O QUADRANTE DE APSON

 

A esguia figura de Dardon desceu a longa rampa com sua capa esvoaçante em direção a sua nave WGT - 119 B, acionou os 8 foguetes e a velocidade da luz, em poucos segundos nada mais era que um ponto dividindo o espaço sideral com muitas estrelas.

Lá no alto da rampa que saia do grande salão de reuniões da recém fundada Organização de Mediação para a Paz, OMP.

Os cabelos esvoaçantes e brancos de Apson, comandante do quadrante sul da Galáxia, não escondiam os sulcos na grande testa do majestoso comandante.

Sabia que a atitude de um dirigente de um dos planetas sob sua jurisdição estava prestes a detonar mais uma guerra no cosmos.

A questão era simples, uma Civilização vinda da lendária constelação de Ursa Maior, estacionara nas fronteiras do planeta de Dardon, e agora com o tempo, triplicaram o tamanho da sua estação espacial e tinham até representante na Organização.

Problemas: A suspeita recepção de materiais vindos de diversas partes do universo para a estação espacial, a Civilização não era alienígena porque em velhos tempos lutaram juntos com todos os planetas que agora são seus vizinhos, em guerras de libertação contra os gigantes de Andrômeda e os expulsaram.

Mas era incomoda a presença de uma máquina de combate nas fronteiras do planeta de Dardon e isto o preocupava, enquanto Apson dava a entender que procurava a convivência pacífica, Dardon, preparava-se para o pior.

O tamanho do campo de manobras da civilização era do tamanho de uma lua terrestre, toda construída em material vinda de outras partes do universo.

O que intrigava Dardon era que em diversas vezes soube de reuniões de Apson com a cúpula da Civilização, para que?

Ele tinha autonomia para dirigir o seu povo, mas dependia dos outros planetas e principalmente de Apson para decisões do interesse de todos.

Apson somente anunciava decisões importantes, quando estas já estavam em andamento, para evitar o armamento de grupos para defender seus interesses próprios.

Era sim um ditador, mas preocupado com a coesão da organização que comandava.

Numa manhã de 2630, na contagem terrestre, ao norte dos planetas da Organização, a 50 anos-luz, uma estranha formação de ataque, fez soar o alarme na sede da OMP.

Meio milhão de pequenas astronaves de caça, 50 mil cargueiros de grande autonomia de vôo, e pelo menos 250 mil astronaves de transporte de tropas.

Pelos telescópios e pelos megaradares, viam-nos estacionados como a esperar uma ordem para em pouco tempo atacar a OMP.

A movimentação de praxe para a defesa já estava a postos, mas a força alienígena era três vezes maior.

Quando se aproximaram a 3 anos-luz da Organização, enormes portas de metal, afastaram-se nas dependências da estação espacial da civilização, e de seu interior foram lançadas ao espaço pelo menos 1 milhão e meio de astronaves de diversos tamanhos e estacionaram a frente de todos os planetas da OMP.

De seu bunker Apson, enviou uma mensagem para Dardon e outros comandantes, para estacionarem suas forças ao lado das astronaves da Civilização.

Diante de tanta força opositora, os alienígenas recuaram para 5, 10, 50 anos-luz e depois de volta para as suas fronteiras na Constelação de Ursa Maior, desistindo pelo menos dessa vez de resgatar escravos fugidos para a OMP.

O imprevisível comandante Apson, ainda tinha mais uma surpresa, deslocou Dardon do comando de seu planeta para o comando da estação espacial da Civilização, a convite da própria cúpula, um presente para o mais fiel e rebelde subordinado que já teve.

xxeasxx

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 19/02/2010
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T2095993
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