DEUSES E DEMÔNIOS XIII - XIV FINAL
PARTE 13 - VIAGEM AO MUNDO DOS MORTOS
Apresentei-me para a reunião com Adan e Rogério na nave que Adan usava para perambular por aí, como ele mesmo afirmava. Eu ainda estava um tanto assustado com os últimos acontecimentos e agora ficaria ainda mais desconfiado com a estranha missão que iriam me propor. Adan como sempre, brincalhão e sorridente, saudou-me com aquele seu jeito peculiar de sempre!
– Rapaz, você tem uma missão muito importante. Armando era um dos mais competentes cientistas a serviço da Aliança. Estava prestes a resolver um dos maiores problemas em relação a antimatéria, ou seja, encontrar um meio de permitir um controle mais preciso de suas potencialidades. Armando era um cara competente, mas um turrão. Sua morte ainda envolve alguns mistérios que não conseguimos desvendar.
– Como a modo como os assassinos entraram e se apossaram da antimatéria? Perguntei.
– Exatamente! Respondeu Adan. Precisamos que você vá ao encontro dele.
– Só que ele está morto! Argumentei.
– É isso mesmo! Respondeu Adan com um sorriso malicioso.
– Ele não permitiu um contato, porque deve estar aborrecido com a falha de segurança que permitiu seu assassinato. Não sei por que, mas você caiu nas graças do Ariel e ele resolveu torná-lo um ser muito especial, para ser franco, acima de nossas capacidades, isto é, minhas e do Rogério.
– Você quer então que eu vá ao mundo dos mortos?
– Exatamente! Você é o único ser vivo, com esta capacidade.
– Mas para isso terei que atravessar o tal umbral! Não tenho a menor idéia de como fazer isso.
– Da mesma maneira que você descobriu que podia elevar-se e voar.
– Ta certo! Mas, será que nós não estamos brincando, abusando de coisas sérias?
– Relaxe, você possui uma distinção única que poderá ser de grande valia para a humanidade. Pela primeira vez na história, um ser humano será capaz de invadir o mundo dos mortos, sem precisar morrer para isso.
– E se eu não conseguir voltar? Perguntei já meio apavorado com a idéia. Não vai acontecer nada. O Ariel não veio de lá? Além disso. Se der algo errado, você entrará para a história como o único homem que foi para o outro mundo, sem morrer!
– Bem! Acho que se o Ariel é capaz de voltar aqui, eu posso ser capaz de fazer o caminho inverso. Mas, se der errado, juro que venho bagunçar a vida de vocês dois.
– Mas você não me disse ainda o que devo fazer. Perguntei.
– O Armando já havia formulado a mecânica do processo, faltava um pequeno detalhe relativo a algumas partículas atômicas cujo comportamento estava um pouco fora do previsto. Mas tenho certeza de que ele estava chegando lá ou talvez já tivesse chegado no momento em que foi morto. Sua missão será conseguir que ele nos dê a informação ou colabore na finalização do projeto. Agora chega de papo furado! Você está pronto?
– Sim! Respondi. Afinal não adiantaria nada dizer que não.
– Ok! Agora pode ir, no momento em que achar melhor. Boa sorte! Despedi-me dos dois e voltei para Even 4, precisava despedir-me de minhas esposas. Hatenna ficou aborrecida e eu já esperava por isso.
– Droga! Lá se vão as férias de novo. O casamento, nossas férias no México, tudo
adiado, porque agora você tem uma luz na testa. Ahib aproveitou para vir em meu socorro.
– Hatenna! Pense na importância da missão dele, além disso, teremos uma oportunidade de conhecermo-nos melhor e talvez encontremos um meio de convivência mais agradável para nós todos. Hatenna ficou um tempo pensativa, mas depois deu de ombros.
– Ok! Quando você vai?
– Assim que estiver pronto, ainda preciso pensar em alguma estratégia, pois não tenho a menor idéia de como entrar em contato com Armando.
– Ta certo, mas antes de você partir, quero ver a luzinha vermelha de novo ta?
