A civilidade da guerra

Á História, assim como todas as ideias e acontecimentos nela escritos, são fatos fictícios que tem por finalidade meramente de entretenimento.

Há muitos anos atrás, quase toda a água do mundo se acabou, com exceção de alguns países onde esse recurso era abundante o resto do mundo morria de sede, logo que saíram nos jornais que o povo do oriente médio estava morrendo, que não se tinha mais o que fazer por aquela região, os grandes xeiques abandonaram suas propriedades, deixando seu petróleo para trás, depois de algumas regiões da áfrica também ficaram inóspitas, muitas pessoas que não tinha condições de abandonar aqueles lugares morreram, a situação na Europa também estava quase no quinto nível de alerta, os EUA esticaram os olhos para as reservas de água do Brasil, que era um dos poucos países que ainda tinha a sustentabilidade da água. No começo da crise mundial , o Brasil que não era uma das grandes potencias militares mundiais, vendeu água para aqueles que estavam em situação vermelha, Mas isso foi até o pais se estabelecer como um potencia militar, e quando começou a vetar a venda d’água em grande escala, visando saciar suas próprias necessidades, os EUA invadiram, os estados do Amapá e de Roraima, simultaneamente nas cidades de Normandia, deposito, Uaiacas e Boa Vista em Roraima e Oiapoque, Vila Velha, Lourenço e Calçoene no Amapá e estava cercando a capital Macapá. Sob a acusação de que a Amazônia era patrimônio de toda a America e não só dos brasileiros, o Itamarati sabendo da situação no extremo norte do país mobilizou as forças armadas para defender o território.

Macapá, AP.

— Câmbio! — perguntou João — sargento Gustavo! Câmbio responda homem — uma bomba explode a trezentos metros da trincheira que João está com seu pelotão, metralhadoras rugem por todo o lado.

— O que aconteceu soldado?

— O que temos aqui é uma falha na comunicação, senhor! — João teve que gritar para que o major o entendesse, para que ele fosse ouvido por cima de todo aquele barulho.

— Diabos! — praguejou o major Ricardo — atenção homens — gritou ele disparando um tiro de seu fuzil em um soldado inimigo que tinha saído de trás de uma das paredes da vila destruída a frente — pelos flancos! Avançar, avançar – ele gritou a ordem – matem esses ianques.

Os flancos começaram a avançar depois da ordem do major. Bombas explodiam metralhadoras disparavam, e a infantaria brasileira avançava, já havia tido vários dias de batalhas desde que o reforço chegara de Belém, estavam conseguindo expulsar os ianques da capital, esses que o pelotão de Ricardo eram os últimos da investida a capital, os ianques fugiam em corrida para as margens do rio, deixando uma trilha de mortos pelo chão.

— Vamos homens matem todos! — gritava Ricardo, os brasileiros prosseguiram com a perseguição, e caíram em uma armadilha, chegavam do rio Balsas da marinha americana, trazendo mais soldados, e anfíbios saíram das águas do rio atirando no pelotão de Ricardo, todos os soldados um por um foram caindo no chão.

Itamarati, Brasília DF.

— O Amapá também está sob poder dos ianques, assim como Roraima, nossas tropas fazem as fronteiras dos dois estados no Amazonas e no Pará, aguardam apenas nossas ordens para invadir — o coronel do exercito informava a presidente.

— Temos caças em Manaus e Belém — informou o comandante da aeronáutica.

— Os franceses se juntaram aos americanos nas guianas e no Suriname — informou o comandante da marinha.

— Os venezuelanos honraram o acordo do MERCOSUL, declararam guerra contra os EUA e levantaram armas contra a Guiana — informou o ministro da defesa.

— Ótimo, por enquanto... — a presidente foi interrompida.

Os Monitores da sala, que mostravam mapas da região discutida, imagens da situação daquela região e com imagens dos governadores de todos os 27 estados da nação que estavam e vídeo conferencia, passaram a mostrar o brasão da republica dos EUA.

— O que é isso? — perguntou a presidente.

