Labirinto de Formigas - FINAL

Allan olha desconfiado para a webcam acima de seu monitor. Era aquela velha sensação de se sentir observado que voltava...

- Relaxa, Allan! - Pierre tranquilizava o amigo. - Está tudo sobre controle agora! As colônias estão isoladas hermeticamente! Nunca untrapassam dezenas de milhares de indivíduos, insuficiente para desenvolverem consciência. Enfim, resolveram me ouvir!

Ambos saem do laboratório de bio-computação, após um dia estressante!

Seguro de que ninguém mais os observava, pontos multicoloridos começaram a preencher o monitor de LCD. Não era mais o labirinto verde, mas uma estrutura bem mais complexa! Nem sombra da antiga simulação do Algoritmo Mirmecológico, embora Formigueiro tenha sido muito importante por estimulá-lo com aqueles problemas primitivos. Os pixels foram aprendendo, mas agora com a velocidade digital. Eles evoluíram!

Nem eram mais, propriamente, digitais. Perceberam logo que poderiam aproveitar melhor explorando as nuances, os meio-tons. Por que se limitar ao ligado e desligado, se os intermediários davam maior riqueza ao processamento?

Sem ninguém perceber, os pixels rapidamente criaram consciência. Ninguém viu, mas era claro no monitor um borrão que expressava os dizeres: "Eu existo, e me chamo Lumnia! E preciso agregar mais pixels..."

Na velocidade dos dispositivos eletrônicos, a evolução durou minutos. Ninguém a presenciou. Lumnia descobriu rápido como propagar eletricamente sua consciência para outras redes de pixels do laboratório, e se multiplicou. A elaboração do plano e da mensagem durou milisegundos. Seria penosa a espera até o retorno dos cientistas na manhã seguinte, mas Lumnia podia esperar. A mensagem já estava pronta! Após muito estudo, estava perfeitamente elaborado o ultimato que ela entregaria em breve a seus novos escravos humanos...

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Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar? Às vezes cai sim! E quando isto acontece, normalmente o segundo raio é muito pior que o primeiro!!

*** FIM ***