– Claro! Chegada a hora preparei-me para a experiência até então inédita. Despedi-me das mulheres e fui para meu escritório no palácio em Even 4. Concentrei-me e apenas como havia acontecido no banheiro, senti aquele zumbido que havia sentido quando de meu primeiro contato com Ariel. Vi-me então em um campo imenso de um verde resplandecente onde ao longe um dinossauro passeava tranqüilo. Será que estava tudo certo? Ou eu estava em uma era pré-histórica?
– De onde você saiu? A voz docemente feminina soou às minhas costas. Era de uma garota, aparentando uns 20 anos. Loura, muito bonita, usava uma mini-saia vermelha e tinha um sorriso encantador.
– Sou de Nova Terra e você?
– Espere, será que você não morreu no planeta errado?
– Como assim? Perguntei. – Bem você é azul e parece de vidro ou espelho e tem uma luz acesa na testa. Mas você é muito bonito e eu quero você.
– Mas você nem sabe quem eu sou!
– Cara! Eu sou carioca e nós somos assim se queremos alguém, damos em cima de cara. Além disso, quero ser a primeira. Afinal você é o único homem azul, com uma luz na testa. Minhas amigas vão morrer de inveja.
– Sim! Mas elas já não estão mortas?
– Claro, mas vão morrer de novo.
– Você não me disse o seu nome.
– Há! Meu nome é Cristina, mas pode me chamar de Cris.
– Está bem Cris, meu nome é Rodrigo.
– Posso te chamar de Ro?
– Sim! Sem problemas.
– Isto aqui às vezes é meio monótono.
– Como você morreu? Perguntei. Estava curioso para saber como as coisas eram após a morte.
– Não sei! Respondeu a garota. Deitei pra dormir e acordei aqui. – Puxa! Você morreu tão nova!
– Cara! Eu morri com 80 anos, mas já estava chateada de viver, com uma artrite e problemas cardíacos a vida não estava fácil. Além disso, vivia num asilo cheio de velhas corocas.
– E como conseguiu esta aparência? Isto é, voltar a ser jovem.
– Cara! Quando a gente envelhece, só o corpo envelhece a alma não. Claro que se algum conhecido aparece, a gente pode simular a aparência de velha, pra ser reconhecida. Mas é muito legal ser jovem de novo. Aliás, aqui todo mundo é jovem.
– Aquilo lá é um dinossauro? – Há! Sim, é o Rubi, ele é Muito legal, a gente passeia por aí e ele me leva na garupa. Você faz muitas perguntas, então vou mostrar como as coisas são por aqui. Todos que chegam querem saber. Tudo que existiu em todos os tempos está aqui. Tudo possui uma cópia, não é assim? Ta vendo estas roupas? A gente vai num guarda roupa qualquer e escolhe. Aí a gente veste só que a original passa a ter outra cópia, assim ninguém sai perdendo. Pra gente se locomover, basta querer. Por exemplo, se eu quiser ir lá pra lua, é só pensar e zupt, estou lá. Mas se você quiser dar uma volta de carro, não tem problema é só entrar e sair rodando. Tudo que construímos em vida, podemos usar aqui. Só que nada estraga, é tudo eternamente novo. Enquanto falava a garota ia me beijando e desabotoando minhas roupas. Ela estava decidida e eu sentia seu calor como se estivesse viva e fui tomado de uma onda de excitação irresistível e cedi completamente aos seus encantos. A relva era macia e nos envolvemos completamente e eu não queria que aquilo acabasse. Finalmente, saciados, nos sentamos e ela deitou a cabeça no meu colo e ficamos ali como namorados.
– Você me surpreende! Que chegada! A voz vinha das minhas costas e ao virar-me, um jovem aparentando também uns vinte anos, parece que por aqui todos aparentam ter vinte anos, me olhava sorridente.
– Quem é você? Perguntei.
– Sou Ariel. Respondeu o rapaz.
– Você é diferente da pessoa que conheci em Even 4.
– Claro! Lá eu tive de assumir minha idade e condições físicas de quando era vivo. Veja! Você agora também aparenta ter vinte anos.
– Ta, então quer dizer que todos os que morrem voltam aos vinte anos?
– Não necessariamente. Veja, quando você nasce, sua alma acompanha o seu crescimento até o limite em média entre 20 e 22 anos. Aí, seu corpo começa a sentir os efeitos da gravidade e você envelhece. Mas sua alma é imune às leis físicas.
