Sobrevivendo ao Fim do Mundo
Olá! Vim aqui com muita rapidez para dizer que estou sobrevivendo ao fim do mundo. O sol esquentou pra caramba, eu mal consigo sair na rua sem muito protetor solar e com boné na cabeça; O asfalto está tão quente, que chega a subir um vaporzinho dele.
Agora são, exatamente, 10 horas da manhã, o que significa que terei apenas quinze horas de vida. Como sou organizada (nem tanto), meu cronômetro já está correndo. O jornal anunciou uma chuva de meteoritos, estou um pouco assustada, meu cachorro também, coitado. Precisei raspar ele em casa, porque a energia está escassa e a água está evaporando... Está tudo um caos!
Estão dizendo aí na rua que vai ter até alienígena, o que eu não acredito muito, mas...Eu também não acreditava que os mais poderiam estar certos. Onde estou agora? Dentro de casa, trancada, porque a cidade está igual aquele filme, como é o nome mesmo? Ah, Resident Evil, mas sem zumbi. As pessoas estão correndo desesperadas de um lado para outro, as igrejas estão lotadas, os supermercados estão dando tudo o que é coisa de graça para as pessoas. É o fim do mundo, mesmo.
Tem um aqui na minha porta que está pedindo água há mais de meia hora, e mesmo eu dizendo para ele que a água acabou mas ele continua insistindo. Tive que trancar a porta e arrastar uns móveis para fechá-la, porque eu não duvido que esse bando de gente louca invada meu quintal pra tentar tomar um pouco d’água.
Ainda bem que tinha feito minhas compras de fim de mundo ontem, porque senão eu iria morrer de fome, aliás, eu e o Spark. Mas vamos que vamos, depois eu contou o manual de sobrevivência que eu mesma criei, porque, gora, preciso ir trancar as janelas, comer alguma coisa, e ver o que faço para o fim não ficar tão monótono...Acho que vou lá zoar com os desesperados um pouco.