DEUSES E DEMÔNIOS VI - VII
PARTE 6 - SEMI-DEUSES NÃO MORREM
Rogério recebeu-nos com preocupação. A nave de Mira já havia sido detectada e aproximava-se. Claro que ela já sabia do destino dos diamantes e não iria abrir mão deles. Preparamo-nos para o que viria. Ela tinha a família de Marcio com ela e iria chantagear com toda certeza. Rogério não podia correr o risco de atacá-la nestas condições. Restava-nos aguardar os acontecimentos. Então surgiu a figura de Mira projetada junto ao painel da sala de comando.
– Olha só! Os dois pombinhos pensaram em me passar pra trás! Tudo bem! Não posso atacar Even 4 porque aquele reizinho pançudo faz parte do meu grupo de acionistas. Mas posso acabar com essas duas aqui! Mostrou então a projeção com a esposa e a filha de Marcio.
– Vou apenas dar tempo para que voltem lá e me tragam os diamantes. Para me garantir, comunico que tenho neste momento uma centena de vespas em posição de ataque, então qualquer tentativa de me atingir será inútil. Olhei para Rogério, esperando que ele tivesse algum lampejo, alguma idéia capaz de reverter o quadro, mas pela sua expressão cabisbaixa percebi que a situação era grave. Olhei para Maira e Hatenna que desanimadas já iniciavam os preparativos para a viagem de retorno a Even4. Subitamente uma voz ecoou alta e clara vinda de um ponto as nossas costas
– Mira! Lamento, mas suas vespas acabam de ser destruídas! Instintivamente todos nos viramos e eu não conhecia aquele homem, vestindo roupas comuns, uma camiseta salmão e uma calça justa cinza. Cabelos grisalhos mas ainda com uma tez jovem. Estava postado junto ao painel que decorava a parede as nossas costas. Mira e Maiha falaram ao mesmo tempo
– Adan 7?
– Diabos você não tinha morrido? Falou Mira com os olhos faiscando.
– Bem! Eu não agüentei a monotonia e resolvi voltar, mas estou aposentado. Mas, já que estou aqui, agora quem vai obedecer é você! Vou trazer as pessoas que estão reféns em sua nave e você não vai fazer nada.
– Droga! Você tinha que aparecer logo agora?
– Mira, você cometeu muitos crimes e vai pagar por eles. Diante de nossos olhos, Adan trouxe as pessoas que estavam prisioneiras na nave de Mira. Além da família de Marcio mais 3 pessoas. Mira veio Junto. Ela prostrou-se a frente de Adan e seu rosto estava desfigurado, parecia envelhecida e completamente submissa. Todos nos entreolhávamos sem entender porque Mira tinha tanto medo ou respeito por Adan 7.
– O que você vai fazer comigo? Adan a olhou com o semblante carregado como alguém que a contragosto terá de tomar medidas radicais.
– Mira! Você conhece as leis. Você sabe o destino que a espera. Você se aproveitou da minha ausência e utilizou seus recursos e privilégios em benefício próprio. Além disso você matou sem piedade pessoas inocentes. Você será entregue ao conselho superior da federação intergaláctica. Você escolheu seu caminho e agora ele termina aqui. Dizendo isso Adan dirigiu-se a Rogério.
– Meu comandante! Você está me saindo melhor que a encomenda. Estou muito satisfeito por ter apostado em você.
– Adan! Falou Rogério. Já que você está de volta, fique conosco, tenho saudades das armadilhas que você me aprontava.
– Hora meu comandante! Eu estarei por aí! Vou perambular um pouco pelos universos paralelos e quando menos você esperar eu apareço. Também estava com saudades. Sabe, lá é muito chato e monótono. Nada pra fazer e ainda ter que aturar uns velhos rabugentos. Eliha não quis me acompanhar então vou procurar por aí alguma garota jovem e bonita.
– Você continua o mesmo! Mas me diga. Porque Mira tem tanto medo de você? Perguntou Rogério curioso com o que acabara de presenciar.
