A DEGRADAÇÃO DA RAÇA HUMANA
O mundo foi dominado pelo sistema, governos corruptos se aliaram aos chefes dos cartéis do tráfico que criaram um partido globalizado, o povo sabia da existência do sistema, mas não tinha forças para bater de frente. As grandes cidades estavam um caos, só carros velhos circulavam nas ruas, porque as montadoras tinham prejuízos em fabricar novos carros, porque eram explorados, além de que os compradores dos automóveis novos eram roubados, não existia mais agencias de seguro devido ao grande numero de roubos, quem tinha dinheiro não fazia questão de comprar, porque seria roubado e a policia nada iria fazer, porque os bons policiais que não quisessem entrar no esquema temiam serem expulsos da corporação e ou serem perseguidos por bandidos e pelos próprios companheiros de farda, só quem andava de carros eram os chefes do tráfico, políticos e alguns dos autorizados pelo sistema. Nas ruas, pessoas andavam sempre atentas para não serem atacados, a vida era de casa pro trabalho e do trabalho pra casa, as crianças não ficavam mais brincando nas praças nem calçadas.
Os shoppings centers faliram ou foram destruídos e ocupados pelo sistema. Nas grandes avenidas das grandes cidades a imagem era a desoladora, pessoas andando nas ruas como verdadeiros zumbis. O crack era coisa do passado, agora uma nova droga estava na moda, essa droga tinha o nome de OXI,por se tratar de restos do refino de coca e oxidados, o Crack vicia e destrói a vida social do indivíduo de forma rápida, o Oxi é uma droga mais forte e perigosa. A diferença é que, na elaboração, ao invés de se acrescentar bicarbonato e amoníaco ao cloridrato de cocaína, como é o caso do Crack, adiciona-se querosene e cal virgem para obter o Oxi.
Eram jovens mergulhados no uso do Oxi. A mescla é uma espécie de "tia" mais rudimentar do Crack, produzida a partir do refugo da cocaína, mais alguns produtos químicos como cal, querosene, acetona, solução de bateria elétrica etc.
A droga, por ser bastante barata, se espalha entre os jovens de cidades muito pobres que residem em bairros desprovidos de assistência social,mas com o passar do tempo as cidades foram simplesmente invadidas e poderiam serem vistos em pequenos grupos durante o dia e a noite se esbarravam nas ruas, mas isso rapidamente passou a acontecer á luz do dia, onde pessoas eram atacadas. Os viciados viviam nas ruas,debaixo de viadutos ou em casas abandonadas, sem saneamento básico, sem água, sem as mínimas condições de higiene.
Vendido em pedras como o Crack, que podem ser inclusive amareladas ou mais brancas, dependendo da quantidade de querosene ou cal virgem adicionado, o grande diferencial do Oxi está justamente em seu preço: enquanto a mescla custa de dois a cinco dólares, uma trouxinha que serve três cigarros, o Oxi é vendido de um a três dólares por cinco pedras.
o Oxi era vendido em pontos fixos e não sofriam qualquer perseguição da policia, o dinheiro era todo pro sistema, juízes, promotores e delegados tinham a sua fatia garantida todo mês, os presidentes e governadores não podiam fazer nada porque mesmo que eles não quisessem fazer parte do sistema, eram obrigados, já que os parlamentares faziam parte e poderiam usar o impeachment contra eles.
Quem fazia parte do sistema tinha suas regalias, comida, água, eletricidade, quem não fazia parte ou não era interessante pro sistema ficavam em suas casas vivendo de auxílios de outras pessoas que se ajudavam. Aquelas que mantinham a esperança de um dia tudo voltar ao que era antes eram obrigadas a andar maltrapilhas para se confundirem com os mortos vivos das ruas. Criaturas viciadas em drogas que não sentiam fome, por não se alimentarem ficavam desnutridas e só ficaram em pele e osso, vagavam nas ruas andando de um lado para outro, desorientados em busca de mais droga, os grandes edifícios estava tomado por estas criaturas, o lixo se acumulou pelas ruas, bueiros e córregos entupidos, a chuva provocava grandes inundações, ratazanas e baratas eram comuns e se acostumaram com as pessoas, abutres sobrevoavam no céu cinzento das cidades.
