A Longa Jornada - 5ª Parte
5ª Fase – 2272.
- Pelos Profetas. Esta passou perto. – Falou Larissa Redeker. Uma das pilotas dos caças espaciais. – Pelo menos destruídos todos eles, não?
- Nos meus sensores não consta mais nenhum. – Respondeu um dos seus companheiros Andrey Komarcheuski.
- Tudo limpo por aqui. – Respondeu um terceiro. – Miguel Carqueija para Torre de Navegação, estamos prontos para voltar.
- Carqueija, aqui é Torre de Navegação. – Esperem mais um momento. Ainda estamos retirando os entulhos das naves destruídas pelos Forasteiros a alguns instantes atrás. – A voz que estava na Torre de Navegações era de Maya Blannco, que, na verdade, era assistente da oficial que fora mortalmente ferida quando um dos oficiais ali dentro se revelou ser um Forasteiro. Depois de uma luta ferrenha em várias partes da Babilônia Profunda, os oficiais da FMA conseguiram retomá-la. Uma estratégia havia sido conduzida pela Governadora Ana Letícia depois de um grande embate entre ela e os Almirantes da FMA.
- Torre, Carqueija. Estaremos então no aguardo. Até lá continuaremos a patrulhar os destroços. Requeremos, no entanto, que os sensores sejam redirecionados ao máximo e que os Portões sejam desativados. – Disse ele.
- As ordens já estão sendo repassadas, Capitão. Creio que a Frota esteja de acordo com as suas recomendações. – E suspirou. – Está uma verdadeira bagunça aqui Miguel. Mortos por todos os lados. Até quando os Forasteiros continuarão a surgir ou a nos matar? O que eles querem de nós?
- Está, minha querida, é a pergunta de um milhão de créditos. – Disse desligando o rádio em seguida.
(...)
Ana Letícia estava arrumando a sua sala, que estava uma verdadeira bagunça quando os Forasteiros haviam invadido e quase destruído o lugar. Sorte dela que muitas das suas coisas haviam sido esquecidas pelos Inimigos e ela pode encontrar uma relíquia deixada por seu bisavô, uma antiga miniatura da Babilônia Profunda feita por Abelardo Domene Pedroga e dada a ele pessoalmente.
Com ela estavam William Penetra, Almirante da Frota, Roberta Nunes, a vice Presidente do Conglomerado, Roderico Reis, Oficial chefe da Segurança, Mariano Azevedo, Oficial chefe da enfermaria e Bira, Oficial chefe da engenharia.
- Como estamos? – Perguntou ela.
- Senhora. Se for pela Segurança. Estamos em péssimas condições. Esperamos que a ajuda vinda da Frota com um maior comboio possa trazer mais mão de obra para consertar os nossos escudos e armas. Vamos precisar de todos os homens e mulheres disponíveis para nos prevenir de novos ataques. – Disse Reis. – E não sei se será o suficiente.
- E para ajeitar tudo isto que o Sr. Reis pede, Governadora, um contigente ainda maior de oficiais da engenharia serão necessários. – Complementou Bira, um vegano, que tinha aparência bem próxima de humana.
- Isto tudo já está sendo providenciado. – Respondeu Penetra sem ninguém tê-lo perguntado. – Duas dúzias de naves da Frota estão vindo em direção a Babilônia Profunda. Iremos fazer da Estação a nossa Central D para os ataques que acontecem além dos Portões. – Continuou. – Mas a situação continua crítica, estamos todos com os nervos a flor da pele e já estamos chamando até os reservistas.
- E ninguém faz questão de contar os mortos. – Disse o doutor Azevedo. – Enquanto essa campanha louca de guerra que a Frota continua a perseguir, mais e mais gente morre por aí. Quando esta loucura vai acabar? Por que os Forasteiros atacam? O que eles querem?
- Talvez eles não precisam de nenhuma motivação para nos atacar. – Respondeu a vice-presidente. – Eles talvez sejam apenas uma força da natureza nos testando, levando-nos ao extremo do desespero e, por fim, quem sabe o que virá a seguir.
- Você acredita nisso? – Perguntou o Almirante.
- Não, de verdade... mas é o que muitos dizem por aí. Uma longa noite espreita a todos no futuro a frente e ninguém sabe se sobreviveremos até o amanhecer. – Continuou ela retirando alguma coisa no chão. Tirando a poeira que estava naquela placa de metal vira que era a dedicatória da Estação, feita em punho pelo Abelardo. – Ainda assim devemos acreditar que nosso sonho ainda não morreu e que devemos persistir até o último de nós cair de joelhos. – Falou com convicção ímpar. – Que venha a longa noite e com ela o pesadelo que nos espera.
Um alerta soou. Era outro ataque que estava para acontecer.
- Que a sorte esteja conosco. – Disse por fim a Governadora.
(...)
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