– Hora! Mais tarde, você entenderá! Piscou um olho para mim e acenando, evaporou-se levando Mira consigo. Rogério balançava a cabeça, pensativo e depois falou.
– Ele fez de novo! Sempre faz isso!
Está certo, ele me ensinou muita coisa! Eu faço coisas que eu nem sei como funcionam, mas ele sempre diz que mais tarde eu entenderei. Rogério virou-se para mim e falou.
– Agora você pode relaxar e descansar um pouco! Em Even2 eu vou criar um posto avançado e colocar patrulhas em toda a rota de comércio. Lá será também ativado um centro de treinamento. Ainda não nos livramos de todos os problemas e há ainda muito por fazer.
– Rogério, perguntei. Eu tenho autonomia para criar um sub-comando?
– Sim! Hatenna será uma boa subcomandante.
– Legal! Você acaba de criticar o Adan 7 e faz a mesma coisa? Como sabia que eu queria dar o sub-comando à Hatenna?
– Hora! Eu simplesmente sabia. Mais tarde você entenderá! Agora eu não estava entendendo nada. Eles podiam fazer coisas que não tinham explicações lógicas. Adan simplesmente podia destruir naves com o poder da mente e tele-transportar pessoas, como se apenas isso dependesse de sua própria vontade. A nave de Mira simplesmente estava indo embora comandada certamente pelo traveco filho dela. Ficou claro que Mira havia sido despojada dos poderes que possuía e Adan era responsável por isso. De que maneira ele conseguia fazer isso era algo que jamais eu saberia. Com Mira fora de combate tomamos o rumo para Nova Terra. Havia agora um clima de paz a bordo. Hatenna estava exultante com a promoção e agora até sorria mais do que o habitual. Mas havia muito a ser feito em Nova Terra. A resistência crescia contra o regime monetário que estava prestes a ser instituído novamente. Os exércitos já estavam sendo implantados e as indústria preparavam-se para voltar a eterna disputa por mercados e os resultados já bastante conhecidos, ameaçavam recrudescer em toda a sua nefasta existência. A exigência dos Xkarpanos de impor um limite aos ganhos, seria burlada com toda certeza. Meu vizinho em Nova Terra era coronel do recente instituído exercito brasileiro. Era um cara chato que só sabia falar de armas, guerras e táticas de batalha. Assim que chegamos, fiquei sabendo que uma grande operação militar estava sendo preparada. Fui dormir ou tentar dormir naquela noite preocupado com os rumos que as coisas estavam tomando. Tudo o que eu sabia sobre a antiga Terra, aprendera nos livros de história. Agora uma minoria dominante que não sabe viver de outra maneira, estava novamente em atividade montando o retorno ao poder do mais forte. Nova Terra havia prosperado sem guerras e sem miséria. Não havia mendigos nem populações famintas como no passado. Algo precisava ser feito. Devia haver uma maneira de impormos a nossa capacidade e utilizar o poder mental para reverter os acontecimentos. Na manhã seguinte Rogério me chamou. Eu deveria apresentar-me em sua nave.
– Você vai receber o cristal Alpha Z. É chegada a hora.
Foi uma operação rápida e eu agora fazia parte das pessoas que poderiam usá-lo. Recebi um treinamento intensivo e finalmente eu também era capaz de usar o poder mental para mover objetos e moldar a matéria além de muitas outras coisas que eu não entendia, mas funcionavam. Rogério ao final do treinamento falou.
– Agora você está pronto e teremos uma missão a cumprir. Iremos amanhã a Nave de Adan 7. Fui dormir tarde naquela noite, depois de treinar movendo coisas no meu próprio quarto. Na manhã seguinte voamos para a nave de Adan. Havia muitas pessoas a bordo e um clima solene. Algo estava para acontecer. Adan então falou a todos os presentes citando seus nomes entre os quais, Krol, Maiha, Kelly, Iub e outros que eu não conhecia.