A noite a eletricidade era cortada para economizar, claro que a energia só era cortada na periferia e em alguns pontos da cidade, sendo mantida apenas a energia das ruas, os hospitais e alguns órgãos públicos, usavam geradores, fiéis trancavam suas igrejas por dentro para poderem fazer suas orações, os poucos supermercados foram saqueados, casas e edifícios foram invadidos e a maioria incendiados, com isso um grande numero de pessoas tentaram se organizar, mas temiam a represaria dos chefões, se comunicavam entre si com bilhetes escritos em códigos, adotaram essa estratégia do lendário Alexandre “o grande”.
Los Angeles estava sitiada, ninguém saia ou entrava sem autorização do sistema, Scar era o chefe da facção local, era como se fosse o governador do sistema, cada cidade tinha seu chefe, o chefe geral ficava em Toronto no Canadá, Hunter era seu nome, um nome tão temido que falar seu nome nas ruas era sentença de morte, Hunter morava em um edifício de 15 andares com apartamentos únicos por , uma equipe totalmente profissional estava á sua disposição. Uma verdadeira empresa organizada do crime. Em seu poder, Hunter tinha todos os nomes de políticos, religiosos e empresários cadastrados em seu computador, qualquer quebra de regras de um deles, sua família seriam morta, todos trabalhavam para Hunter ou por opção ou por pressão.
Algumas pessoas que não concordavam com o sistema tentavam formar uma organização oculta, se reuniam em igrejas góticas onde havia salas secretas e lá se encontravam para as reuniões, eram pais de família, pastores, médicos e até alguns políticos que não aderiram ao sistema, deram o nome a esse grupo de “no fear”.
O líder principal era Jones Lothar, nasceu nos E. U. A. filho de pai americano e de mãe alemã. Em uma das reuniões do grupo, ele sugeriu que usassem alguma coisa que pudessem reconhecer um integrante do grupo sem chamar atenção do sistema. assim poderiam se comunicar nas ruas, então daquele dia em diante, todos os homens usariam um corte de cabelo diferente, cortariam somente a parte lateral dos cabelos, mantendo apenas á parte de cima, as mulheres usariam um lenço vermelho e amarelo feitos exclusivamente para elas, assim saberiam quem fazia parte do grupo.
De Toronto, Hunter se comunicava com Scar e os outros chefes das cidades do mundo, mas já não tinha poderes sobre os outros continentes, depois de um acordo entre políticos e chefes de facções, ficou decidido que cada continente teria seu próprio modo de chefiar e controlar o povo, na America latina o escritório central do sistema fica em São Paulo, no leste europeu a sede ficava em Moscou, na Europa, a sede era em Nápoles e assim por diante.
Lothar deixou seu grupo na responsabilidade de seu melhor amigo Steve e foi para nova York criar um novo grupo. Enquanto isso as cidades no mundo estavam cada vez mais degradante, a noite os chefes do sistema dava ordem de toque de recolher, pessoas que chegavam do trabalho tinham que correr para chegar em casa antes do toque, todos viviam sob o domínio do medo, carros e motos com seus motores barulhentos faziam a ronda nas ruas, aqueles que forem encontrados, eram presos e obrigados a trabalhar pro sistema e quando não aceitavam, eram mortos. Era final de outono, o inverno se aproximava e as dificuldades aumentavam.
As casas e condomínios eram trancados com grades e muros altos, os moradores se revezavam á noite para vigiar as casas, ouvia-se muita confusão nas ruas durante a madrugada, brigas e tiros não deixavam a população dormir em paz, era uma verdadeira guerra, uma guerra que para o senhor Franklin com seus 65 anos, não tinha esperança de vê-la acabar antes da sua morte e temia que os netos não tivessem um futuro melhor.
CIDADE DO CRACK
Lothar finalmente chegou á nova York, escondeu-se por alguns dias no porta malas do carro de um membro do grupo que fazia parte do sistema mas queria uma vida melhor para seus filhos e ajudava Lothar nas suas viagens e alertando dos perigos.
Chegando a Nova York, o carro em que o levava passou por uma barreira de homens encapuzados e armados de fuzis, pararam o carro. James o motorista, apresentou-se como membro do sistema e que estava vindo para Manhattan para se encontrar com parentes, os homens deram uma olhada dentro do carro, não encontrando nada o deixaram seguir.