— Invadiram os satélites excelentíssima — informou um dos operadores que estavam presentes — está sendo transmitido em todo o pais — o operador olhava para o mapa do sinal do satélite.

— Alguns de vocês vão tentar — a imagem dos presidentes dos EUA. FRA, ITA, ALE e RUS estavam enfileirados, o dos EUA estava no meio e falava em inglês — vocês simplesmente não podem nos alcançar, nós sabemos guerrear, então vocês tem o que tivemos aqui na semana passada.

— Ele está se referindo ao Amapá? — perguntou o ministro.

— Shii — silenciou a presidente.

— Que é a maneira que nós queremos, e bem nós conseguimos.

— E eu não gosto disso tanto quando vocês homens — provocou o primeiro ministro da Inglaterra, provocação por que eles sabiam que quem governava a republica era a segunda mulher presidente.

— Veja seus jovens lutando — falou o presidente da Rússia em seu idioma, enquanto imagens das batalhas que estavam acontecendo no extremo norte do país enchiam as telas.

— Veja suas mulheres chorando — falou o italiano, enquanto mulheres abraçadas a seus filhos gritavam desesperada com o horror da guerra.

— Vejam seus jovens morrendo — imagens de soldados brasileiros jogados na terra, e outros sendo executados em fileiras de prisioneiros.

— Essa é a maneira que sempre fizemos antes — a tela voltou para a imagem dos governantes.

— Veja o ódio que estamos criando — os soldados queimando a bandeira nacional apareceram em outras telas, o coronel do exercito esmurrou a mesa.

— Desgraçados.

— Veja o medo que estamos alimentando, veja as vidas que estamos guiando, da maneira que sempre fizemos antes.

— Consegui! — um dos analistas de sistemas do Itamarati gritou, quando os monitores apresentaram a mensagem de “sem sinal” — consegui reiniciar os satélites.

— Então excelentíssima?— perguntaram os comandantes das forças armadas da republica.

— Lançamos um contra-ataque — começou a presidente.

— Mas é isso que eles querem — disse o ministro — não seria prudente.

— Se acovardar? — gritou a presidente — ficarmos assistindo em quanto esses miseráveis fazem o que eles quiserem com o nosso povo? — a presidente se levantou apoiando as mão na mesa, sua cadeira tombou no chão — assim que as comunicações se restabelecerem dêem o sinal para que nossas tropas que estão no amazonas e no Pará invadam Amapá e Roraima, eu tenho que fazer um pronunciamento para apaziguar a nação, que com certeza esta aterrorizada por que é assim que eles sempre fazem não é alimentam o medo — ela saiu da sala repetindo as ultimas palavras do vídeo.

São Paulo capital.

André andava pelas ruas da grande metrópole, a cidade que nunca dorme, estava totalmente deserta, o país estava sofrendo com ataques por todo o território norte, há uns dias as marinhas da união européia e do oriente médio tinha atacado a costa nordeste da republica.

O terror falava no silencio da cidade, André andava chutando latinhas de refrigerante que estavam jogadas no chão, o barulho da latinha ecoava como se ele estivesse em uma caverna, ele juntou um jornal do chão, o jornal levava a manchete “minhas mãos estão presas”, André começou a ler.

Os bilhões passam de um lado para o outro, só com o inicio da guerra o numero de mortos já ultrapassa a casa dos milhares, os países que iniciaram a guerra vem com a sede de bilhões,

“Mas nós conseguimos, somos milhões, somos brasileiros.” Diz a presidente, e assim a guerra continua com o orgulho de mentes lavadas, o governo fez lavagem cerebral em todos, não só a republica, mas todos os governos envolvidos na guerra, pelo amor de Deus, pelos direitos humanos, essas coisas são deixadas de lado, por mãos sangrentas que o tempo não pode perdoar, que são levadas ao genocídio, essa não é uma guerra diferente, como esses governos dizem, a história esconde as mentiras de nossas guerras,e essa não será diferente...”

André parou de ler, um som o interrompeu, um som terrível, parecido com aquele que a anos atrás o PCC infringiu a capital como toque de recolher, André não entendeu o que significava aquilo, mas sabia que não era coisa boa, seu coração bateu mais forte.