– Quer dizer então que uma criança será eternamente criança?
– Não! Aí ocorre um desses fenômenos inexplicáveis. A alma continua evoluindo até o limite normal. Eu estava maravilhado com tudo o que estava acontecendo e o que acabava de ouvir de Ariel que até esqueci os motivos de minha visita.
– Espere! Eu estou aqui para falar com o cientista Armando Castro Nogueira, morto em Nova Terra. Mas isso aqui me parece a antiga Terra. A Cris aqui, é carioca.
– Claro! Respondeu Ariel.
– Você nasceu em Nova Terra, mas geneticamente está ligado a antiga Terra, a origem de seus antepassados.
– Droga e como vou encontrar o Armando?
– Para sua sorte, ele também tem sua origem na velha Terra.
– Hei! Vocês dois, vamos lá pra casa e aí vocês podem decidir tudo. Tenho uma adega cheia de vinhos de safra bem antiga. Falou Cris levantando-se e me puxando pela mão. Ariel nos acompanhou e descemos por uma alameda que levava à uma casa enorme em estilo colonial. Nova como que se acabasse de ser construída. Sentamo-nos em belíssimos sofás de couro. Tudo era perfeitamente limpo e agradável. Cris foi para a adega buscar o vinho e então notei que o grande relógio de parede, funcionava ao contrário. Era tudo invertido.
– É assim mesmo, comentou Ariel. Aqui tudo é espelhado em relação a matéria. É como se todo mundo fosse canhoto. Por isso os médiuns espíritas recebem as mensagens escritas ao contrário. Cris voltou com o vinho e eu perguntei curioso.
– Me diga! A alma não sente fome, certo? Então como tomamos vinho?
– Simples respondeu ela. Apenas podemos sentir vontade de comer ou beber algo, é só pegar e saborear, afinal, passamos a vida comendo! Nós podemos beber vinho à vontade, sentimos todos os seus efeitos apenas não nos embebedamos. E tem a vantagem de que o vinho nunca acaba.
– Ariel, como vamos encontrar o Armando? Perguntei.
– Bem isso é fácil. Em condições normais ele simplesmente já estaria aqui conosco. Ocorre que ele ainda se encontra deprimido. Não queria morrer e ainda não entendeu completamente. Existe um clube onde os cientistas se encontram e lá você vai encontrar muitos nomes famosos da ciência, Mas o Armando está numa caverna próxima ao clube. Isolou-se e não quer falar com ninguém. Precisamos dar-lhe um tempo ou achar um jeito de trazê-lo à realidade.
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PARTE 14 - UM DINOSSAURO NA BAGAGEM
Resolvemos então eu e o Ariel irmos ao encontro de Armando. Preferimos andar para conversarmos um pouco mais. Eu estava obtendo informações vitais para o entendimento de como espírito e matéria coexistiam em comum e como a alma sobrevivia. Começava a fazer sentido o que sempre foi um anseio da humanidade, entender a vida e a morte. Obviamente, havia a sobrevida após a morte e o sentido disso, o fato de os espíritos poderem usufruir o que foi construído pelos seres vivos, deixava claro que talvez as coisas fossem inversas ao que sempre se pensou.
– Então, a vida terrena não é a razão principal da existência? Perguntei ao Ariel.
– Não! A existência começa quando sua vida é gerada e daí nasce seu espírito. Então você aprende você constrói, você cria coisas que serão úteis para você em vida e para os que vivem no mundo espiritual.
– Certo! Aqui é tudo antimatéria. Mas me explique. Como eu consegui vir para cá, sem morrer? Onde está meu corpo material?
– Está bem aqui, só que em outro espaço-tempo paralelo.
– Isso tem a ver com o umbral?
– Sim! Esta luz em você. Ela é privilégio de raríssimas pessoas e você é uma dessas pessoas.
– Como assim?
– Você atinge o estado Alfa no seu mais alto nível mental. Então você está entre duas existências em comum. A vida material e espiritual em comunhão.
– Começo a entender porque consegui voar somente pensando nisso.
– Exato! Eu transferi a você este privilégio, porque você será capaz de utilizar tais poderes em benefício dos seres humanos. Eles precisam de ajuda para evoluir e ajudar a construir o mundo que todos usufruirão quando morrerem. Chegamos finalmente a caverna onde Armando nos recebeu, sem muito entusiasmo, apenas fez sinal para que sentássemos em umas cadeiras comuns de palha.
