Viagem insólita, a Luz que me sugou
Muita luz com um quilometro de diâmetro.
Comparando ela pegaria da Marechal Deodoro a minha casa (próximo ao ginásio de esportes).
Comparando um pouco mais (vendo do alto) ela estaria em uma vigésima parte do perímetro de minha cidade.
Vendo ela de cima de um avião, eu já veria uma roda com uns dois metros, sempre branca.
Imaginando ainda, menor que o chamado Oeste Paulista o ponto branco já era bem menor, coisa de uns vinte centímetros.
Ai passa pelo Estado o ponto branco começa a não ser mais tão branco, teria talvez cerca de menos que alguns microns (milionésima parte do milímetro).
E ao país comparado este ponto já obscuro comparado à grandeza do verde, se confunde em muito.
Não para por aí, vem a América do Sul, as três Américas.
Vendo do outro lado do Oceano Atlântico, África e o pontículo branco já não mais aparece, mas sei que está lá, pois eu o vi a principio, quando eu o vi a principio, quando ele tinha cerca de um quilometro ou talvez até mais.
Agora olhando também do outro lado do mundo os paises tornam-se também pequenos.
E o branquinho onde estará
Vai ainda afastando a imagem diminui e a distancia aumentando.
Agora o planeta que já é pequeno e a cada minuto que passa a velocidade da distancia se torna espantosa, a Terra fica cada vez mais distante e pequena.
Agora vejo também um pequeno pontinho em volta da Terra bem pequena.
E a distancia continua a aumentar, o que fazer, Oh! Não; torna medidas grotescas e a distancia já bem longe talvez já a alguns anos a velocidade é tremenda, ultrapassa a barreira de tudo que se pode imaginar.
O ponto branco não sei mais se está lá, pois nem sei mais onde estou.
A velocidade é fantástica, cores que vejo pela frente é lindo e ao mesmo tempo assustador, o som é de fazer inveja a qualquer um.
Já chega estremecer onde estou à velocidade é tremenda, não vejo mais cor, está tudo girando, e a velocidade a cada tempo (segundos talvez) duplica, aumenta e aumenta ainda mais.
Vejo muita coisa diferente até o chamado abismo negro, mas foi muito rápido, a passagem por ele, mas percebi uma energia estranha, algo que tentava puxar, mas a velocidade era ainda maior e ainda aumentando, fez seguir para o universo infinito.
Já nada se vê, apenas sei que a velocidade continua aumentando, meu corpo pressionado quase sem ar ainda resiste, e a velocidade é ainda muito maior agora.
Quer dizer agora já é bem passado.
Que século talvez XXV, nossa espantoso a velocidade quebrou a barreira do tempo, agora estou talvez no século CC, é tudo muito diferente, e velocidade ainda maior me faz perder o sentido, estou girando sem parar, minha cabeça oh!
Estou vendo novamente a Terra, que bom olhar o Brasil, que lindo o Estado, a Cidade, o ponto branco, nossa esta aumentando rapidamente o seu tamanho.
Pau cai agora num ponto do ponto branco.
Agora parece que tudo está começando, porém o inverso estou diminuindo de tamanho.
Que loucura a velocidade de minha imaginação.
Escrito feito em meados de 1979, enquanto a mulher assistia a novela, eu fazia uma viagem para dentro de mim.