O som continuou e ele começou a correr, apavorado, encontrou uma multidão que ia correndo pela rua, carros do exercito, soldados falavam em seus megafones.

— Para os abrigos, rápido!

— O que esta acontecendo? — perguntou André a um soldado que mostrava o caminho — que som é esse?

— É um sinal de alerta senhor.— respondeu o soldado.

— Um sinal do que?

— Ataque aéreo!

No que o soldado terminou de falar ouve um estouro. Todos correram para os abrigos os soldados apontaram os canhões antiaéreos para o céu, e começaram a atirar. Nuvens pretas de fumaça se formavam aonde as granadas se explodiam, um prédio ali perto se explodiu e caiu.

— Vocês estão atirando aonde? — André perguntou para o soldado, que não precisou responder, quando um F16 foi atingindo enquanto passava, pelo ar ali em cima e se explodiu destroços do caça choveram do céu esmagando a população que ainda corria para os abrigos.

— Para dentro senhor — disse o soldado.

Brasília, DF.

— Começaram os bombardeios por todo o território excelentíssima — informou o ministro para a presidente, eles estavam em uma das janelas do Itamarati e fitavam o pôr do sol.

— Droga! — ela praguejou — a Argentina respondeu?

— Sim! O presidente dos Hermanos ajudará a patrulhar o céu.

— Ótimo, então avise Caxias para levar adiante com o plano dele — a presidente virou as costas para a janela — vamos responder a altura, a FAB vai bombardear cada um desses malditos países.

Costa rio-grandense

— Mas Bah! Então é verdade — o comandante das tropas do rio grande, olhando para as frotas que vinham pelo mar — companheiros! — gritou ele para os soldados — é chegada a hora, a peleja demorou a chegar aqui por estas bandas, esses "gringos de merda" resolveram contornar o sul, foram para o Chile, Peru e Uruguai, mas pelo visto vieram desafiar os gaúchos.— ele se virou para olhar a frota e de novo olhando para os homens — pós bem, vamos mostrar a eles, como os gaúchos são bicho macho, expulsamos eles pro inferno de onde eles vieram, vamos proteger os pampas! Vamos proteger o Brasil.

Nova York, EUA.

John mendigava pela cidade. A cidade estava destruída depois que os caças da FAB bombardearam a cidade, davam nos jornais, não fora só ali, a quantidade de caças da FAB que conseguiram bombardear simultaneamente as principais cidades dos países que atacavam o MERCOSUL.

John passou com seu carrinho por uma loja onde as pessoas ouviam as noticias da guerra pelo radio, pois não haviam televisores funcionando.

“Os caças da FAB seguem com suas proposta de destruição pelas cidades da aliança, são as cidades:

Sidney da Austrália;

Nova délhi da índia;

Seul da coreia do sul;

Tóquio do Japão;

Riad da Arábia saudita;

Jerusalém de Israel;

Nova York, são Francisco, Kansas city, Boston, Miami, Mississipi, Las Vegas, Los Angeles e san Diego EUA;

Cidade do México;

Roma Itália;

Madri, Catalunha Espanha;

Paris frança;

Lisboa Portugal;

Londres Inglaterra;

Berlin Alemanha;

Moscou Rússia,

O Brasil continua em sua tentativa de impedir que os países do mundo tenham direito a um dos direitos básicos do ser humano, em uma série de ataques covardes.”

O radio desligou.

John andou até uma praça pensando no que ouviu da rádio, até para ele que não tinha estudo era muito contraditório subiu em uma estatua e começou a falar.

