Realidade em tempo.
Certa vez ocorreu-me de estar vivendo um acontecimento de grande influencia para minha pessoa.Por mais que eu pensasse em revelar tal acontecimento á quem quer que fosse, o sentimento que me assolava era de que estaria fazendo um papel tolo. Era de imensa necessidade dizer a alguém, para me certificar que aquilo que havia acontecido, e estava acontecendo, era mesmo realidade, e não um acontecimento imaginário, uma impressão que se materializou somente para mim.Havia um sentimento em mim de que tudo o que estava vivendo por aqueles dias, poderia ser uma criação de minha mente, ou de uma realidade que não me pertencia, mas que para mim passou a fazer-se real,vivo, era uma verdade que se manifestava, dia á dia, após ter sido expulso da biblioteca municipal “Mario De Andrade “ que se situa em uma metrópole linda chamado São Paulo.Ao entrar no saguão da linda biblioteca, algo como uma sensação de espaço e conforto se apoderou de mim, parecia-me pertencer aquele lugar, com aquelas poltronas em frente e um portal imenso na minha frente, depois pude ver o ambiente muito bem cuidado, o piso muito limpo e brilhante, cuidadosamente me dirigi para a recepção e fui muito bem atendido.Uma linda jovem me perguntou pelo documento de identificação,e prontamente estava de livre acesso á uma das maiores bibliotecas do estado de São Paulo.Quando uma outra senhorita me perguntou onde iria me dirigir, e qual andar estaria indo fazer minha busca e pesquisa , respondi que não tinha nada definido, porque estava querendo conhecer o lugar, e por se tratar de uma biblioteca municipal, me pus á pensar que seria permitido todos os acessos , principalmente os andares últimos que situam-se “obras raras”.E assim me pus andar pelo saguão em direção ao elevador, dizendo ao ascensorista que estaria indo ao ultimo andar,setor de obras raras.Quando o elevador parou meu coração estava acelerado e uma ansiedade estava me possuindo pouco á pouco, principalmente pelo motivo da senhorita do saguão ter dito a mim que eu iria poder ver antiguidades como “Papiros” e livros antigos.E foi exatamente o que fui em busca, por um motivo muitíssimo verdadeiro para mim... Um dos motivos era de que eu estava a uns três meses lendo a historia de “Ramsés o filho da luz” e alguns dias havia terminado de ler a trilogia do filho da luz, também havia lido uma serie dos livros do autor “Albert Paull Dahoui”Como os livros: A queda dos anjos, A era dos Deuses, O primeiro Faraó, Os Patriarcas De Yahave. Havia me envolvido muitíssimo com os livros de Paull Burton, como aqueles em que conta sua visita pelas pirâmides no Egito,”O egito secreto” isso tudo fez de mim um ser encantado pelo conhecimento e a sabedoria dos egípcios.E ao saber que poderia ver um papiro egípcio em minhas mãos, fui tomado pela ilusão de que lá no ultimo andar da biblioteca municipal iria então ver um papiro. Ao subir pelo elevador, em minha mente fotográfica, estava a capa de um livro que me deixou muito curioso em ter para ler, e pelo motivo de estar sendo vendido La na Rua do Arouche, em frente a uma das saídas do metro que da diretamente na rua do Arouche, não me contive em parar e perguntar á que preço estava sendo vendido... “Mas lembro perfeitamente que o nome do livro era” “A sociedade secreta Brasileira” algo me chamou muito a atenção porque as vestes dos personagens na capa do livro pareciam que se tratava de uma época no inicio do século,e me causou interesse, enquanto o elevador subia por paredes eu estava contendo minha ansiedade para entrar em uma biblioteca de muitos andares. O elevador parou e sai para um ambiente muito refrigerado... Com enormes estantes com folhas de vidros que corriam de um lado á outro, com salas imensas, de um lado uma sala com poltronas de couro, mas para ter acesso a esta sala teria de passar por outra recepcionista, e pude ver que havia dois homens La dentro em silencio de igreja foliando livros grandes de capas velhas, eles estavam de costas para a entrada, e muito bem acomodados em um ambiente desejado para ler. Comecei andar de um lado á outro admirando os livros muito bem cuidados, e também aqueles carrinhos de fácil manejo com rodas de borracha que estavam em toda parte carregados de livros, e foi quando novamente tudo começou em um impulso de realidade e ficção, mas tudo uma realidade em tempo real, porque em cima de um dos carrinhos carregados de livros, estava exatamente um livro que á poucas horas na Rua Do Arouche eu acabava de ver em uma banca desses livreiros que vendem nas ruas. Foi quando tudo começou, porque em um descuido, peguei aquele livro nas mãos e firmei os olhos para abrir uma pagina e conferir edição e numero de publicação, repentinamente, eu não pude ver de onde surgiu aquela mulher com os cabelos presos e um óculos de arames muito finos, um olhar de interrogação muito penetrante em meus olhos, me dizendo para não pegar nos livros sem antes lavar as mãos, Sim eu respondi á ela...Mas ela continuou me olhando dizendo para não tocar nos livros, eu respondi que sim que não iria pega-los mais, me afastando um pouco e devolvendo o livro no carrinho, mas ela veio em minha direção perguntando –me o que fazia ali, e o que estava querendo, respondi á ela com educação e também com um olhar penetrante nos olhos dela,Não havia como fugir de perguntas inquisitivas depois que me prendeu em teus olhos, respondi que não era um pesquisador depois que perguntou, respondi também que não era jornalista e que meu desejo era poder ver um papiro nas minhas mãos.Talvez ela nunca iria entender o que passava em minha cabeça e espírito, ao ler muitos artigos sobre o Egito e também sociedade secretas, eu realmente queria mais muito mais... Ela nunca iria entender mesmo que eu fosse um pesquisador formado com nível superior, um jornalista um diplomata, ou um maluco, porque era a minha viagem. Minha!”Foi quando ela me disse que, por não ser de um nível superior eu não poderia ficar na sala de” “obras raras” e que me retirasse do lugar, mas vejam:” Tudo isso com muitíssima educação” Eu não entendia porque! Não conseguia entender aquilo depois de ter lido uma historia como a de um grande personagem do tempo, A trilogia de Ramsés.Pensei em questionar que meu desejo e minha missão era tocar em um papiro egípcio...Mas ela estava no comando agora, ela não pode ser sensível ao sonho de um ser qualquer que viaja no tempo.Por verdade ela não poderia vivenciar meus desejos, nem transformá-los em realidade , ela estava na Biblioteca Mario De Andrade da Grande São Paulo, talvez sua realidade em tempo fosse grandes personagens dos jornais do estado, grandes mestres da literatura, ou políticos com seus ternos e direito a um cappuccino expresso.