James sabia que estava sendo observado, então para despistar ele conversou com Lothar e explicou que iria parar o carro de ré na porta dos fundos de uma igreja, enquanto isso ele saía pra fumar cigarro Lothar era pra abrir o porta malas devagar e entrasse na igreja.
Lothar levantou bem devagar o capo, saiu abaixado, pegou sua mochila e fechou novamente o capô sem chamar atenção, do outro lado da rua dois homens observavam James fumando ao lado do carro.
James terminou de fumar tranquilamente, jogou a bituca na calçada foi até a parte de trás do carro, abriu o porta mala e pegou uma garrafa de água, retornou até o capô e abriu, despejou a água no reservatório do radiador, entrou no carro novamente se seguiu até a third avenue no hotel Madison, enquanto isso duas motos o seguiram até o local, mas não o abordaram, apenas confirmaram que realmente moravam parentes dele naquele endereço.
A cada dia que passava o frio ficava mais intenso, Lothar ao entrar na igreja foi recebido por homem alto e forte de aparência latina, seu nome era Juan Caballero, um policial aposentado, Juan tinha os cabelos longos e usava um rabo de cavalo, camisa xadrez com as mangas cortadas como regata para mostrar seu músculo e a tatuagem de uma caveira segurando uma flor.
Falando em inglês com sotaque espanhol, Juan se apresenta:
- me chamo Juan, Juan Caballero, algumas pessoas já estão á sua espera no salão. Lothar apertou a mão forte de Juan e o seguiu até o salão, passou por uma porta estreita que dava acesso á outra sala. Era uma cena medieval, as paredes rústicas com tijolos de barro á vista. Seguiram até outro corredor escuro com alguns lampiões nas paredes, chegaram até o fim do corredor que terminou numa grande parede de tijolos, Hunter viu que não havia saída, até que Juan encostou num dos tijolos e uma pesada porta de tijolos se abriu aos poucos e assim que entraram, a porta se fechou imediatamente.
Em Los Angeles, Steve mantinha Lothar informado da situação. Claro que usavam métodos primitivos para se comunicarem, eram eficazes contra rastreamentos pelo sistema.
Lothar reinventou ou trouxe de volta a velha e eficaz criptografia, usada muito nas antigas guerras, principalmente por Alexandre “O GRANDE” apesar da sua baixa estatura.
Criptografia (Do Grego kryptós, "escondido", e gráphein, "escrita") é o estudo dos princípios e técnicas pelas quais a informação pode ser transformada da sua forma original para outra ilegível, de forma que possa ser conhecida apenas por seu destinatário (detentor da "chave secreta"), o que a torna difícil de ser lida por alguém não autorizado. Assim sendo, só o receptor da mensagem pode ler a informação com facilidade. É um ramo da Matemática, parte da Criptologia. Há dois tipos de chaves criptográficas: chaves simétricas e chaves assimétrica. Uma informação não cifrada que é enviada de uma pessoa (ou organização) para outra é chamada de "texto claro" (plaintext). Cifragem é o processo de conversão de um texto claro para um código cifrado e decifragem é o processo contrário, de recuperar o texto original a partir de um texto cifrado. De fato, o estudo da criptografia cobre bem mais do que apenas cifragem e decifragem. É um ramo especializado da teoria da informação com muitas contribuições de outros campos da matemática e do conhecimento, incluindo autores como Maquiavel, Sun Tzu e Karl Von Clausewitz. A criptografia moderna é basicamente formada pelo estudo dos algoritmos criptográficos que podem ser implementados em computadores.
Todos que eram membros do “no fear” se comunicavam através desse sistema quando estavam numa longa distancia, as mensagens passavam de mão em mão até chegar ao seu destino. Era assim que Lothar recebia as mensagens, quando alguma mensagem se perdia no caminho que a encontrasse não saberia o que significava aqueles números embaralhados.
O inverno estava prometendo ser rigoroso. A camada de ozônio já estava comprometida, muitos sofriam com câncer de pele e doenças de pele e nos olhos.