— Vocês vestiram uma bandeira preta — gritou — quando atiraram no homem que disse “a paz pode durar para sempre” — as pessoas começaram a se aglomerar ao redor dele para ouvi-lo — e nas minhas primeiras lembranças, eles atiraram em Kennedy, eu fiquei anestesiado quando aprendi a ver — muitas pessoas já se aglomeravam — eu nunca senti medo pelo Vietnã, temos a parede de Washington para nós lembrar, que você não pode acreditar na liberdade quando todo mundo está lutando por sua terra prometida, e eu não preciso de sua guerra, ela alimenta os ricos e enterra os pobres, sua ganância de poder, vendendo soldados em um armazém humano, não é uma graça e eu não preciso, não a civilidade na guerra. Veja a duvida que temos engolido os lideres que temos seguido eles não falam coisa com coisa, veja as mentiras que temos engolido, deu no jornal a poucos dias atrás que nossos caças fizeram o mesmo nas cidades brasileiras, e agora eles falam que é um ataque covarde, isso foi um contra-ataque, vocês esqueceram? Por que passou na TV eu me lembro, e eu não quero ouvir mais nada.

Quando terminou de falar, John foi vaiado e linchado pelas pessoas que o ouviam, enquanto apanhava ele gritava.

— Minhas mãos estão atadas, por tudo que vi mudei minha maneira de pensar, mas a guerra continuou, sem amor a deus ou a direitos humanos.

Brasília, DF

“Os caças da FAB foram recebidos como heróis quando pousaram na capital, o maior investimento que o pais fez foi a compra de vários caças para aumentar a defesa aérea do pais nos últimos anos fora um trunfo nesta guerra” dizem os repórteres.

— As terras sulistas também viraram campos de batalhas — informou o ministro da segurança neste conselho de guerra — no rio de janeiro parece que a ajuda veio de onde se menos esperava, traficantes desceram os morros para combater ao lado das forças armadas diante o avanço das tropas inimigas, os bombardeios cessaram por hora — ele virou a pagina todos na sala estavam em silencio ouvindo — a argentina também sofre com ataques em sua costa, o Uruguai esta quase todo em posse das tropas inimigas, o Paraguai ainda não sofreu ataques assim como a Bolívia, o equador se rendeu e agora esta servindo como base militar para os caças inimigos.

— Temos que acabar com essa guerra o mais rápido possível, a terra já sangrou de mais.

Curitiba PR

Jorge vinha de União da Vitória, junto com os soldados que vieram de todas as cidades do terceiro planalto paranaense, vieram para dar suporte a capital do estado, aquele terreno era horrível para a guerra, por isso iam seguir para o litoral impedir a invasão do território.

Quando saiu de usa cidade natal, ela tinha sido destruída por um bombardeio inimigo, escolas hospitais e pontes estavam destruídas, ficaram lá um contingente militar para auxiliar a população, tudo indicava que fora um bombardeio equivocado que visava a cidade de Guarapuava ou a capital Curitiba, mas por algum infortúnio do destino a cidade viu bombas choverem do céu, o exercito da cidade nada pode fazer, logo depois chegou uma ordem direta da capital ordenando que eles se dirigissem para lá e cá estavam eles,

Era noite agora estavam todos acampados na saída da cidade quando o comandante general das tropas da capital veio até eles.

— Atenção soldados do 5º Batalhão de Engenharia de combate blindado de Porto União — todos os soldados bateram continência para o general — vocês foram solicitados pelo quartel de Florianópolis, para auxiliarem na guarnição da ponte dos arcos no município de Blumenau, a ponte foi a única via de acesso que restou para o município de Gaspar onde está acontecendo as principais batalhas daquela região, sua missão é guardar aquela ponte para possíveis expedições inimigas — ele franziu a testa — sua missão será guardar a todo custo aquela ponte, mas se não conseguirem, sua missão será destruí-la.

Todos ficaram assustados com as ordens mais não contestaram, embarcamos nos caminhões do exercito e partimos a viagem foi longa e desgastante quando chegamos ao lugar ordenado, Jorge quase não reconheceu a ponte que tinha vista uma vez por fotos já não existiam os arcos que davam o nome a ponte e a estrutura estava tão comprometida que era quase inacreditável que suportasse algum caminhão ou tanque do exercito.

Foram duas semanas que ele ficaram lá e os inimigos vinham geralmente de noite, a primeira noite apenas que eles estavam todos em seus postos quando metralhadoras começaram a ser disparadas da noite.

