O FIM
Pegou o resto de água que tinha e a acondicionou em uma garrafa térmica.
“Acabou” – pensou ele – “não há mais nada o que fazer”.
Olhou para sua mulher e filho que estavam sentados no sofá.
Era chegada a hora.
Pegaram algumas coisas de valor e colocaram em três mochilas, uma para cada um e saíram.
Deixaram suas casas, sem olhar para trás, sem poder olhar para trás.
Como os povos nômades do inicio da civilização, puseram-se a andar em busca de água, em busca de um lugar onde pudessem sub existir.
As ruas e as casas estavam totalmente vazias, totalmente desertas.
Não sabiam aonde ir, as pessoas já haviam deixado o local, eles eram o que restaram, não havia contato, não havia mais como contatar ninguém.
Acabara a energia, portanto, todas as formas de comunicação foram, aos poucos, se extinguindo.
Norte, sul, leste ou oeste, talvez agora de nada adiantasse o caminho a seguir.
Talvez, agora tudo já estivesse perdido e de nada adiantaria saírem dali.
Mas tinham que tentar.
Tinham que lutar.
Lutar até as últimas conseqüências.
Até os últimos minutos.
Buscar a ultima chance.
Chance que talvez nunca chegasse.
Pois, talvez, chegara a hora e este já era o fim.
O fim da humanidade.