MEU AMIGO ALIENÍGENA (EC)
A noite era escura, chuvosa e fria. Dava medo. Enrolei-me no edredon macio, fazendo um esforço enorme para dormir logo. Nina, minha gata de estimação, aconchegou-se aos meus pés já com os olhinhos pesados de sono. Adormeceu logo. Eu não conseguia conciliar o sono, por mais que tentasse.
A luz forte invadiu o quarto, vindo em minha direção. Foi como se um filme se projetasse na parede e me alcançasse na cama. Encolhi-me toda, mas, estranhamente, não era medo o que senti. Uma sensação estranha - não sei como definir. Nina despertou de seu sono quase letárgico e balançava o rabinho, de um lado para o outro; pura satisfação. Posso jurar que ela sorria.
Então como num passe de mágica, ele surgiu em meio à escuridão do quarto. Estatura pequena, olhinhos arredondados, duas orelhas enormes, boca pequena. Aproximou-se e eu gelei. O que será que aquela estranha criatura veio fazer em meu quarto? Eu precisava de coragem, não podia acovardar-me naquele momento. Precisava saber o que ele queria de mim; alguma razão havia para ele estar ali.
- Quem é você? Perguntei-lhe, com a voz trêmula (nem sei como encontrei coragem).
- Um amigo... Respondeu-me com voz firme.
- De onde você veio?
- De um planeta muito distante, a milhões de quilômetros luz.
- O que você quer de mim?
- Quero lhe falar de meu planeta. De como nos amamos como irmãos verdadeiros. De como respeitamos a vida, a natureza e toda a criação de Deus.
- Não há guerras, nem assassinatos, roubos e corrupção?
- Desconhecemos essas ações em meu planeta. Lutamos por uma vida justa e para mantermos nossa dignidade sempre presente. Amamos porque é nosso lema e o amor nos alimenta. Ajudamo-nos uns aos outros porque assim estamos ajudando a nós mesmos. Nosso objetivo é o crescimento interior e a evolução de nosso espírito. Caminhamos em direção à luz e por isso somos vencedores em todos os nossos projetos. O amor constrói e o ódio só destrói. E tudo o que fazemos é com muito amor.
- Que pena que aqui no planeta Terra não é assim!
- Aqui, as pessoas se matam, todos os dias. Não há respeito pela vida que é trocada por míseros centavos. O orgulho e a vaidade, a falta de compreensão entre os habitantes deste planeta, lhes confere o título de piores seres do universo. Vim para chamar a atenção de todos para o caos que está se formando em torno da Terra. Um dia - não muito distante - nada mais restará.
Despertei ofegante, assustada e com a boca seca. Fui até a cozinha, retirei da geladeira a garrafa de água pura e tomei-a, quase num único gole. A sede era de deserto. A escuridão, amedrontadora. Sonhei? Não sabia ao certo, mas as palavras de meu amigo ressoaram em meus ouvidos por um bom tempo ainda.
(Milla Pereira)
Este texto faz parte do EC
"Meu amigo alienígena"
Para conhecer os demais participantes, clique:
http://encantodasletras.50webs.com/meuamigoalienigena.htm
A noite era escura, chuvosa e fria. Dava medo. Enrolei-me no edredon macio, fazendo um esforço enorme para dormir logo. Nina, minha gata de estimação, aconchegou-se aos meus pés já com os olhinhos pesados de sono. Adormeceu logo. Eu não conseguia conciliar o sono, por mais que tentasse.
A luz forte invadiu o quarto, vindo em minha direção. Foi como se um filme se projetasse na parede e me alcançasse na cama. Encolhi-me toda, mas, estranhamente, não era medo o que senti. Uma sensação estranha - não sei como definir. Nina despertou de seu sono quase letárgico e balançava o rabinho, de um lado para o outro; pura satisfação. Posso jurar que ela sorria.
Então como num passe de mágica, ele surgiu em meio à escuridão do quarto. Estatura pequena, olhinhos arredondados, duas orelhas enormes, boca pequena. Aproximou-se e eu gelei. O que será que aquela estranha criatura veio fazer em meu quarto? Eu precisava de coragem, não podia acovardar-me naquele momento. Precisava saber o que ele queria de mim; alguma razão havia para ele estar ali.
- Quem é você? Perguntei-lhe, com a voz trêmula (nem sei como encontrei coragem).
- Um amigo... Respondeu-me com voz firme.
- De onde você veio?
- De um planeta muito distante, a milhões de quilômetros luz.
- O que você quer de mim?
- Quero lhe falar de meu planeta. De como nos amamos como irmãos verdadeiros. De como respeitamos a vida, a natureza e toda a criação de Deus.
- Não há guerras, nem assassinatos, roubos e corrupção?
- Desconhecemos essas ações em meu planeta. Lutamos por uma vida justa e para mantermos nossa dignidade sempre presente. Amamos porque é nosso lema e o amor nos alimenta. Ajudamo-nos uns aos outros porque assim estamos ajudando a nós mesmos. Nosso objetivo é o crescimento interior e a evolução de nosso espírito. Caminhamos em direção à luz e por isso somos vencedores em todos os nossos projetos. O amor constrói e o ódio só destrói. E tudo o que fazemos é com muito amor.
- Que pena que aqui no planeta Terra não é assim!
- Aqui, as pessoas se matam, todos os dias. Não há respeito pela vida que é trocada por míseros centavos. O orgulho e a vaidade, a falta de compreensão entre os habitantes deste planeta, lhes confere o título de piores seres do universo. Vim para chamar a atenção de todos para o caos que está se formando em torno da Terra. Um dia - não muito distante - nada mais restará.
Despertei ofegante, assustada e com a boca seca. Fui até a cozinha, retirei da geladeira a garrafa de água pura e tomei-a, quase num único gole. A sede era de deserto. A escuridão, amedrontadora. Sonhei? Não sabia ao certo, mas as palavras de meu amigo ressoaram em meus ouvidos por um bom tempo ainda.
(Milla Pereira)
Este texto faz parte do EC
"Meu amigo alienígena"
Para conhecer os demais participantes, clique:
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