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Nathy
A ninfa das planícies
Em um de seus passeios matinais Nathy absolta em seus pensamentos sobrevoa as pradarias relvadas quando, repentinamente uma rajada de vento joga-a bruscamente ao chão. Pega de surpresa, a ninfa avalia seus ferimentos.
Quebrara uma de suas asas, embora fosse isenta de dor precisaria reconstituí-la para manter o equilíbrio necessário e voltar a voar. Essa reconstituição só seria possível com o auxílio magnético de outras ninfas de Napéia, comunidade onde vivia, mas, para isso, ela deveria aguardar o seu resgate.
Enquanto isso continuaria mesmo por terra, seu passeio de inspeção aos prados.
Decidida pôs-se a caminhar, meio que desajeitada é verdade, ela sabia mesmo era voar. Mas Nathy, ninfa de rara beleza, silhueta esguia e graciosa, altivez no porte a impressionar qualquer mortal, logo se habituara a sua nova condição de “pedestre”.
Olhar atento registra todas as mudanças ocorridas naquela região. Sua alma sensível e frágil condói-se pela devastação das planícies outrora verdejantes, agora apenas um grande chão de terras secas e sulcos profundos deixados pelos mananciais ressequidos de jazidas remanescentes – ah, quanta desilusão!
Mais adiante, a vista algumas árvores de araucárias, onde, sentado a sombra de uma delas está um rapaz, com o olhar triste, perdido na imensidão daquele chão desnudo - curiosa a ninfa se aproxima e indaga a razão de sua tristeza, ao que ele responde com a voz embargada pela emoção.
– Não faz muito tempo eu deixei a casa de meus pais para ir estudar no estrangeiro, ansiava regressar e matar a saudade do lugar onde nasci e fui criado, rever os campos floridos, a terra fértil e as nascentes dos rios, mas, qual minha surpresa, tudo está mudado, devastado e ressequido. Minha decepção é grande, pois, tencionava criar meus filhos aqui para que pudessem ser tão felizes quanto eu fora, gostaria que eles tivessem o mesmo amor por essas terras, o mesmo respeito pela natureza como meus pais me ensinara. Repassar a eles os valores de uma vida simples, no entanto, rica em sua diversidade.
Percebendo que seu resgate se aproximava a ninfa pede o rapaz que feche os olhos por um instante, segredou algo para os amigos da sua comunidade, em seguida regressam a Napéia.
O rapaz meio que sonolento, despertou-se de seu transe, ao erguer os olhos para o horizonte deparou-se com um imenso campo florido, onde fauna e flora pareciam em festa, numa profusão harmoniosa de cores e sons. Não compreendendo o que se passara, o rapaz atribuiu toda a sua angustia a um terrível pesadelo.
Nathy que ainda recuperava a sua linda e espessa asa quebrada, de longe observava a alegria e os cuidados que o rapaz empregava para manter a natureza viva, pelo menos ali nas redondezas de sua casa.
Quanto ao restante das planícies continua estéril, pela ação do homem que teima em despir o chão.
Nathy
A ninfa das planícies
Em um de seus passeios matinais Nathy absolta em seus pensamentos sobrevoa as pradarias relvadas quando, repentinamente uma rajada de vento joga-a bruscamente ao chão. Pega de surpresa, a ninfa avalia seus ferimentos.
Quebrara uma de suas asas, embora fosse isenta de dor precisaria reconstituí-la para manter o equilíbrio necessário e voltar a voar. Essa reconstituição só seria possível com o auxílio magnético de outras ninfas de Napéia, comunidade onde vivia, mas, para isso, ela deveria aguardar o seu resgate.
Enquanto isso continuaria mesmo por terra, seu passeio de inspeção aos prados.
Decidida pôs-se a caminhar, meio que desajeitada é verdade, ela sabia mesmo era voar. Mas Nathy, ninfa de rara beleza, silhueta esguia e graciosa, altivez no porte a impressionar qualquer mortal, logo se habituara a sua nova condição de “pedestre”.
Olhar atento registra todas as mudanças ocorridas naquela região. Sua alma sensível e frágil condói-se pela devastação das planícies outrora verdejantes, agora apenas um grande chão de terras secas e sulcos profundos deixados pelos mananciais ressequidos de jazidas remanescentes – ah, quanta desilusão!
Mais adiante, a vista algumas árvores de araucárias, onde, sentado a sombra de uma delas está um rapaz, com o olhar triste, perdido na imensidão daquele chão desnudo - curiosa a ninfa se aproxima e indaga a razão de sua tristeza, ao que ele responde com a voz embargada pela emoção.
– Não faz muito tempo eu deixei a casa de meus pais para ir estudar no estrangeiro, ansiava regressar e matar a saudade do lugar onde nasci e fui criado, rever os campos floridos, a terra fértil e as nascentes dos rios, mas, qual minha surpresa, tudo está mudado, devastado e ressequido. Minha decepção é grande, pois, tencionava criar meus filhos aqui para que pudessem ser tão felizes quanto eu fora, gostaria que eles tivessem o mesmo amor por essas terras, o mesmo respeito pela natureza como meus pais me ensinara. Repassar a eles os valores de uma vida simples, no entanto, rica em sua diversidade.
Percebendo que seu resgate se aproximava a ninfa pede o rapaz que feche os olhos por um instante, segredou algo para os amigos da sua comunidade, em seguida regressam a Napéia.
O rapaz meio que sonolento, despertou-se de seu transe, ao erguer os olhos para o horizonte deparou-se com um imenso campo florido, onde fauna e flora pareciam em festa, numa profusão harmoniosa de cores e sons. Não compreendendo o que se passara, o rapaz atribuiu toda a sua angustia a um terrível pesadelo.
Nathy que ainda recuperava a sua linda e espessa asa quebrada, de longe observava a alegria e os cuidados que o rapaz empregava para manter a natureza viva, pelo menos ali nas redondezas de sua casa.
Quanto ao restante das planícies continua estéril, pela ação do homem que teima em despir o chão.