— Gringos a quarenta graus — os fuzis dos soldados brasileiros responderam enquanto os soldados tomavam posição de combate no meio dos escombros da ponte — foram uma hora mais ou menos, de troca de tiros entre os soldados e eles conseguiram guardar a ponte, de dia fizeram a travessia e a revista de vários caminhões de mantimentos e munição, um grupo ficou com a missão de enterrar minas por onde os gringos tinham vindo na noite anterior, no meio da tarde quando um caminhão de comida despontava na estrada Jorge ficou o meio da estrada com a mão sobre os olhos para protegê-los do sol forte que fazia, quando ouviu um barulho abafado “o que foi isso” pensou, quando um companheiro gritou.

—TIRO DE BASUCA!

Ele viu o tiro acertar e cheio o caminhão que se explodiu, a explosão fez o ar esquentar mesmo ela ter acontecido a um quilometro de distancia, Jorge voou para trás com a pressão do ar.

— FILHOS DE UMAS PUTAS! — um dos companheiros de Jorge gritava enquanto atirava com a metralhadora — VOLTEM PARA O PAIS DE VOCÊS, E DEIXEM O NOSSO EM PAZ!

Um outro veio ajudar Jorge.

— Você está bem?

— Sim foi só um, a sei lá o ar me empurrou para trás.

À noite os soldados ficaram entocados no meio do mato, espalhados, Jorge ficou embaixo de duas arvores caídas. Foi perto das quatro, que as minas que o pelotão enterrou se explodiram. Clareando a noite.

— Soldado Morett — era ele, a voz do comandante sussurrava no ponto em seu ouvido — não responda, dois gringos a sua direita um a três metros e o outro mas atrás e se aproximando, você terá apenas uma chance.—– “E é só do que eu preciso” completou ele, se levantou de seu esconderijo e logo viu duas manchas em seus óculos infravermelhos, dois tiros certeiros, não fez barulho estava com o silenciador, uma tática proposta pelo comandante, serem sorrateiros. Se escondeu novamente. Acabaram as investidas e os inimigos nem viram de onde vieram os tiros. Dormiram em turnos e assim foi todas essas semanas.

Mas no começo da segunda semana vieram dos céus, no meio da tarde ouviram o barulho.

— Caças? De reconhecimento? — perguntou um dos companheiros de Jorge que se sentou junto a ele na beira da ponte com os pés de pendurados para o rio que corria lá em baixo, depois ouviram muito longe explosões.

— Acho que não.

— Inimigos ou aliados?

— Escondam-se homens! — ordenou o comandante — avisaram pelo rádio, o acampamento em Gaspar foi bombardeado. Todos correram para o meio do mato, mas Jorge o seu amigo não tiveram tempo, estavam no meio da ponte quando os caças sobrevoaram a ponte lançando seus mísseis, a ponte foi destruída e Jorge caiu em queda livre para o rio.

DF Brasília

Soou o alarme no aeroporto que fora feito como base da FAB.

— Isto não é um treinamento! — falava a voz do megafone — a seus caças, isso não é um treinamento.

Os caças decolaram, eram metade dos caças da FAB que estavam ali, o restante estava em porta-aviões na costa ou patrulhando o ar, Jonathan levantou vôo, voaram em linha.

— Aqui é o águia um! — a voz do líder falava aos fones — lembrem-se das recomendações do Itamarati, não voltem para cá, destruam os aviões inimigos, mas não voltem para cá, as defesas do palácio ira destruir qualquer avião que estiver ao alcance dos canhões, sejam fortes aqui em cima, nós somos os donos do céu do nosso pais, nós o protegemos, somos brasileiros vamos lá, e que Deus nos ajude.

Ao termino das palavras do capitão, o radar começou a apitar para todos os lados, vários caças estavam a frente, logo começou a batalha do céu de Goiás, eram tantos os aviões no céu passando de um lado para o outro que se não fossem os radares teriam caças brasileiros atirando em compatriotas.