E foi mais direta pedindo para me retirar, aquilo tornou-se frio e comecei a sentir que agora o poder estava com ela e eu era um invasor. Respondi que não poderia me pedir para sair de um local que esta bem visível ser “PUBLICO” com isso percebi que eu estava sendo curto direto e mal educado, e que minhas chances acabavam ali mesmo, e depois disso seus olhos mudaram para um agressivo e agora iria mesmo me entregar ao ser superior. Ela saiu de minha frente entrando por traz de estantes enormes e não vi mais aqueles olhos de pessoa que passa os dias lendo. Pensei que iria topar agora com um segurança ou um tira ou policial, mas quem me surge foi outro bibliotecário que não deu chances alguma para conversar, dizendo que não poderia ficar no local por pertencer a jornalistas e pesquisadores, eu apenas pensei em pedir para ter acesso em documentos antigos, já que a recepcionista do saguão não havia me informado sobre esse detalhe, mas acabei por defrontar um homem de olhos parados e frios, como se aquele ser houvesse saído de dentro de um daqueles livros velhos que estavam em minha frente. E cruelmente disse para me retirar porque iria chamar a segurança. Não tive escolha, tive que me retirar da biblioteca Municipal Mario De Andrade da Grande São Paulo, que de tanto ler sua historia eu vi nascer. Aquele ser dos livros deve ainda estar La de prontidão aos não instruídos, não permitindo que tenham acesso ás leituras e obras raras. Ele teve mais impulso para me fazer desistir, com isso me retirei indo em direção ao elevador que já estava aberto com o ascensorista do lado de fora me esperando. Dirigi-me para movimentada avenida e caminhei pelas ruas sem uma direção definida, caminhei e caminhei em silêncio olhando a cidade acontecer, até que deparei com uma coisa ainda mais inusitada, quando dei por mim já estava no calçadão da rua direita, muito na esquina entre um monte de pessoas e barracas , estava lá um homem muito diferente de tudo que já havia visto em barracas de camelô, tanto o homem como o que ele estava vendendo me deixou perplexo porque aquele homem, mas parecia um turista do que um vendedor ambulante, em sua tenda estava um monte de papiros pendurados com gravuras egípcios pintados, muito bem pintados.E aquele homem que me parou chamando minha atenção ao que ele vendia, eu passaria direto se ele não me chamasse a atenção. Ao parar e vê-lo senti como se estivesse ao lado de uma pessoa que também viajava no tempo como eu, e ele estava com as chaves que me abriam portais, e foi exatamente isso o que aconteceu, ao olhar nos olhos daquele homem vi ele era real, mas ninguém estava em sua tenda, e aquele momento era eu o único cliente dele, notei que todos naquela rua passavam sem nos perceber, não nos viam, fiquei escolhendo entre marcadores de paginas e alguns rolos que estavam muito bem pilhados qual iria levar pra mim, ele gentilmente me disse, que tinha um papiro muito antigo e estava meio amarelado pelo tempo, e que estava em um de seus quadros preferidos, e estava vendendo-o também, foi exatamente o qual me encantou porque era a figura de Osíris sendo coroado pela sua Irmã esposa e sua mãe. Esse papiro foi dado á um amigo artesão e ele fez um lindo quadro de vidro que hoje tenho em meu quarto. Lembro que tudo aquilo aconteceu aos olhos de todos passantes, e eu acabava de tentar descobrir mais sobre alfabeto, pinturas, hieróglifos pirâmides, não me encontrava sem respostas, porque um outro viajante do tempo também estava lá para me entregar as chaves dos portais.Comprei um quadro e dois marcadores de páginas,presenteei meu amigo com um dos marcador de paginas,e outro esta guardado entre um livro e outro.O homem de aspecto de turista nunca mais tornei –ver, mas ele era real,muito real, engraçado era que seus trajes sua tenda era completamente diferente de tudo que já vi em São Paulo. Por isso fico pensando sempre que lembro e que comparo o grande sábio Osíris com sua simplicidade em levar o conhecimento a todos, e também a alguns que bloqueiam a possibilidade de outros vir a ter mais conhecimentos.Uma realidade á tempo, é preciso proibir aqueles que pensam em proibir.Que os viajantes do tempo sejam bem vindo.