O pano

O Pano

luizcarloslemefranco

Um historiador, que se achava místico, curioso por antiguidades, certa feita,viajou a África para oferecer, no Cairo, uma palestra sobre mapas antigos, sua experteza.

Tinha conhecimento de uma história, que nunca pode investigar , da existência de cartogramas viquingues que escapara da queima da biblioteca de Alexandria em cavernas d’A´frica setentrional.

Dr. Helton – seu nome - aproveitaria o ensejo para tentar saber algo, além do que conhecia, á respeito destes mapas. Reservara um tempo para tal.

Afinal, mapas antigos era a busca que sempre lhe agradava.

À sua aplaudidíssima explanação compareceu um marinheiro curioso por este tipo de documentos e com ele trocara conversas sobre o assunto.

Após a cerimônia, foi com ele á cara de seu interesse.

--O que o senhor pensa sobre estes mapas de navegação ?, Foi a pergunta primeira ao Sr. Hobim, o marinheiro curioso que o ajudaria.

O coringa aposentado, morador e conhecedor da região sabia também da lenda envolvendo tais cartas navegadores antigos na região, mas apático, preferiu irem à procura sem muita expectativa .

Vasculharam bibliotecas, livrarias, portais na Televisão, museus oceanográficos, lojas de antiguidades, escutaram pastores perdidos na áreas onde pesquisariam.

Somajuntaram tudo o que conseguiram e com dados daqui, informações de acolá, anotações várias, e tentando adivinhar o que estava garatujado numa tabuinha irregular, meio apodrecida que lhe ofereceram alhures embrulhada em um trapo velho, como sendo um mapa do local que procuravam, chegaram a um antigo porto do Rio Nilo, hoje enterrado .Segundo todas as suas calculações era ali que poderiam estas as suas suspeições..

Lá com auxílio de moradores antigados,, alguns mapas, cavaram e reburadaram. em muitas frustradas procurações.

Após meses de labutas cansáveis, recomeços e reconsultas à ininteligível tabueta

à qual limparam tudo o que puderam até que o escrito na madeira quase se apagou, e o trapo esgarçou-se de tanto enrola e desembrulha, depois de rabiscarem e refizerem no pedaço de pau os trajetos que pareciam perceber , sentiram que estavam num lugar há muito desertiárido sem nada que poderia sugerir que ali algum dia tinha tido água.

Desistiram.

Anos depois o pesquisador soube que a tábua era disfarce, que o mapa estava no pano.