– Promovi esta reunião, porque agora o que vamos fazer irá precisar da concentração de todos. Certas coisas precisam da união de nossas capacidades para atingir o objetivo. Passou então a descrever o que queria. Formamos um círculo com as mãos dadas e nos concentramos. Dava para sentir uma energia desconhecida vibrando e parecia que todos éramos uma única entidade. Afinal parece que meu questionamento sobre se poderíamos fazer algo, estava funcionando ou pelo menos eu esperava que funcionasse. Ao final estávamos exaustos e fomos para uma sala de refeições na nave onde foram servidos alimentos energéticos para recuperar as forças.
No dia seguinte, meu vizinho o coronel, esbravejava indignado com o que acontecera com sua arma.
– Olhe o que aconteceu! Falou me olhando incrédulo. Minha arma virou uma espécie de borracha! Veja! Não pude deixar de sorrir! A arma e a munição haviam sido transformadas em um composto mole como borracha. Não serviria pra nada.
– Você sabe o que ou quem fez isso? Perguntou!
– Não faço a menor idéia. Respondi deixando-o com sua indignação. Naquele dia houve um intenso reboliço entre as forças militares e também as indústrias. Tudo havia virado borracha inútil. Houve uma convulsão generalizada e ninguém entendia o que causara tal mistério. Apenas nós sabíamos.
Na manhã seguinte o rosto de Adan 7 aparecia em todas as telas de vídeo.
– Esta transmissão está sendo traduzida simultaneamente para todos os idiomas falados em Nova Terra. A destruição das armas e de máquinas existentes para este fim. Determina a impossibilidade futura para que se tente fabrica-las novamente. Não será tolerada a volta ao poder pela força e a partir desta data está revogada a concessão do direito a propriedade. Os que assim o desejarem poderão livremente deixar o planeta. Não poderão, no entanto, levar qualquer bem de propriedade pública. Está definitivamente cancelada qualquer tentativa de comércio com outros planetas fora da aliança. Vocês ganharam um planeta suficiente para todos. Todos tem os mesmos direitos e deveres. Os que não possam trabalhar, serão amparados pela força de todos. Qualquer tentativa de desobediência será severamente punida. Muito obrigado. Meu vizinho no outro dia passou a manhã juntando seus uniformes e utensílios militares. O exercito estava novamente extinto. Maira não estava muito feliz com o fato de Hatenna assumir o sub-comando. Ela era investigadora do departamento de costumes e sabia que não poderia acompanhar-nos. Iríamos tirar umas férias e eu e Hatenna retornamos a nave para procedimentos de praxe antes de assumirmos nossas merecidas férias, foi então que...
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PARTE 7 - A AMEAÇA OCULTA
A voz de Rogério chegou aos meus ouvidos com uma notícia estarrecedora.
– Rodrigo! Temos um problema muito sério! O roubo de uma bomba de antimatéria de 30 megatons. O roubo ocorreu no laboratório de pesquisas do núcleo Brasileiro em Nova Terra e temos um cientista morto. Vá para lá e assuma a investigação.
– Quando ocorreu? Perguntei.
– Foi nesta madrugada. O fato está mantido em completo sigilo e apenas o diretor chefe do laboratório tem conhecimento. O laboratório ficava na subdivisão política do núcleo que substituía as cidades antigas. O antigo estado de São Paulo, agora era o módulo estatal de São Paulo. Desta forma as antigas denominações estatais foram mantidas. Joel Marques Soares, o diretor chefe me recebeu em sua sala que ficava ao centro de um pentágono que continha todo o sistema administrativo do estado. O laboratório ficava em uma sala contígua e estava trancada. Joel abriu a porta e a figura do cientista Armando Castro Nogueira estava estendida ao solo. Havia sido atingido por uma lâmina que quase lhe decepara a cabeça. Estava deitado sobre uma poça de sangue e me chamou a atenção uma marca sobre a testa. Fora feita com um carimbo de ferro em brasa. – Alguém mais sabe da ocorrência? Perguntei. – Só a filha dele. Respondeu Soares. – Eu cheguei hoje sedo e como faço diariamente vou a cada sala do laboratório cumprimentar os cientistas. Sempre venho primeiro a esta sala, por ser a mais próxima da minha. Quando vi o que havia acontecido entrei em contato com o comandante Rogério. Resolvemos manter sigilo total. Depois liguei para Ana Paula, a filha de Armando informando o ocorrido. Ela já está a caminho.
