Um homem sem rosto

Cheguei! – Ao penetrar na saída ao desembarque, o jovem abraçou a sua namorada. E a sua bagagem? –Perguntou a sua namorada ao reparar que ele não trouxe. Minha mala? Bem, eu esqueci em casa a minha mala. – Replicou o jovem. Como esqueceu? – Estranhou a namorada. Bem, eu não consegui pegar a tempo, pois eu estava atrasadíssimo para pegar o meu voo marcado. Mas darei um jeito. “Darei um jeito”, o que quer dizer? – Continuou sem entender a namorada. Vou comprar umas roupas aqui no Rio. – Respondeu o jovem, aparentemente tranquilo o quanto isso. Mas como estamos no meio do mau tempo. Assim não temos como nos deslocar para outro ao outro. – Explicou a namorada. Ah, lembrei. Também não trouxe a minha escova de dente – Lembrou o jovem. Essa não! Mais um problema para nós! – A namorada entrou em pânico. A boa parte das ruas, ou seja, dos acessos está interditada devido à chuva. O jeito é que a gente vai direto para a minha casa e você vai tomar um bom banho. – Sugeriu a namorada impaciente. Eu não trouxe meu shampoo nem meu sabonete liquído. – Lembrou o jovem. Ac.ho que você deve voltar à sua cidade. – Sugeriu a namorada, já sem paciência e desgastada com a relação com ele. Como assim? – o jovem ficou surpreso. Vou sair dessa relação. – Decidiu a namorada. Não, não faça isso. Eu estou sem grana. – Implorou o jovem que estava ajoelhado. A namorada saiu do redor dele e despareceu como se um fantasma sumisse repentinamente. O jovem via todas as partes de onde estivera desesperado: Estou sozinho! Nenhuma pessoa passa aqui! Nem uma mosca! Foi ver da janela: Os aviões sumiram! Apareceu de repente um homem sem rosto ao seu lado: siga-me, por favor – suplicou o misterioso ao jovem. O jovem não tinha o que fazer e decidiu seguir o homem sem rosto. O misterioso era bem alto e branco. Usava um casaco, sobretudo, um certo tipo do filme Matrix. A sua parte física lembrava o Hellboy, o gigante avermelhado. Foram até o portão de saída. Por favor, entre. – Pediu o homem. Não pensou duas vezes e entrou. Foi devorado por vários insetos gigantes. Não! – O jovem acordou suado. Ah, foi um pesadelo. – O jovem se aliviou. Acho que ando lendo muito livro de ficção científica. – Admitiu o jovem.

Diogo Madeira
Enviado por Diogo Madeira em 09/05/2011
Código do texto: T2958869
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