Na sala secreta, duas colunas de concreto apoiavam uma grande pedra oval de mármore que originava uma mesa, várias cadeiras de madeira com assento almofadado e revestido com veludo vermelho. Nada de celular nem de computadores, um grande mapa do país e outro menos com os mapas e coordenadas das principais cidades americanas.
Era como se o tempo retornasse á época da távola redonda, no centro estava sentado Martin, um reverendo da cidade de Manhattan, muito conhecido e respeitado por todos, apesar de não fazer parte do sistema, ele tinha admiração da maioria dos membros que o ajudava com a recuperação de alguns viciados que estavam em estado terminal. O Oxi era tão devastador que em poucos meses o viciado emagrecia rapidamente, os ossos se sobressaiam sobre as roupas que vestiam, alguns por causa da baixa imunidade adquiria doenças infecciosas, feridas sem cicatrizar a tal ponto da mesma ser infectada com vermes e bactérias. Comentava se nas ruas que o governo era que incentivava a distribuição e a venda do Oxi aos viciados do crack para que eles morressem rapidamente dando menos prejuízo ao sistema de saúde do governo.
Reverendo Martin se levantou e se apresentou e logo sedeu seu lugar á Lothar e pediu para que ele explicasse seus métodos e como funcionava ‘’no fear’’.
E como ele pretendia ampliar o seu método sem chamar a atenção do sistema. Lothar prontamente se apresentou ao restante do grupo e com uma caneta apontou alguns pontos do mapa do País.
Enquanto começava a nevar, fiéis estavam na sinagoga ouvindo as palavras de fé de outro reverendo, a maioria eram pais de filhos envolvidos com o sistema e de viciados, as famílias estavam desestruturadas e a única maneira de se ter um pouco de paz e conforto era dentro das igrejas, e isso os chefes do sistema não os proibiam, eram livres para isso, mas um novo líder mais rigoroso que assumiria o controle do sistema já havia dito que iria proibir todo tipo de ato religioso e que se dependesse dele todas as igrejas seriam destruídas ou desativadas.
- bem, em Los Angeles temos uma equipe com 68 membros e cada um tinha a missão de descobrir e recrutar novos membros, é uma meta difícil e arriscada, mas com treinamento é possível discernir quem são as pessoas com tais características, - explicou Lothar.
- mas como descobrir que alguma pessoa se interessará pela sua causa, e será que ela não poderá nos trair, - perguntou reverendo Martin.
- durante o treinamento, o membro será submetido á alguns testes, ele será levado para outra cidade longe de onde mora, colocará em pratica o seu teste, se por acaso ele falhar, dois instrutores estarão o acompanhando á distancia, e aqueles que ele conseguir afiliar e passar confiança, será seguido por um terceiro membro até sua casa sem ela saber, e então esta pessoa será abordada por um colaborador grupo e se esta pessoa se interessar realmente pelo grupo, aí sim ela será informada no nome do nosso grupo e como funciona o nosso sistema. Esta pessoa escolhida manterá sua rotina de vida normalmente, apenas será mais uma frequentadora da igreja, mas não será necessário mudar sua religião, até porque cada um tem a sua própria fé e crença dentro do grupo...
... Depois que um grupo for formado aqui, vocês escolherão um líder e a próxima missão será descobrir e recrutar alguém do sistema que esteja querendo sair ou que esteja descontente com o sistema e trazê-lo pro nosso grupo para dar apoio e passar informações.
Depois da reunião, um informante veio avisar para terem cuidado, pois tinha alguns membros do Sistema misturados com os fiéis. Lothar teve que esperar todos irem embora, disfarçado ele saiu junto com as pessoas e foi seguido pelo informante que lhe deu cobertura até um carro onde entrou novamente num porta malas e saiu com o reverendo Martin que o levou para sua casa. Lothar tomou banho, jantou e dormiu na casa do reverendo sem levantar suspeita e pela manhã no carro do reverendo foi levado até San Diego onde dias depois atravessaria a fronteira com o México.
Em Manhattan o reverendo Martin seria o líder e o responsável pelo primeiro grupo NO FEAR, fora de Los Angeles. Lothar faria sua primeira viagem para fora do país em busca de novos aliados e novas perspectivas de uma vida melhor para a humanidade.
SERÁ QUE LOTHAR CONSEGUIRÁ CHEGAR AO SEU DESTINO? AGUARDEM PROXIMO CAPITULO.
