OS DESTROÇOS
Ouvido o estralejar pelo sistema de som imediatamente correram para a sala de transmissões, mas quando lá chegam apenas existem as gravações. O que foi captado chegou em pequenos blocos de vários sinais, que se repetiram por 4 vezes.
Estão sintonizados na frequência do carbono por iniciativa de Deg mas, no entanto, já o estiveram na do hidrogénio sem sucesso algum; apenas captaram estática que é o ruído de fundo proveniente dos primeiros momentos do Universo. Esta é a explicação dos Cientistas ao longo dos últimos tempos. Também é o mesmo dito para a radiação de micro-ondas mais ou menos irradiada por todo o Universo.
Dirigem-se para a sala Elger onde são as reuniões de emergência. E não é isto uma emergência? Estão extremamente empolgados com o acontecimento!
Há cópias das gravações para todos.
Tentam dar opiniões quanto ao modo de proceder neste caso.
Zuven propôs que se varresse todo o espectro para ver se haveria mais sinais. Os companheiros protestam em desacordo: tomar essa decisão poderia fazer perder qualquer sinal que chegasse até eles!
Na verdade todos os que se encontram nesta sala e provavelmente os amigos na enfermaria, anseiam por contacto! Não o contacto com a Federação que foi cortado voluntariamente, mas com alguém! O Espaço é demasiado amplo e vasto; as civilizações pululam! O grande problema é mesmo a sua vastidão e por isso, as grandes distâncias que as separam!
Rostiam é de opinião que se façam turnos para ter o controle do evento logo que seja detectado.
Deg acha que não vale a pena fazê-lo já que podem sintonizar as recepções com um alarme que dispare e também inicie gravações a um sinal anómalo.
Ruveni, parente afastado de Zuivar e proveniente do mesmo Ninho, tem uma aptidão inata para ver padrões em sinais, quaisquer que eles sejam, diz que precisa mais do que 4 grupos de sinais para perceber um padrão. Aliás, ele quer mais sinais por bloco, como se fosse possível apenas querer para que aconteça!
Fica então combinado não se fazer turnos, calibrar o receptor com um alarme que dispare e grave sempre que haja sinais coerentes, se os houver!
Finalmente vão poder descansar depois de tantos oicóns de angústia e excitação.
Passaram 9 períodos de descanso. Os enfermos recuperaram completamente.
Não foram detectados mais sinais transmitidos nesse período de tempo o que os decepcionou...
Georfre ainda não conseguiu encontrar nada nos seus arquivos que lhe desse qualquer pista que o levasse a perceber alguma coisa do Manual.
O "bichinho" da aventura voltou a insinuar-se entre eles. Aquela estranha construção é um espinho cravado nas suas rotinas...
Resolvem voltar lá mas salvaguardando as suas integridades, as suas vidas! Querem voltar a ver os artefactos partidos, tentar perceber o que são, o que se passou, quem os fez... Tantas perguntas e talvez não encontrem qualquer resposta...
Irão nos flutuadores directamente até lá e usarão sempre o elgor que é feito de uma fibra sintética desenvolvida pela Federação a partir de uma descoberta feita no 3º satélite de Sylvior IV, 2º planeta de Voxone, da Galáxia da Medusa, Sector VIII. Essa fibra é leve, elástica e tornada estanque para o caso do elgor. Adapta-se como uma segunda pele.
Lá chegados verificam que a planície se encontra livre das criaturas azuis mas, por cautela, voltam a colocar os flutuadores numa órbita baixa depois de os abandonarem.
Com facilidade abrem as portas e chegam à sala que se encontra como a deixaram, aparentemente.
Com uma observação mais atenta verificam que há indícios claros de ter havido uma explosão num dos aparelhos: dele saem rastos escuros de destroços em leque, que se espalham por parte da sala estando alguns cravados na parede circular da mesma, tamanha fora a violência da explosão. Alguns dos pedaços estão de tal maneira fundidos que mais parecem pedaços de cofán mastigados e cuspidos!
Outros pedaços estão quebrados, o que pode ser resultado de pancadas tanto propositadas como casuais; nunca o saberão!
Tocam-se os tentáculos de excitação!
Vão seleccionando os pedaços mais inteiros embora continuem sem fazer qualquer ideia sobre o que sejam, de que material é feito e que pedaço poderá encaixar aqui ou ali. Limitam-se a recolher e a guardar nos contentores de transporte. Ao fazerem essa escolha acabam por amontoar os pedaços não desejados junto do aparelho mais danificado, o que aparentemente sofreu a explosão, o que vai deixando uma zona mais ou menos limpa a meio da sala.
