes de chegar até nós, com seis séculos de atraso. As sementes, entretanto, chegaram na data certa. Você, eu e muitos outros somos prova disso, pois temos o Fator “Alien” em nossos DNAs. Quase 30% da população tem. “Coincidentemente” os 30% com muito mais inteligência do que todo o resto.
Depois de uma pausa e um suspiro, finalmente Tito falou:
-É verdade, a mensagem ficou perdida por aí mas as sementes chegaram e ...germinaram!
-É, meu caro Tito, nós somos as sementes germinadas...somos parentes de um povo distante, muito distante, novamente reunidos!
O projeto Morfeus já estava em andamento há mais de duas décadas. Baseado nas descobertas, feitas no final do século 21, de algumas novas propriedades das subartículas e em outros avanços da Física Quântica, seu objetivo era receber mensagens extraterrestres. Era uma gigantesca plataforma com equipamentos sofisticadíssimos e que orbitava o sol. Já tinha recebido mensagens matemáticas cujo significado básico era possível de se captar. Entretanto vinham de culturas tão diferentes da nossa que era difícil penetrar-se mais profundamente no seu significado. Além disso vinham de planetas que estavam a uma distância tão absurda que nos próximos milênios não haveria possibilidade de contato por mais que a tecnologia avançasse.
Naquele dia, porém, Tito, que estava de plantão na sede do projeto na Terra, notou algo diferente. Ele atendeu o chamado do computador alertando para uma mensagem especial. Ela havia sido transmitida em linguagem humana. Para ser mais preciso, estava escrita em 25 diferentes línguas humanas. Tito conhecia bem pelo menos três delas, por isso notou algo estranho logo de início. Alguma coisa não soava bem nas palavras e nas construções das frases. Não demorou quase nada e o próprio computador avisou que aquilo era Inglês do século XVI. O mesmo acontecia com as outras línguas.
Pallas, o encarregado geral do projeto, não demorou muito a chegar até a sede do projeto. Recebera o recado a respeito das mensagens e veio correndo. O texto básico dizia que eles eram uma civilização que estava a 57.5 anos luz da Terra e que seu planeta estava entrando em colapso. A órbita em volta de seu sol estava ficando cada vez mais curta e o calor estava tornando a sobrevivência impossível. Eles tinham apenas mais cem anos de vida e pretendiam nos próximos 50 mandar “sementes” para que a sua raça se integrasse com a nossa. Que não devíamos temer, pois eles só acrescentariam à nossa civilização. Que nós nem perceberíamos sua vinda e em cerca de 300 a 400 anos impulsionariam a humanidade para um desenvolvimento fora do comum. O que demoraríamos normalmente para conseguir em mil anos, faríamos em 100 anos com a integração das duas espécies.
Tito comentou com certo tom de ironia que, aparentemente, nós havíamos conseguido progredir até mais que isso sem as “sementes”. Parece que elas , as sementes, se perderam no caminho e deu uma risada, apesar de saber que aquela mensagem era importante.
Foi aí que Pallas ficou muito sério e perguntou a Tito:
-Você já ouviu falar no Fator “Alien”, Tito?
Tito respondeu meio desconfiado:
-A ideia não me é estranha. Esta não é a tal da teoria do professor Harrison que diz que muitos de nós temos nosso DNA impregnado com elementos extraterrestres? Ele descobriu isso depois que aplicou um nova técnica que permite obter informações que estão escondidas nas subpartículas que estão em nosso corpo. Estou certo? Mas ele não foi levado a sério, foi?
- Mais do que isso, a sua teoria é atualmente mais do que uma teoria. Tornou-se um fato científico. E agora temos a prova final.
-Como assim?
- Você ainda não percebeu? Está tudo tão óbvio. Eles definitivamente mandaram as “sementes”. Chegaram aqui nos meados do século XVII. Fomos implantados com elas. Muitos de nós. Como, ainda não sabemos. As datas batem. Outra coisa que está clara é o fantástico desenvolvimento que começou na segunda metade do século vinte e tomou proporções geométricas depois disso: nossa ida para a Lua, a conquista espacial, a informática, a Física Quântica...Você não consegue enxergar? 300, 400 anos depois?
Tito estava mudo. Tudo era tão óbvio, de repente... Ainda assim, quase balbuciando, perguntou:
- Mas e essa mensagem, só agora? Ela deveria ter chegado antes...
-Você tem razão. Deveria. E pelo formato da línguagem, do séulo XVI, você sabe que ela foi mandada naquela época. Por algum motivo, ela ficou ricocheteando nas galáxias do Universo, antes de chegar até nós, com seis séculos de atraso. As sementes, entretanto, chegaram na data certa. Você, eu e muitos outros somos prova disso, pois temos o Fator “Alien” em nossos DNAs. Quase 30% da população tem. “Coincidentemente” os 30% com muito mais inteligência do que todo o resto.
Depois de uma pausa e um suspiro, finalmente Tito falou:
-É verdade, a mensagem ficou perdida por aí mas as sementes chegaram e ...germinaram!
-É, meu caro Tito, nós somos as sementes germinadas...somos parentes de um povo distante, muito distante, novamente reunidos!