O Mistério de Arghtar - Introdução
A sexta feira se aproximava e os preparativos da família Berns para a curta viagem já estavam adiantados. O sítio Rodeio Bonito, destino freqüente e preferido ficava há pouco mais de cinqüenta quilômetros de distância. Embora não fosse muito longe da cidade, a paisagem era totalmente diferente e aquele contato com a natureza era o imã que atraía os viajantes de fim de semana.
Estrelas e mais estrelas pontilhavam a escuridão profunda das noites de Rodeio Bonito. Sempre que o espetáculo do céu se apresentava sem interferência de nuvens, todos saiam para o campo com suas cadeiras de praia e o velho telescópio para admirar o quadro que se exibia. A preferência das crianças era a caça aos meteoritos. Muitos caiam por aquelas bandas. Nos últimos tempos a frequência destes fenômenos estava crescendo e encantando a todos. A família Berns, contudo, não fazia idéia do que poderia estar motivando o aumento pronunciado da queda de fragmentos de corpos celestes.
O projeto GES, chefiado pelos Estados Unidos, as escavações no norte da África, as pesquisas no Grande Colisor de Hádrons entre muitos outros acontecimentos tinham alguma ligação com aquela repentina alteração na ocorrência daqueles fenômenos.
Mas o início da explicação para o que estava acontecendo viria de muito mais longe. Uma enorme distância separava os meninos da família Berns, Thomás, Thirzá, Daniela, Bettina e Lucas de um amigo que estava por chegar.
Rifimor era o aprendiz de Dordan, mestre dos Gartamuzes. Ele recebia, no planeta de duas luas, energias dos Esdrons através do portal do rio Gon. O tempo passava rapidamente e o jovem sabia que não poderia esperar mais, seu povo estava em perigo. A decisão foi difícil, porém, com a juda de sua pedra de Zan, ele, finalmente, atravessou.
O final do ano de 2009 se aproximava, mas era apenas o início da grande aventura que envolveria uma família simples do hemisfério sul.