Garr apanha um pedaço maior pondo a descoberto uma grande área de solo e repara que nele existem uns arabescos profundamente gravados. Distraídamente passa a ponta de um tentáculo ao longo de uma das ranhuras e de imediato se acende uma luz esverdeada que emana das próprias paredes. Assustado levanta o tentáculo e a luz apaga-se. Os seus companheiros estão entretidos a verificar o material partido e espalhado e, quando a luz se acende todos têm um sobressalto. Zuven é o único que se apercebe de como se acendera a luz porque estava precisamente a olhar para o que Garr, distraído, fazia. Todos se perguntam o que fora aquilo e Zuven, deliberadamente repete os movimentos de Garr. Novamente a luz se acende mas agora Zuven não retira o tentáculo. Não sabendo que fazer a seguir, faz uma ligeira pressão no ponto onde parara; a luz torna-se mais forte embora de um verde mais escuro o que dá à sala um aspecto sombrio...
Então, vindo do nada e de um passado indeterminado, um murmúrio indistinto ao início, vai aumentando de tom até se tornar num vozear estrondoso de uma multidão! Todo este evento não dura mais que 3 ou 4 oicóns mas o suficiente para os assustar a todos e, instintivamente Zuven levanta o tentáculo e tudo termina mais uma vez.
Todos comunicam ao mesmo tempo interrogando-se!
Rostiam decide fazer o que Garr e Zuven fizeram. Percorre o sulco como antes acendendo a luz verde e, no local onde Zuven fez pressão, faz o mesmo. A luz torna-se mais forte e ao mesmo tempo o verde mais escuro e, em vez do som esperado, abre-se uma espécie de alçapão ao lado dos arabescos gravados de onde lhes chega um forte odor a podridão! Afastam-se prontamente e Rostiam levanta o tentáculo e tudo volta ao normal.
Percebem que a intensidade da pressão leva a que situações diferentes se apresentem. Têm ali muito que explorar! Interrogam-se sobre que vozes serão aquelas...
Zuivar, apreensivo, encosta-se à parede da sala e esta estremece parecendo estar viva! Afasta-se dela de um salto e todos se apressam a agarrar os contentores e preparam-se para sair da sala quando ouvem um rugido cavo vindo de lado nenhum em especial mas que se entranha neles como uma broca das minas de dinlar em Fincariol...
Abandonam a sala precipitadamente fechando as portas atrás de si!
Ligam os intercomunicadores para fazerem baixar os flutuadores e estes não funcionam!...
Tocam-se os tentáculos em desespero!
Beijinhos,
Ouvido o estralejar pelo sistema de som imediatamente correram para a sala de transmissões, mas quando lá chegam apenas existem as gravações. O que foi captado chegou em pequenos blocos de vários sinais, que se repetiram por 4 vezes.
Estão sintonizados na frequência do carbono por iniciativa de Deg mas, no entanto, já o estiveram na do hidrogénio sem sucesso algum; apenas captaram estática que é o ruído de fundo proveniente dos primeiros momentos do Universo. Esta é a explicação dos Cientistas ao longo dos últimos tempos. Também é o mesmo dito para a radiação de micro-ondas mais ou menos irradiada por todo o Universo.
Dirigem-se para a sala Elger onde são as reuniões de emergência. E não é isto uma emergência? Estão extremamente empolgados com o acontecimento!
Há cópias das gravações para todos.
Tentam dar opiniões quanto ao modo de proceder neste caso.
Zuven propôs que se varresse todo o espectro para ver se haveria mais sinais. Os companheiros protestam em desacordo: tomar essa decisão poderia fazer perder qualquer sinal que chegasse até eles!
Na verdade todos os que se encontram nesta sala e provavelmente os amigos na enfermaria, anseiam por contacto! Não o contacto com a Federação que foi cortado voluntariamente, mas com alguém! O Espaço é demasiado amplo e vasto; as civilizações pululam! O grande problema é mesmo a sua vastidão e por isso, as grandes distâncias que as separam!
Rostiam é de opinião que se façam turnos para ter o controle do evento logo que seja detectado.
Deg acha que não vale a pena fazê-lo já que podem sintonizar as recepções com um alarme que dispare e também inicie gravações a um sinal anómalo.
Ruveni, parente afastado de Zuivar e proveniente do mesmo Ninho, tem uma aptidão inata para ver padrões em sinais, quaisquer que eles sejam, diz que precisa mais do que 4 grupos de sinais para perceber um padrão. Aliás, ele quer mais sinais por bloco, como se fosse possível apenas querer para que aconteça!
Fica então combinado não se fazer turnos, calibrar o receptor com um alarme que dispare e grave sempre que haja sinais coerentes, se os houver!
Finalmente vão poder descansar depois de tantos oicóns de angústia e excitação.
Passaram 9 períodos de descanso. Os enfermos recuperaram completamente.
Não foram detectados mais sinais transmitidos nesse período de tempo o que os decepcionou...