– De onde sumiu a ampola com a bomba?
– Deste armário. Apontou Soares para um armário de aço com uma porta de vidro onde ao centro são mantidas as ampolas com a antimatéria.
– Quem levou a bomba, tinha como abrir o armário? Perguntei.
– Não! Este é um grande mistério O sistema é muito seguro. Além do cartão magnético, possui um leitor de digitais e um sensor de temperatura, para evitar o uso de digitais de um cadáver. Além disso, existe ainda um código de 8 dígitos.
– Só existem então duas hipóteses, ou ele entregou a ampola ou quando o assassino entrou estava com o armário aberto e não teve tempo de fechá-lo. Soares concordou com minha observação.
– Como o assassino entrou? Perguntei.
– Este é outro mistério. Para chegar até aqui, teria que ser alguém com acesso irrestrito. Existem oito níveis de checagem até que alguém consiga chegar ao centro do sistema.
– Sei! Respondi. Para mim mesmo chegar até você, fui escoltado por dois seguranças depois de ter minha identidade confirmada.
– Você sabe em que ele estava trabalhando? Perguntei.
– Não! Os cientistas tem liberdade para pesquisar e costumam manter em total sigilo o que estão fazendo.Mesmo eu só sou informado depois que suas pesquisas já estão em fase final de testes.
– Você sabe o que significa a marca sobre a testa?
– Tenho uma suspeita, mas não creio que seja possível Me parece o símbolo de uma antiga organização neonazista extinta há muitos anos. Talvez Ana Paula possa dar uma opinião mais precisa. Ela é pesquisadora da faculdade de história universal da universidade de São Paulo. Fomos informados da chegada dela e resolvemos que primeiro deveríamos esperar para que ela chorasse a morte do pai e mais tarde eu iria vê-la. Fiz algumas cópias das fotografias feitas pela perícia e voltei para meus aposentos na casa reservada para visitantes no centro de pesquisas. Examinei atentamente as fotos no computador local. O símbolo na testa do morto lembrava a cruz suástica nazista, mas havia algumas diferenças. O gráfico traçado em negativo sobre um triângulo levemente curvado para dentro, lembrando a letra “A”, possuía interrupções nas laterais da haste vertical da cruz. Não me parecia o símbolo de um grupo neonazista. Como o assassino havia chegado até o laboratório era um grande quebra-cabeça. O armário de onde sumira a bomba estava fechado e não havia sinais de violação. O primeiro passo seria descobrir o significado real do símbolo e daí teríamos uma pista para o motivo do roubo. Havia uma grande ameaça oculta no fato em si. Fui encontrar Ana Paula na casa junto ao complexo, onde seu pai vivia e trabalhava. Eram casas confortáveis a disposição dos cientistas, próximas ao laboratório. Isso encurtava distâncias e facilitava o trabalho. Alguns deles, como o próprio Armando costumavam trabalhar madrugada adentro. Era uma mulher interessante, com cerca de 30 anos, bonita e pelo que pude deduzir muito estudiosa. Depois das apresentações e dos preâmbulos de praxe, dadas as circunstâncias do encontro, Joel nos deixou a sós.
– Ana! Você tem conhecimento sobre o trabalho que seu pai estava desenvolvendo?
– Sim! Eu o auxiliava em algumas questões sobre biologia uma área em que também tenho doutorado. Ele trabalhava em um projeto para tornar a antimatéria menos instável, isto é, permitir o controle preciso sobre a potência e a injeção controlada em casos de uso como combustível, por exemplo. Você sabe que a antimatéria é muito instável e uma bomba de 30 megatons, possui não mais que 1,5 gramas do produto. Devido a sua incompatibilidade com a matéria, as duas em contato direto se anulam tornando a manipulação extremamente complicada. Assim a potência de uma explosão pode variar para mais ou para menos, como a bomba que quase atingiu Rogério tempos atrás embora ele estivesse a uma distância considerada segura.