O mundo foi dominado pelo sistema, governos corruptos se aliaram aos chefes dos cartéis do tráfico que criaram um partido globalizado, o povo sabia da existência do sistema, mas não tinha forças para bater de frente. As grandes cidades estavam um caos, só carros velhos circulavam nas ruas, porque as montadoras tinham prejuízos em fabricar novos carros, porque eram explorados, além de que os compradores dos automóveis novos eram roubados, não existia mais agencias de seguro devido ao grande numero de roubos, quem tinha dinheiro não fazia questão de comprar, porque seria roubado e a policia nada iria fazer, porque os bons policiais que não quisessem entrar no esquema temiam serem expulsos da corporação e ou serem perseguidos por bandidos e pelos próprios companheiros de farda, só quem andava de carros eram os chefes do tráfico, políticos e alguns dos autorizados pelo sistema. Nas ruas, pessoas andavam sempre atentas para não serem atacados, a vida era de casa pro trabalho e do trabalho pra casa, as crianças não ficavam mais brincando nas praças nem calçadas.
Os shoppings centers faliram ou foram destruídos e ocupados pelo sistema. Nas grandes avenidas das grandes cidades a imagem era a desoladora, pessoas andando nas ruas como verdadeiros zumbis. O crack era coisa do passado, agora uma nova droga estava na moda, essa droga tinha o nome de OXI,por se tratar de restos do refino de coca e oxidados, o Crack vicia e destrói a vida social do indivíduo de forma rápida, o Oxi é uma droga mais forte e perigosa. A diferença é que, na elaboração, ao invés de se acrescentar bicarbonato e amoníaco ao cloridrato de cocaína, como é o caso do Crack, adiciona-se querosene e cal virgem para obter o Oxi.
Eram jovens mergulhados no uso do Oxi. A mescla é uma espécie de "tia" mais rudimentar do Crack, produzida a partir do refugo da cocaína, mais alguns produtos químicos como cal, querosene, acetona, solução de bateria elétrica etc.
A droga, por ser bastante barata, se espalha entre os jovens de cidades muito pobres que residem em bairros desprovidos de assistência social,mas com o passar do tempo as cidades foram simplesmente invadidas e poderiam serem vistos em pequenos grupos durante o dia e a noite se esbarravam nas ruas, mas isso rapidamente passou a acontecer á luz do dia, onde pessoas eram atacadas. Os viciados viviam nas ruas,debaixo de viadutos ou em casas abandonadas, sem saneamento básico, sem água, sem as mínimas condições de higiene.
Vendido em pedras como o Crack, que podem ser inclusive amareladas ou mais brancas, dependendo da quantidade de querosene ou cal virgem adicionado, o grande diferencial do Oxi está justamente em seu preço: enquanto a mescla custa de dois a cinco dólares, uma trouxinha que serve três cigarros, o Oxi é vendido de um a três dólares por cinco pedras.
o Oxi era vendido em pontos fixos e não sofriam qualquer perseguição da policia, o dinheiro era todo pro sistema, juízes, promotores e delegados tinham a sua fatia garantida todo mês, os presidentes e governadores não podiam fazer nada porque mesmo que eles não quisessem fazer parte do sistema, eram obrigados, já que os parlamentares faziam parte e poderiam usar o impeachment contra eles.
Quem fazia parte do sistema tinha suas regalias, comida, água, eletricidade, quem não fazia parte ou não era interessante pro sistema ficavam em suas casas vivendo de auxílios de outras pessoas que se ajudavam. Aquelas que mantinham a esperança de um dia tudo voltar ao que era antes eram obrigadas a andar maltrapilhas para se confundirem com os mortos vivos das ruas. Criaturas viciadas em drogas que não sentiam fome, por não se alimentarem ficavam desnutridas e só ficaram em pele e osso, vagavam nas ruas andando de um lado para outro, desorientados em busca de mais droga, os grandes edifícios estava tomado por estas criaturas, o lixo se acumulou pelas ruas, bueiros e córregos entupidos, a chuva provocava grandes inundações, ratazanas e baratas eram comuns e se acostumaram com as pessoas, abutres sobrevoavam no céu cinzento das cidades.