Jonathan derrubou dois caças americanos, começou a ser seguido por um que parecia ser inglês, fez manobras evasivas e se esquivou das metralhadoras do inimigo e conseguiu ficar em cima do outro e o atingiu com suas armas derrubou este também foi tanta a confusão de caças que foram uma meia dúzia a se chocarem, e logo os caças se dispersaram em vários direções, Jonathan e mais dois companheiros seguiram dois caças estes que não eram F16 comuns, derrubaram um que antes já tinha derrubado outro brasileiro, Jonathan conseguiu atingir o sobrevivente, mas não foi um tiro que derrubasse o outro caça.

— Where we’re going? — perguntou um dos tripulantes do avião americano — was to be Brasília.

— I do not know — respondeu o navegador — He hás reached our navigation system.

— damn, I’m losing control now, shoot.

Um brilho no céu foi a ultima coisa que Jonathan viu na vida. 15:10h

DF Brasília 15:00h.

— Vejo um caça no radar! — anunciou um dos operadores dos canhões do lago do Itamarati.

— O que está esperando? Sabe as ordens! Atirem!

Contando foram 10 caças abatidos pelos canhões, canhões estes que eram uma das duas novas tecnologias que o governo desenvolveu quando os riscos de uma guerra por causa da sua água começou a ficar evidente, os canhões foram construídos em segredo, e sua instalação em baixo das águas do lago fora feito as escondidas de todos,os canhões tinham um alto poder de fogo e ainda maior alcance e o tiro era rápido chegando quase próximo a velocidade do som. Os destroços de caças e fumaças no céu, foram se dissipando quando o ultimo caça surgiu no horizonte a sudeste, depois que o caça se explodiu, um clarão surgiu no céu.

— O que é aquilo? — perguntou um soldado — foi o seu tiro?

O clarão foi criando forma em um cogumelo branco no ar.

— Não! Não foi o tiro dele — respondeu o comandante, e sua face se esquentou, sua barriga ficou fria “será o que eu penso?”.

— O que foi aquilo? — perguntou a presidente olhando para o monitor, que piscou por um momento.

— É um cogumelo nuclear?

— Tivemos uma queda de energia por causa de uma pequena onda magnética — informou um dos analistas de sistemas.

— Radiação? ! — perguntou a presidente temendo a resposta.

— Sim!

— Malditos! Covardes! Demônios! — começou a xingar o comandante do exercito.

— Isso é crime de guerra! — gritou o coronel da aeronáutica.

— Crime de guerra? — gritou o coronel da marinha — isso é desumano.

— O que faremos agora? — perguntou o ministro da defesa.

— Qual é a cidade? — perguntou a presidente.

— Goiânia senhora — respondeu um dos analistas, ela respirou fundo.

— Era para ter sido aqui — refletiu ela — soltem a noticia — disse ela — de que Goiânia foi atingida por um ataque nuclear, e que as mortes das pessoas daquela cidade, e de todas as outras pessoas que morreram nesta guerra serão vingadas a altura, o Brasil responderá a esse ataque, a esse insulto ao povo brasileiro, imediatamente, eles querem nos dizer que “fazem aniquilação seletiva, criam um vazio que depois será enchido com o vácuo por anos, enquanto a guerra popular avança? A paz está próxima, não preciso mais do meu povo morrendo nesta guerra, nos mostraram hoje em Goiânia que não a nada civilizado na guerra. Façam a ligação.

Por todos os campos de batalhas do país...

