Andy já não é mais o mesmo...
O que estava acontecendo, pensou ela, é que ele estava cada vez mais arrogante. Antes ele não era assim. Ao contrário antes era uma verdadeira simpatia, solícito, amável. E não que ela fosse de abusar da bondade dele, não. Era agradecida, reconhecia sempre as suas atitutes, a sua maneira de tratá-la bem. Ela sabia que a obrigação primordial dele era cuidar dela como um todo, como pessoa, sua saúde física e mental. Por outro lado, quando se passa o tempo todo junto, as 24 horas do dia, isso não é suficiente. Precisa haver também um cuidar do espírito, da alma. Afinal de contas, ele sabia de todos seus segredos, de suas intimidades, de seu pensar. Custava se preocupar com suas preocupações, cuidar de seus cuidados, cumprir também suas aspirações?
Não foi de repente. Devagarinho, ele foi percebendo suas fraquezas, sua dependência, suas necessidades. Sabia que, de um jeito ou de outro, ela acabaria se humilhando, pedindo ajuda. Confessaria suas fraquezas. Foi assim que ele se tornou dominador, presunçoso e o que ela mais detestava: arrogante. O pior é que quanto mais ele agia assim, mais ela se sujeitava, mais ela precisava dele. A coisa chegou a um ponto que se tornou um paradoxo. Andy – esse era o nome que ela lhe dera – era a um tempo o que ela mais precisava e o que ela mais detestava.
Decidiu, não era mais viável, não era mais possível. Ela tinha de fazer o impossível, livrar-se de Andy. De manhã, bem cedo, saiu antes que ele pudesse notar e dirigiu-se ao departamento próprio para reclamações e reposições e explicou todos seus problemas. A moça, muito gentil, ouviu com muita atenção e disse que ela poderia voltar para casa. Tudo já estava resolvido. Quando chegasse lá, Andy já teria sido substituído por um robô muito mais simpático e que jamais seria arrogante com ela. Cindy, enquanto voltava para casa, pensou como seria bom se houvesse um robô masculino como a moça que a havia atendido. Ela sim, era simpática e, com certeza, jamais “viraria” um Andy. Enfim, não se pode querer de tudo. De qualquer forma ela sabia que o Mathew, o substituto de Andy, iria cumprir sua missão. Garantido.
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O que estava acontecendo, pensou ela, é que ele estava cada vez mais arrogante. Antes ele não era assim. Ao contrário antes era uma verdadeira simpatia, solícito, amável. E não que ela fosse de abusar da bondade dele, não. Era agradecida, reconhecia sempre as suas atitutes, a sua maneira de tratá-la bem. Ela sabia que a obrigação primordial dele era cuidar dela como um todo, como pessoa, sua saúde física e mental. Por outro lado, quando se passa o tempo todo junto, as 24 horas do dia, isso não é suficiente. Precisa haver também um cuidar do espírito, da alma. Afinal de contas, ele sabia de todos seus segredos, de suas intimidades, de seu pensar. Custava se preocupar com suas preocupações, cuidar de seus cuidados, cumprir também suas aspirações?
Não foi de repente. Devagarinho, ele foi percebendo suas fraquezas, sua dependência, suas necessidades. Sabia que, de um jeito ou de outro, ela acabaria se humilhando, pedindo ajuda. Confessaria suas fraquezas. Foi assim que ele se tornou dominador, presunçoso e o que ela mais detestava: arrogante. O pior é que quanto mais ele agia assim, mais ela se sujeitava, mais ela precisava dele. A coisa chegou a um ponto que se tornou um paradoxo. Andy – esse era o nome que ela lhe dera – era a um tempo o que ela mais precisava e o que ela mais detestava.
Decidiu, não era mais viável, não era mais possível. Ela tinha de fazer o impossível, livrar-se de Andy. De manhã, bem cedo, saiu antes que ele pudesse notar e dirigiu-se ao departamento próprio para reclamações e reposições e explicou todos seus problemas. A moça, muito gentil, ouviu com muita atenção e disse que ela poderia voltar para casa. Tudo já estava resolvido. Quando chegasse lá, Andy já teria sido substituído por um robô muito mais simpático e que jamais seria arrogante com ela. Cindy, enquanto voltava para casa, pensou como seria bom se houvesse um robô masculino como a moça que a havia atendido. Ela sim, era simpática e, com certeza, jamais “viraria” um Andy. Enfim, não se pode querer de tudo. De qualquer forma ela sabia que o Mathew, o substituto de Andy, iria cumprir sua missão. Garantido.
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