A noite a eletricidade era cortada para economizar, claro que a energia só era cortada na periferia e em alguns pontos da cidade, sendo mantida apenas a energia das ruas, os hospitais e alguns órgãos públicos, usavam geradores, fiéis trancavam suas igrejas por dentro para poderem fazer suas orações, os poucos supermercados foram saqueados, casas e edifícios foram invadidos e a maioria incendiados, com isso um grande numero de pessoas tentaram se organizar, mas temiam a represaria dos chefões, se comunicavam entre si com bilhetes escritos em códigos, adotaram essa estratégia do lendário Alexandre “o grande”.
Los Angeles estava sitiada, ninguém saia ou entrava sem autorização do sistema, Scar era o chefe da facção local, era como se fosse o governador do sistema, cada cidade tinha seu chefe, o chefe geral ficava em Toronto no Canadá, Hunter era seu nome, um nome tão temido que falar seu nome nas ruas era sentença de morte, Hunter morava em um edifício de 15 andares com apartamentos únicos por , uma equipe totalmente profissional estava á sua disposição. Uma verdadeira empresa organizada do crime. Em seu poder, Hunter tinha todos os nomes de políticos, religiosos e empresários cadastrados em seu computador, qualquer quebra de regras de um deles, sua família seriam morta, todos trabalhavam para Hunter ou por opção ou por pressão.
Algumas pessoas que não concordavam com o sistema tentavam formar uma organização oculta, se reuniam em igrejas góticas onde havia salas secretas e lá se encontravam para as reuniões, eram pais de família, pastores, médicos e até alguns políticos que não aderiram ao sistema, deram o nome a esse grupo de “no fear”.
O líder principal era Jones Lothar, nasceu nos E. U. A. filho de pai americano e de mãe alemã. Em uma das reuniões do grupo, ele sugeriu que usassem alguma coisa que pudessem reconhecer um integrante do grupo sem chamar atenção do sistema. assim poderiam se comunicar nas ruas, então daquele dia em diante, todos os homens usariam um corte de cabelo diferente, cortariam somente a parte lateral dos cabelos, mantendo apenas á parte de cima, as mulheres usariam um lenço vermelho e amarelo feitos exclusivamente para elas, assim saberiam quem fazia parte do grupo.
De Toronto, Hunter se comunicava com Scar e os outros chefes das cidades do mundo, mas já não tinha poderes sobre os outros continentes, depois de um acordo entre políticos e chefes de facções, ficou decidido que cada continente teria seu próprio modo de chefiar e controlar o povo, na America latina o escritório central do sistema fica em São Paulo, no leste europeu a sede ficava em Moscou, na Europa, a sede era em Nápoles e assim por diante.
Lothar deixou seu grupo na responsabilidade de seu melhor amigo Steve e foi para nova York criar um novo grupo. Enquanto isso as cidades no mundo estavam cada vez mais degradante, a noite os chefes do sistema dava ordem de toque de recolher, pessoas que chegavam do trabalho tinham que correr para chegar em casa antes do toque, todos viviam sob o domínio do medo, carros e motos com seus motores barulhentos faziam a ronda nas ruas, aqueles que forem encontrados, eram presos e obrigados a trabalhar pro sistema e quando não aceitavam, eram mortos. Era final de outono, o inverno se aproximava e as dificuldades aumentavam.
As casas e condomínios eram trancados com grades e muros altos, os moradores se revezavam á noite para vigiar as casas, ouvia-se muita confusão nas ruas durante a madrugada, brigas e tiros não deixavam a população dormir em paz, era uma verdadeira guerra, uma guerra que para o senhor Franklin com seus 65 anos, não tinha esperança de vê-la acabar antes da sua morte e temia que os netos não tivessem um futuro melhor.
CIDADE DO CRACK
Lothar finalmente chegou á nova York, escondeu-se por alguns dias no porta malas do carro de um membro do grupo que fazia parte do sistema mas queria uma vida melhor para seus filhos e ajudava Lothar nas suas viagens e alertando dos perigos.
Chegando a Nova York, o carro em que o levava passou por uma barreira de homens encapuzados e armados de fuzis, pararam o carro. James o motorista, apresentou-se como membro do sistema e que estava vindo para Manhattan para se encontrar com parentes, os homens deram uma olhada dentro do carro, não encontrando nada o deixaram seguir.