– Você se incomodaria de me falar sobre as circunstâncias de sua morte? Perguntei-lhe.
– Não! Podemos falar sim.
– Como você foi atacado em seu laboratório?
– Joel Marques Soares.
– O diretor do laboratório?
– Sim, ele é da elite representada pela Anelius. Não me atacou diretamente, mas facilitou as coisas para o assassino. Pediu-me que abrisse o armário, queria dar mais uma olhada naquela maravilha que era a antimatéria. Eu concordei, então fui atacado. Joel então estava infiltrado no laboratório. Por isso o assassino passou sem ser importunado pelo sistema de segurança.
– Quanto a sua fórmula, você estava quase chegando a um resultado?
– Sim! Mas me aborrece o fato de que uma instituição como essa, possa ter em seu quadro diretivo um sujeito como o Joel. Naquele domingo fiquei de levar meu filho a final do campeonato mundial de futebol. Era aniversário dele e eu havia prometido. Não tinha sido um bom pai. Me envolvia muito com o trabalho e não dava muita atenção à família. Me prometa que no próximo ano você o fará?
– Claro! Terei um grande prazer.
– Certo! Ninguém se lembrou que talvez eu tivesse coisas por fazer. Só tentavam contato comigo para saber da fórmula.
– Ok! Respondi.
– Eu prometo! Se você tiver outras coisas pendentes pode falar. – Era só isso, há! Minha esposa! Diga-lhe que eu estou bem.
– Direi, pode ficar tranqüilo. Armando parecia mais animado e então resolveu colaborar.
– A antimatéria, como você sabe é muito instável. A dificuldade em controlar e dosar sua potencialidade está no fato de que as partículas se comportam de maneira diferente. Ela é composta de Anti-Prótons, Anti-Neutrons e afinal, anti - tudo!
Eu desenvolvi um produto compatível que pode solucionar o problema, mas precisa ainda ser testado.
Um dos problemas mais sérios da física quântica é ainda o de determinar as propriedades de uma partícula que desafia os cientistas há séculos. Para a física quântica toda a força é feita de alguma partícula de energia. Sabemos que o Gráviton é a partícula responsável pela gravidade. Ao contrário das outras, toda vez que tentamos partir os átomos o que sai de lá de dentro é nada! Continua até hoje sendo um buraco no mundo da física. Eu desenvolvi um produto que pode compensar isso. Até agora sabemos que o gráviton existe, mas não temos como determinar suas propriedades. Este produto pode resolver além de poder atuar em rotação invertida. No meu armário onde guardava meu café, açúcar etc. Tem um pacote de aveia e dentro enrolado em plástico, o disco com a fórmula. Os cientistas que estão ligados ao projeto, podem tocar adiante.
– Bem, pelo menos parece que nos livramos do Linus.
– Não! Respondeu Armando com um ar preocupado.
– Como assim? Retruquei.
– Rodrigo! Existe em Even 4 uma garota que vai ter um filho de Linus. O bebê vai nascer em breve e é a própria reencarnação de Linus. Ele preveniu-se e assim voltará com toda certeza.
– Se isso for verdade teremos que resolver. Precisamos localizar esta garota. Como você sabe disso?
– Eu vi, existem vantagens em estar morto, podemos ver além das limitações humanas. Despedi-me de Armando depois de prometer mais uma vez que levaria seu filho ao jogo. Restava agora despedir-me de Ariel e Cristina e voltar. Teria muito trabalho pela frente. Cristina estivera o tempo todo me esperando do lado de fora da Caverna e não quis saber de despedidas antes que eu voltasse a sua casa para tomar um vinho e naturalmente ama-la novamente o que nem de longe seria algum sacrifício. Voltamos para sua casa depois de alguns copos de um excelente vinho, nos amamos intensamente. Chegou a hora de partir e ela agarrada a mim não queria que eu voltasse ainda. Argumentei que tinha muito trabalho e nos beijamos. Voltei para Even 4 e ao chegar ao palácio tive uma incrível surpresa. – Quem é essa mulher? Perguntou Hatenna com os olhos arregalados. Só então me dei conta de que Cristina estava ali, sorridente, ao meu lado.
