Descobertas
Entrei naquela sala.
Estava fria.
Parecia sala de cirurgia.
Onde a vida briga, luta, reluta para existir.
As pessoas não tinham rostos.
Não tinham brilho.
Havia muitas luzes.
Mas não interagia com o ambiente.
Sorrisos não havia.
Mas ouvia-se muitos gritos, pedidos.
Uma sensação de desprendimento.
Parecia que estava arrancando alguma coisa.
Em um dado momento....
Os gritos, sussurros, pedidos.
Tudo se silenciou.
As luzes se apagaram.
Uma quietude só.
Escuridão emanava.
Lembrei do medo.
Como se fosse uma criança.
Passou algum tempo.....
Começou um brilho muito pequeno.
Surgiu um flash nas têmporas das figuras.
A luz foi ficando mais forte.
Esse brilho fez surgir os rostos.
Esses rostos tinham um brilho especial.
A luz emanava esperança.
No lugar de gritos.
Tinham sorrisos.
Cada vez mais largos.
Envolvidos em uma áurea de coloração dourada.
Fiquei meio confuso por um instante.
Mas percebi o que tinha acontecido.
As pessoas saíram do casulo.
Perceberam que tinham que viver para o mundo.
Não o mundo das futilidades.
Mas o mundo do amor.
Da compaixão com o próximo.
Das virtudes compartilhadas.
Do viver em sociedade.
Do amar............
Vander P