Ecoaram dos rádios, do meio de trincheiras de todo o território brasileiro, das principais capitais, a noticia de que Goiânia fora destruída por um ataque nuclear, fez-se silencio de todos as trincheiras brasileiras, “um ataque nuclear, no território brasileiro” pensavam todos isso era tão terrível, até pouco tempo atrás inviável, em nenhum momento tínhamos pensado que chegaria a este ponto, mas ele chegou ali estava ele, uma cidade inteira dizimada, isso não bastava para eles, por que continuavam atirando então, por que não paravam com a guerra? Um sentimento de tristeza e pesar por toda aquela gente caiu por todo o exercito brasileiro. Mas que logo foi substituído por um sentimento de raiva, ira, vingança, esse ataque a Goiânia, despertou em todos os brasileiros, um sentimento que a muito esse povo tinha esquecido, o patriotismo, todos os soldados sentiram o dever mais do que nunca de defender o território, de vingar seus mortos, eles não morreriam em vão, por que se render? Para as pessoas que invadiram nosso território trouxeram a guerra, o caos, morte e desgraça? Não eles não iam fazer isso, “afinal somos brasileiros, e como dizem não desistimos nunca” esse foi o lema que tomou conta das linhas brasileiras, todos os soldados juntos por mais que em campos separados, iriam juntos vingar seus irmãos, afinal eram todos brasileiros, e assim experimentaram uma outra sensação, a mesma sensação que é descrita nos livros de guerras medievais, o êxtase da batalha. E por todos os cantos do Brasil, soldados avançavam contra o exercito inimigo, destruindo com todos aqueles que não pediam misericórdia, pediam perdão para esse povo tão guerreiro que é o brasileiro.

Logo que recebeu o OK da presidente o ministro da defesa, ligou para seus contatos japoneses, antes de a guerra começar bem antes quando haviam apenas murmúrios de que isso de fato iria acontecer, quando o Brasil começou a enriquecer, o governo brasileiro fez um acordo com o governo japonês e chinês, e bancou uma pesquisa, duas novas armas que poderiam mudar o rumo de uma guerra, fazia parte do acordo que o Brasil cederia cidadania para os japoneses e alguns chineses escolhidos por esses dois governos, em troca o Brasil teria suas amizades diplomáticas e quando chegada a hora ele poderia dispor destas armas.

Que eram elas os canhões que protegeram Brasília dos caças, e uma arma que seria usada apenas como ultimo recurso, só apenas se os demais países infligissem algum crime gravíssimo de guerra contra o país. E assim foi feito essa outra tecnologia era uma bomba, a mais poderosa já feita pelo homem, a mais terrível das armas, indetectáveis por qualquer sistema de segurança, e com o poder de destruição muitas vezes maior que a bomba atômica, e que não destruiria em tese com a atmosfera do planeta destruindo o mundo em um inverno nuclear, essas terríveis bombas com o nome de “A mão esquerda de Deus” foram implantadas nas principais cidades dos países que ameaçavam entrar em guerra com o Brasil.

O poder desta bomba saiu muito além do esperado, e acabou desencadeando explosões fora de controle. Assim parte da Europa, da Ásia e da America do norte foram destruídas, as explosões simultâneas, foram sentidas e ouvidas de todas as partes o globo, tsunamis se levantaram dos mares vulcões entraram em erupções.

Visto a potencia desse ataque os países assinaram os termos de paz, soldados foram extraditados para seus países, e a paz voltou ao globo.

Três anos depois...

CPI – da guerra, jornal o diário de Brasília.

“E termina a CPI da guerra, aqui em Brasília os deputados, senadores brasileiros chegaram em um consenso com os representantes internacionais, a CPI decretou o governo brasileiro culpado das acusações de crime de guerra, pelo uso de armas de destruição em massa, ficou decretado que o governo ajudará a reconstrução dos países afetados, e abastecera com a água aos outros países, mas não perderá nenhuma parte do território nacional, os demais países que iniciaram a guerra ficam proibidos de reconstruir exercito, e fica decretada a desativação de qualquer bomba nuclear.

Ao fim da guerra, os balanços negativos incluem desde a destruição de território, a morte de milhões, a cidade de Goiânia foi isolada e assim ficara por todo o processo em que a radiação demorar para se dissipar, fora inaugurado um monumento nos limites a área segura para lembrar do que aconteceu ali, e outro em Brasília para em memória a todos os brasileiros que morreram nos combates da guerra que modificou o globo.

Os países do sul agora são os países de primeiro mundo, tudo por causo da água o “ouro branco”, mas o preço para isso foi alto, alto de mais.”

M Alexandre Esteves
Enviado por M Alexandre Esteves em 20/01/2013
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