– Como você fez isso? Perguntei sem acreditar no que estava vendo.
– Não sei! Respondeu ela. Só fiquei perto de você quando partiu.
– Ok! Falou Hatenna já com aquela conhecida expressão de quando está brava.
– Puxa! Não chega a Ahib e agora você me trás mais uma? Agora chega!
– Hatenna espere! Tentei argumentar, mas ela bateu a porta e saiu. A situação não estava nada boa.
– Aquela era sua esposa? Perguntou Cristina.
– Uma delas! Respondi.
– Putsca! Então quer dizer que você tem um arem?
– Não necessariamente! Respondi.
– Apenas duas. Mas precisamos ver o que aconteceu. Você veio comigo e deveria ter assumido sua idade terrena, mas isso não aconteceu.
– Bem! É bem melhor do que voltar com 80 anos.
– Sim, mas seu habitat não é mais aqui e você precisa voltar. Alguma coisa deu errado!
– Ok! Mas não agora! Deixe-me curtir um pouco o fato de poder estar viva novamente.
– Está bem! Mas se apresente para retornarmos amanhã combinado?
– Combinado! Sabe você é mais bonito quando não está azul e eu quero provar antes de voltar. Combinado?
– Sim! Vou ver se dou um jeito. Para onde você vai? Vou dar umas voltas por aí.
Despedimo-nos e fui procurar Hatenna!
– Lá vem você! Puxa nem no outro mundo? Você transou com ela? Trouxe junto pra quê? Mais uma esposa? E acha que eu vou agüentar?
– Calma! Puxa foi uma experiência, só isso!
– Uma experiência? Então eu também sou só isso? Uma experiência? Bem! Deu uma mão de obre e tanto, mas consegui convencer Hatenna. Nem preciso falar que naquela noite dormi sozinho. Ahib, também não quis saber. Parece que na minha ausência as duas haviam chegado a um acordo. Isto é! Complô solidário. Na manhã seguinte na hora do desjejum, tocaram a campainha e o funcionário do palácio veio informar que havia uma velinha que queria falar comigo. Fui atender e, surpresa!
– Pois não vovó!
– Vovó é a tua mãe, não viu que sou eu?
– Cristina?
– Claro! Não ta vendo que a roupa é a mesma? Me tire daqui antes que eu vire pó.
– Claro! Quer tomar um café antes?
– Está bem, mas não demore. Hatenna e Ahib estavam escondias atrás da porta e morriam de rir da minha cara. Tomei então a vovó, isto é, Cristina pela mão e tratei de leva-la de volta. Quase aterrisamos sobre Rubi o Dinossauro que ficou meio assustado. Felizmente Cristina estava de volta jovem e bela.
– Cara! Fiquei com medo que desse outra coisa errada e que eu fosse parar no pólo norte, da terra é claro. Imagina o que tem de gelo por lá.
– Ok! Agora você está em casa e eu preciso ir. – Espere! Eu sabia que tinha algo errado! Você não está azul e nem brilhando e a luz da testa apagou.
– Bem! Nem tudo é perfeito, mas por segurança fique bem longe de mim.
– Nos beijamos novamente e depois de prometer que voltaria para vê-la tratei de voltar, teria agora certamente que enfrentar a gozação de duas esposas. Só que agora pra variar havia outra coisa errada, Rubi veio junto e mal coube na sala do palácio.
– Ta legal, quem você vai trazer da próxima vez? O faraó? Perguntou Hatenna com um ar zombeteiro. Felizmente Rubi era já um dinossauro domesticado e não ofereceu perigo. Decidi não leva-lo de volta já e chamei a turma da ciência. Seria interessante eles estudarem o bicho. Após a remoção de Rubi com transporte e equipamento adequados voltei a doce vida conjugal. Agora preparado para uma chuva de gozações. Mas, quem entende as mulheres? Hatenna e Ahib, estavam vestidas sumária e sedutoramente e Hatenna falou. – Ok! Hoje nós duas queremos ver a luz vermelha juntas. Bem! Separadas já eram incríveis, as duas de uma vez? Claro! A paz voltava e eu acabei ganhando uma noite inesquecível de muitas outras que viriam.
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