A ARANHA
Lá estava ela imóvel no canto superior direito da parede. Dali ela tinha uma visão perfeita de todo o quarto. Todas as noites ao deitar eu notava sua presença naquele mesmo lugar. A sensação é que ela estava ali observando tudo, gravando tudo.
Não sei como se alimentava, pois nunca vi um inseto cair em sua teia. Aliás, se havia uma teia era minúscula, pois eu não conseguia ver nenhuma.
Vários pernilongos apareciam para incomodar e na medida do possível eu os matava madrugada adentro, pois o som dos vôos rasantes me impedia de dormir. Cada vez que pegava um suculento pernilongo com fator Rh positivo eu imaginava que tirava-lhe uma refeição.
Ela era pretinha, não era marrom como a maioria que já havia visto por ai.
Que paciência, ela passava a noite inteira ali, imóvel, e durante o dia desaparecia.
Apesar dos estudos e pesquisas constatarem que nós seres humanos somos inteligentes e os insetos não, ainda assim tinha dúvidas. Talvez ela fosse inteligente, à maneira dela, e ficava nos observando e estudando.
O mundo dela era só aquele cantinho, mas o meu também é um cantinho, do universo. Tornava a observa-la e imaginava como que ela se alimentava. Pensei até um jogar algum um daqueles mosquitos na imaginaria teia, para que pudesse comer, pois eu deduzia que ela poderia estar faminta.
Como será que é a visão do mundo vista por ela, uma minúscula aranha. Será que ela sabia que ali era o meu quarto, e que estava no teto dele, perto do meu guarda-roupa?
Pensei: - Amanhã vou fotografa-la bem de perto e ampliar a foto no computador.
Foi o que fiz no dia seguinte.
Ao ampliar a foto notei que havia um sinal, que lembrava minúsculas letras. Ampliei mais um pouco, algo em torno de umas 100 vezes, e pude ver melhor.
Inacreditável!
Impossível!
Na bundinha da aranha estava escrito “Made in Taiwan”.
Cláudio Cortez Francisco
14/09/2010
Lá estava ela imóvel no canto superior direito da parede. Dali ela tinha uma visão perfeita de todo o quarto. Todas as noites ao deitar eu notava sua presença naquele mesmo lugar. A sensação é que ela estava ali observando tudo, gravando tudo.
Não sei como se alimentava, pois nunca vi um inseto cair em sua teia. Aliás, se havia uma teia era minúscula, pois eu não conseguia ver nenhuma.
Vários pernilongos apareciam para incomodar e na medida do possível eu os matava madrugada adentro, pois o som dos vôos rasantes me impedia de dormir. Cada vez que pegava um suculento pernilongo com fator Rh positivo eu imaginava que tirava-lhe uma refeição.
Ela era pretinha, não era marrom como a maioria que já havia visto por ai.
Que paciência, ela passava a noite inteira ali, imóvel, e durante o dia desaparecia.
Apesar dos estudos e pesquisas constatarem que nós seres humanos somos inteligentes e os insetos não, ainda assim tinha dúvidas. Talvez ela fosse inteligente, à maneira dela, e ficava nos observando e estudando.
O mundo dela era só aquele cantinho, mas o meu também é um cantinho, do universo. Tornava a observa-la e imaginava como que ela se alimentava. Pensei até um jogar algum um daqueles mosquitos na imaginaria teia, para que pudesse comer, pois eu deduzia que ela poderia estar faminta.
Como será que é a visão do mundo vista por ela, uma minúscula aranha. Será que ela sabia que ali era o meu quarto, e que estava no teto dele, perto do meu guarda-roupa?
Pensei: - Amanhã vou fotografa-la bem de perto e ampliar a foto no computador.
Foi o que fiz no dia seguinte.
Ao ampliar a foto notei que havia um sinal, que lembrava minúsculas letras. Ampliei mais um pouco, algo em torno de umas 100 vezes, e pude ver melhor.
Inacreditável!
Impossível!
Na bundinha da aranha estava escrito “Made in Taiwan”.
Cláudio Cortez Francisco
14/09/2010