– Você acha que o roubo possa estar ligado ao projeto?
– Não creio! Minha preocupação é com o símbolo grafado na testa de meu pai. Isto sim é ameaçador.
– Você sabe o que significa?
– Sim! Anelius, Uma organização fanática que existiu no século XVI.
Alguns historiadores afirmavam que esta organização preconizava uma ordem para a escravização mental, emocional, espiritual e física de cada homem, mulher e criança do planeta terra com um governo mundial, um exército, um banco central, uma moeda corrente e uma população controlada por micro chips. De certa forma isso estava ocorrendo na terra antes da mudança para cá. Os videogames, a internet, os filmes de violência, as festas e a subcultura musical, entre outros, estavam tornando as pessoas, objetos teleguiados e o controle por chips, já começava a dar os primeiros passos, nos celulares, câmeras de vigilância, códigos de barra e outras artimanhas. O poder ficava cada vez mais restrito a elites dominantes que tem suas origens nas estrelas, segundo alguns historiadores. A globalização da economia nos anos 2000, promovia fusões de grandes bancos e empresas e o mundo caminha para o que já ocorria em 2016, quando estava nas mãos de apenas 150 grandes conglomerados. A igreja fez parte desta elite a foi responsável pela extinção desta organização que estava agindo muito abertamente e desta forma colocava em risco o projeto. Com a extinção da Anelius, o programa seguiu sendo implementado segundo seu principio original. Baseado em uma pirâmide em cujo ápice estão os Knouledges e na base os ignorances. Isto é, o conhecimento nas mãos de poucos e o resto ignorante. Acredita-se que a suástica nazista tenha sua origem neste símbolo. É possível que tenham voltado. Com a mudança do regime antigo para o atual estas castas se sentiram ameaçadas e podem ter desenterrado a antiga organização, pois precisam recuperar o poder e desta vez encontram resistências que não havia naquela época.
– Como Adan7, por exemplo? Perguntei.
– Sim! De certa forma homens como ele enfraqueceram muito a idéia de um Deus divino e dono de um poder insuperável. A igreja viu seus mitos serem questionados e todas as suas alianças e associações com o poder serem paulatinamente enfraquecidas.
– Você acha então que estamos diante de uma ameaça muito mais perigosa do que eu havia imaginado?
– Sim! Eles terão de usar agora a força no lugar da antiga astúcia para recolocar as coisas em ordem. Foram frustrados no momento em que estavam prestes a atingir seus objetivos. Meu pai foi morto porque possuía uma bomba no único lugar em que poderiam agir.
– É possível que tenham tido colaboração interna ou alguém infiltrado no centro de pesquisas?
– Creio que sim. Seria a única maneira de obter a bomba. Meu pai trabalhava sozinho, portanto ninguém tinha acesso ao projeto, mas alguém sabia da existência de uma bomba ali.
– Certo! Eles queriam apenas a bomba. Com o poder de destruição que agora possuem teremos que nos preparar para dias bastante difíceis. Encerrei a reunião com Ana Paula e voltei para a nave. Havia muita coisa a fazer e a primeira providência foi entrar em contato com Rogério. Passei a ele tudo o que havia acontecido, minha reunião com Ana Paula e analisamos o que ela tinha me passado.
– Correto! Acho que é uma linha de investigação. Eu estou preocupado com outro detalhe. Meus sentidos não detectaram nada sobre os fatos acontecidos embora tenha me concentrado bastante. Estamos diante de um inimigo poderoso que conta com o apoio de alguém com capacidade de mascarar os acontecimentos. Isto não me agrada, porque nos coloca ao nível de termos de agir, sem contar com recursos mentais ou telepáticos. Siga investigando, vou tentar contato com Adan 7. As palavras de Rogério me deixaram bastante preocupado. Estávamos lidando com alguém muito bem preparado e a confirmação disso aconteceu momentos depois.
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