Georfre ainda não conseguiu encontrar nada nos seus arquivos que lhe desse qualquer pista que o levasse a perceber alguma coisa do Manual.
O "bichinho" da aventura voltou a insinuar-se entre eles. Aquela estranha construção é um espinho cravado nas suas rotinas...
Resolvem voltar lá mas salvaguardando as suas integridades, as suas vidas! Querem voltar a ver os artefactos partidos, tentar perceber o que são, o que se passou, quem os fez... Tantas perguntas e talvez não encontrem qualquer resposta...
Irão nos flutuadores directamente até lá e usarão sempre o elgor que é feito de uma fibra sintética desenvolvida pela Federação a partir de uma descoberta feita no 3º satélite de Sylvior IV, 2º planeta de Voxone, da Galáxia da Medusa, Sector VIII. Essa fibra é leve, elástica e tornada estanque para o caso do elgor. Adapta-se como uma segunda pele.
Lá chegados verificam que a planície se encontra livre das criaturas azuis mas, por cautela, voltam a colocar os flutuadores numa órbita baixa depois de os abandonarem.
Com facilidade abrem as portas e chegam à sala que se encontra como a deixaram, aparentemente.
Com uma observação mais atenta verificam que há indícios claros de ter havido uma explosão num dos aparelhos: dele saem rastos escuros de destroços em leque, que se espalham por parte da sala estando alguns cravados na parede circular da mesma, tamanha fora a violência da explosão. Alguns dos pedaços estão de tal maneira fundidos que mais parecem pedaços de cofán mastigados e cuspidos!
Outros pedaços estão quebrados, o que pode ser resultado de pancadas tanto propositadas como casuais; nunca o saberão!
Tocam-se os tentáculos de excitação!
Vão seleccionando os pedaços mais inteiros embora continuem sem fazer qualquer ideia sobre o que sejam, de que material é feito e que pedaço poderá encaixar aqui ou ali. Limitam-se a recolher e a guardar nos contentores de transporte. Ao fazerem essa escolha acabam por amontoar os pedaços não desejados junto do aparelho mais danificado, o que aparentemente sofreu a explosão, o que vai deixando uma zona mais ou menos limpa a meio da sala.
Garr apanha um pedaço maior pondo a descoberto uma grande área de solo e repara que nele existem uns arabescos profundamente gravados. Distraídamente passa a ponta de um tentáculo ao longo de uma das ranhuras e de imediato se acende uma luz esverdeada que emana das próprias paredes. Assustado levanta o tentáculo e a luz apaga-se. Os seus companheiros estão entretidos a verificar o material partido e espalhado e, quando a luz se acende todos têm um sobressalto. Zuven é o único que se apercebe de como se acendera a luz porque estava precisamente a olhar para o que Garr, distraído, fazia. Todos se perguntam o que fora aquilo e Zuven, deliberadamente repete os movimentos de Garr. Novamente a luz se acende mas agora Zuven não retira o tentáculo. Não sabendo que fazer a seguir, faz uma ligeira pressão no ponto onde parara; a luz torna-se mais forte embora de um verde mais escuro o que dá à sala um aspecto sombrio...
Então, vindo do nada e de um passado indeterminado, um murmúrio indistinto ao início, vai aumentando de tom até se tornar num vozear estrondoso de uma multidão! Todo este evento não dura mais que 3 ou 4 oicóns mas o suficiente para os assustar a todos e, instintivamente Zuven levanta o tentáculo e tudo termina mais uma vez.
Todos comunicam ao mesmo tempo interrogando-se!
Rostiam decide fazer o que Garr e Zuven fizeram. Percorre o sulco como antes acendendo a luz verde e, no local onde Zuven fez pressão, faz o mesmo. A luz torna-se mais forte e ao mesmo tempo o verde mais escuro e, em vez do som esperado, abre-se uma espécie de alçapão ao lado dos arabescos gravados de onde lhes chega um forte odor a podridão! Afastam-se prontamente e Rostiam levanta o tentáculo e tudo volta ao normal.
Percebem que a intensidade da pressão leva a que situações diferentes se apresentem. Têm ali muito que explorar! Interrogam-se sobre que vozes serão aquelas...
Zuivar, apreensivo, encosta-se à parede da sala e esta estremece parecendo estar viva! Afasta-se dela de um salto e todos se apressam a agarrar os contentores e preparam-se para sair da sala quando ouvem um rugido cavo vindo de lado nenhum em especial mas que se entranha neles como uma broca das minas de dinlar em Fincariol...
Abandonam a sala precipitadamente fechando as portas atrás de si!
Ligam os intercomunicadores para fazerem baixar os flutuadores e estes não funcionam!...
Tocam-se os tentáculos em desespero!
Beijinhos,