O FIM

Pegou o resto de água que tinha e a acondicionou em uma garrafa térmica.

“Acabou” – pensou ele – “não há mais nada o que fazer”.

Olhou para sua mulher e filho que estavam sentados no sofá.

Era chegada a hora.

Pegaram algumas coisas de valor e colocaram em três mochilas, uma para cada um e saíram.

Deixaram suas casas, sem olhar para trás, sem poder olhar para trás.

Como os povos nômades do inicio da civilização, puseram-se a andar em busca de água, em busca de um lugar onde pudessem sub existir.

As ruas e as casas estavam totalmente vazias, totalmente desertas.

Não sabiam aonde ir, as pessoas já haviam deixado o local, eles eram o que restaram, não havia contato, não havia mais como contatar ninguém.

Acabara a energia, portanto, todas as formas de comunicação foram, aos poucos, se extinguindo.

Norte, sul, leste ou oeste, talvez agora de nada adiantasse o caminho a seguir.

Talvez, agora tudo já estivesse perdido e de nada adiantaria saírem dali.

Mas tinham que tentar.

Tinham que lutar.

Lutar até as últimas conseqüências.

Até os últimos minutos.

Buscar a ultima chance.

Chance que talvez nunca chegasse.

Pois, talvez, chegara a hora e este já era o fim.

O fim da humanidade.

Marc Souz
Enviado por Marc Souz em 14/12/2010
Código do texto: T2671456
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