James sabia que estava sendo observado, então para despistar ele conversou com Lothar e explicou que iria parar o carro de ré na porta dos fundos de uma igreja, enquanto isso ele saía pra fumar cigarro Lothar era pra abrir o porta malas devagar e entrasse na igreja.
Lothar levantou bem devagar o capo, saiu abaixado, pegou sua mochila e fechou novamente o capô sem chamar atenção, do outro lado da rua dois homens observavam James fumando ao lado do carro.
James terminou de fumar tranquilamente, jogou a bituca na calçada foi até a parte de trás do carro, abriu o porta mala e pegou uma garrafa de água, retornou até o capô e abriu, despejou a água no reservatório do radiador, entrou no carro novamente se seguiu até a third avenue no hotel Madison, enquanto isso duas motos o seguiram até o local, mas não o abordaram, apenas confirmaram que realmente moravam parentes dele naquele endereço.
A cada dia que passava o frio ficava mais intenso, Lothar ao entrar na igreja foi recebido por homem alto e forte de aparência latina, seu nome era Juan Caballero, um policial aposentado, Juan tinha os cabelos longos e usava um rabo de cavalo, camisa xadrez com as mangas cortadas como regata para mostrar seu músculo e a tatuagem de uma caveira segurando uma flor.
Falando em inglês com sotaque espanhol, Juan se apresenta:
- me chamo Juan, Juan Caballero, algumas pessoas já estão á sua espera no salão. Lothar apertou a mão forte de Juan e o seguiu até o salão, passou por uma porta estreita que dava acesso á outra sala. Era uma cena medieval, as paredes rústicas com tijolos de barro á vista. Seguiram até outro corredor escuro com alguns lampiões nas paredes, chegaram até o fim do corredor que terminou numa grande parede de tijolos, Hunter viu que não havia saída, até que Juan encostou num dos tijolos e uma pesada porta de tijolos se abriu aos poucos e assim que entraram, a porta se fechou imediatamente.
Em Los Angeles, Steve mantinha Lothar informado da situação. Claro que usavam métodos primitivos para se comunicarem, eram eficazes contra rastreamentos pelo sistema.
Lothar reinventou ou trouxe de volta a velha e eficaz criptografia, usada muito nas antigas guerras, principalmente por Alexandre “O GRANDE” apesar da sua baixa estatura.
Criptografia (Do Grego kryptós, "escondido", e gráphein, "escrita") é o estudo dos princípios e técnicas pelas quais a informação pode ser transformada da sua forma original para outra ilegível, de forma que possa ser conhecida apenas por seu destinatário (detentor da "chave secreta"), o que a torna difícil de ser lida por alguém não autorizado. Assim sendo, só o receptor da mensagem pode ler a informação com facilidade. É um ramo da Matemática, parte da Criptologia. Há dois tipos de chaves criptográficas: chaves simétricas e chaves assimétrica. Uma informação não cifrada que é enviada de uma pessoa (ou organização) para outra é chamada de "texto claro" (plaintext). Cifragem é o processo de conversão de um texto claro para um código cifrado e decifragem é o processo contrário, de recuperar o texto original a partir de um texto cifrado. De fato, o estudo da criptografia cobre bem mais do que apenas cifragem e decifragem. É um ramo especializado da teoria da informação com muitas contribuições de outros campos da matemática e do conhecimento, incluindo autores como Maquiavel, Sun Tzu e Karl Von Clausewitz. A criptografia moderna é basicamente formada pelo estudo dos algoritmos criptográficos que podem ser implementados em computadores.
Todos que eram membros do “no fear” se comunicavam através desse sistema quando estavam numa longa distancia, as mensagens passavam de mão em mão até chegar ao seu destino. Era assim que Lothar recebia as mensagens, quando alguma mensagem se perdia no caminho que a encontrasse não saberia o que significava aqueles números embaralhados.
O inverno estava prometendo ser rigoroso. A camada de ozônio já estava comprometida, muitos sofriam com câncer de pele e doenças de pele e nos olhos.
Na sala secreta, duas colunas de concreto apoiavam uma grande pedra oval de mármore que originava uma mesa, várias cadeiras de madeira com assento almofadado e revestido com veludo vermelho. Nada de celular nem de computadores, um grande mapa do país e outro menos com os mapas e coordenadas das principais cidades americanas.
