MALA NEGRA
MALA NEGRA
- General, me recuso a fazer isso.
- Mas Sr. Presidente, é a única alternativa viável.
- Destruir o mundo? Isso é viável?
O General se exalta e aponta sua arma para o Presidente.
- Desculpe senhor, mas é minha obrigação assegurar com que cumpra o vosso dever.
O Presidente se lança contra o general há uma luta renhida, dois tiros ecoam pela sala. Naquela noite os habitantes de Washington vislumbram os mísseis russos...
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- Tane, venha aqui, veja o que achei.
- Amare, cuidado com esses escombros, a professora disse que há coisas perigosas por aqui.
- Veja, o dicionário diz que se chama mala.
- E como sabe disso?
- Andei aprofundando meus estudos sobre a civilização do homo sapiens.
- Mala? E para que serve isso?
- Para guardar coisas, as pessoas abrem a mala e...
- Ei, essa ainda está cheia, que luzes são essas? E o que é isso?
- Acho que chamavam de chave, ou alguma coisa assim.
- Duas? Percebeu que estão em posições diferentes?
- Estranho, para que será que serve isso tudo?
Neste momento a professora chama as crianças para o retorno ao domo.
- Vai levar essa tal mala Amare?
- Vou sim.
A professora se aproxima das meninas e olha intrigada para o objeto que Amare segura com cuidado.
- Nada de levar souveniers meninas, os estudiosos ainda não sabem para que serve muita coisa aqui, pode ser perigoso.
- Mas professora, eu sei o que é isso, se chama mala, os antigos usavam para carregar coisas.
- Amare...
- Mas professora.......- a cara de choro de Amare acaba por convencer a severa mestra.
- Ok, pode levar isso, mas vai ter de me prometer que deixará um dos estudiosos dar uma olhada nessa mala.
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Três dias depois Amare resolve cumprir a promessa, leva o estranho objeto para um estudioso.
- Muito bem menina, o que tem aí?
- Eu sei que se chama mala.
- Mala? Huummm, ah, os antigos as usavam para transporte de roupas e objetos pessoais.
- A professora disse que pode ser perigosa.
- Perigosa? Ah, sua professora não sabe o que é isso, perigoso mesmo são as cavernas onde estão os dardos de ferro, descobrimos centenas deles espalhados por aí, mas ainda não sabemos sua utilidade.
Demonstrando pouco interesse pela descoberta da menina o estudioso abre a mala e fica intrigado com o conteúdo.
- Já a achou assim?
- Sim, estava lá perto dos destroços daquela velha redoma.
- Estranho, há duas chaves aqui, em posições diferentes, para que servem?
- Eu também não consegui descobrir.
- Deixe ver, se eu deixar as duas chaves na mesma posição, assim...
Nas cavernas dos antigos os chamados dardos de ferro ganham vida própria, e sem que ninguém possa saber o que tudo aquilo significa sobem para o céu. Naquela noite a colônia marciana assistiu ao fim do planeta mãe, vítima da insensatez do homo sapiens.