Mulher de Laboratório

MULHER DE LABORATÓRIO

Primeiramente, é bom frisar que ela, a mulher de laboratório, não envelhece nunca e não enferruja. Obviamente, ficará obsoleta devido ao avanço tecnológico, porém, não velha. É totalmente ecológica, sem ser chata ou confusa, coisa difícil, porém não impossível.

Não se atrasa (dispõe de "timer"), não pensa em voz alta, não range, nem resmunga. Dorme muito pouco, sem roncar nada. Seus sentimentos e humores são programáveis, dispondo para tanto de memória "ram" e "rom". Nunca reclama ou cobra atenção. Apresenta formas anatômicas, é extremamente funcional, tanto em pé, como sentada, ou deitada. É multi-uso, de mil e uma utilidades, principalmente esta última (não deforma pelo uso, mesmo que contínuo e não engorda). Não tem família ou passado (filhos, ex-maridos, tias, ou mesmo cachorrinhos) e não cobra compromisso. Não dá defeito ou enguiça, apesar de ter garantia de cinco anos - tempo da sua vida útil. Quando acometida de dores de cabeça ou de enxaqueca, basta trocar as baterias - 3 de 9 volts. Vem em luxuosa embalagem, em três tamanhos - pequeno, médio e grande (quando sob encomenda, do tamanho mínimo ou família) e em diferentes sabores.

Do livro de humor reflexivo " Sexo, Mulheres e ecologia" de Luiz Otávio