Era como se o tempo retornasse á época da távola redonda, no centro estava sentado Martin, um reverendo da cidade de Manhattan, muito conhecido e respeitado por todos, apesar de não fazer parte do sistema, ele tinha admiração da maioria dos membros que o ajudava com a recuperação de alguns viciados que estavam em estado terminal. O Oxi era tão devastador que em poucos meses o viciado emagrecia rapidamente, os ossos se sobressaiam sobre as roupas que vestiam, alguns por causa da baixa imunidade adquiria doenças infecciosas, feridas sem cicatrizar a tal ponto da mesma ser infectada com vermes e bactérias. Comentava se nas ruas que o governo era que incentivava a distribuição e a venda do Oxi aos viciados do crack para que eles morressem rapidamente dando menos prejuízo ao sistema de saúde do governo.
Reverendo Martin se levantou e se apresentou e logo sedeu seu lugar á Lothar e pediu para que ele explicasse seus métodos e como funcionava ‘’no fear’’.
E como ele pretendia ampliar o seu método sem chamar a atenção do sistema. Lothar prontamente se apresentou ao restante do grupo e com uma caneta apontou alguns pontos do mapa do País.
Enquanto começava a nevar, fiéis estavam na sinagoga ouvindo as palavras de fé de outro reverendo, a maioria eram pais de filhos envolvidos com o sistema e de viciados, as famílias estavam desestruturadas e a única maneira de se ter um pouco de paz e conforto era dentro das igrejas, e isso os chefes do sistema não os proibiam, eram livres para isso, mas um novo líder mais rigoroso que assumiria o controle do sistema já havia dito que iria proibir todo tipo de ato religioso e que se dependesse dele todas as igrejas seriam destruídas ou desativadas.
- bem, em Los Angeles temos uma equipe com 68 membros e cada um tinha a missão de descobrir e recrutar novos membros, é uma meta difícil e arriscada, mas com treinamento é possível discernir quem são as pessoas com tais características, - explicou Lothar.
- mas como descobrir que alguma pessoa se interessará pela sua causa, e será que ela não poderá nos trair, - perguntou reverendo Martin.
- durante o treinamento, o membro será submetido á alguns testes, ele será levado para outra cidade longe de onde mora, colocará em pratica o seu teste, se por acaso ele falhar, dois instrutores estarão o acompanhando á distancia, e aqueles que ele conseguir afiliar e passar confiança, será seguido por um terceiro membro até sua casa sem ela saber, e então esta pessoa será abordada por um colaborador grupo e se esta pessoa se interessar realmente pelo grupo, aí sim ela será informada no nome do nosso grupo e como funciona o nosso sistema. Esta pessoa escolhida manterá sua rotina de vida normalmente, apenas será mais uma frequentadora da igreja, mas não será necessário mudar sua religião, até porque cada um tem a sua própria fé e crença dentro do grupo...
... Depois que um grupo for formado aqui, vocês escolherão um líder e a próxima missão será descobrir e recrutar alguém do sistema que esteja querendo sair ou que esteja descontente com o sistema e trazê-lo pro nosso grupo para dar apoio e passar informações.
Depois da reunião, um informante veio avisar para terem cuidado, pois tinha alguns membros do Sistema misturados com os fiéis. Lothar teve que esperar todos irem embora, disfarçado ele saiu junto com as pessoas e foi seguido pelo informante que lhe deu cobertura até um carro onde entrou novamente num porta malas e saiu com o reverendo Martin que o levou para sua casa. Lothar tomou banho, jantou e dormiu na casa do reverendo sem levantar suspeita e pela manhã no carro do reverendo foi levado até San Diego onde dias depois atravessaria a fronteira com o México.
Em Manhattan o reverendo Martin seria o líder e o responsável pelo primeiro grupo NO FEAR, fora de Los Angeles. Lothar faria sua primeira viagem para fora do país em busca de novos aliados e novas perspectivas de uma vida melhor para a humanidade.
SERÁ QUE LOTHAR CONSEGUIRÁ CHEGAR AO SEU DESTINO? AGUARDEM PROXIMO CAPITULO.