A ESTRELA DO HIMALAIA
O gelado do ar vindo do alto da montanha tornava o caminho plano, íngreme em dificuldades respiratórias, sufocante até, a duas horas atrás os caminhos
ladeados por papoulas e o branco das montanhas ao longe davam um ar poético àquele distante paraíso, mas o que procuravam aquelas 4 almas nada tinha de
romântico, pelo contrário, a Estrela do Himalaia era mais que um tesouro perdido, era a jóia mais rara do mundo de uma cor sinistra, uma cor não encontrada em nenhuma parte do planeta terra.
Simbolicamente era, mas nunca alguém a tinha visto.
Este grupo de arqueólogos sabia o que procuravam, anos de pesquisas lhes deram a certeza de que um meteorito que veio das estrelas, trouxe em seu ventre incandescente o objeto raro, e é isso que buscavam.
Mas os obscuros efeitos nunca permitiram que a existência do cristal, tivesse mais que a mística crença de sua real existência.
Reservada estava aos cultos antigos aos Deuses do Himalaia, pelos nativos locais, e os segredos no uso do cristal, sempre despertaram a cobiça, mas ninguém regressou da sua insana busca...
A ganância tinha agora naquelas faces o tom mais negro imaginável para o ser humano, e cegos, não colocaram empecilhos mesmo sabendo dos perigos que corriam.
A 500 metros de onde caminhavam, uma linha fina de fumaça saía de uma gruta, aproximaram-se...
Na porta da caverna, sentado, a figura de um ancião silencioso, com os longos anos tatuados a rugas em seu rosto, longa cabeleira grisalhas, abaixou-se pegou mais um graveto e colocou no fogo, ergueu os olhos e disse com voz rouca:
___O que procuram...?
Em rápidas palavras um deles explicou a razão de estarem ali.
O ancião baixou a cabeça e resmungou.
___ A vida é tão frágil, porque ir ao inferno se vocês têm tanto a viver ainda?
Mas diante do punhado de dinheiro na mão de um deles, silenciou, e após disse:
___ Direi o caminho e só.
Por 2 horas caminharam em companhia do ancião e no alto entre duas montanhas, o ancião, com os cabelos esvoaçantes, ergueu a mão e lhes indicou o caminho.
Abaixo de onde estavam, um platô gigante semelhante a uma pista de patinação e ao fundo uma estreita passagem.
As quatro vidas pareciam grãos negros na imensidão gelada do platô, as sombras das montanhas, davam um ar glacial ao ambiente, e 3 horas depois chegaram a entrada do estreito.
O silencio não lhes despertou medo, e à medida que adentravam aquele estrito caminho entre dois paredões, o ar ia aquecendo-se, era como se estivessem caminhando ao centro da terra, onde a cada 200 metros aumenta 3 graus.
40 minutos depois o caminho terminava em uma escada longa em curva para trás da montanha.
Lentamente subiram, e à medida que subiam o ambiente tornava-se mais sinistro, era como se estivessem pisando num lugar estranho ao nosso mundo, as pedras eram de um marrom avermelhado, as plantas rasteiras de uma cor próxima ao alaranjado, e o céu? Bem, o céu era agora o interior de uma caverna gigantesca. O cheiro adocicado de banana frita vindo do fundo da caverna, lhes chamou a atenção, mais cem metros de escada, e chegaram a um grande portal, com inscrições estranhas, mas o que observaram, foi que lá ao fundo do enorme templo tinha um altar... A figura que erguia e baixava as mãos numa saudação ao objeto no alto, era semelhante a uma besta, pela imensa armadura que usava.
Tochas ladeavam o templo e da fogueira que antecedia o ser vinha a fumaça de odor adocicado.
Não sabiam eles que aquela fogueira queimava carne humana, sacrifícios aos Deuses.
O que viram a seguir os fez tremer...
Seis objetos semelhantes à bigas voadoras saíram de portas ao redor do templo e uma enorme rede foi jogada sobre eles.
Debatendo-se tiveram ainda a oportunidade de ver seus agressores, faces horríveis pela armadura negra metálica, lhes jogaram um gás azul com cheiro de ópio...
Entre fendas altíssimas via-se a luz do sol, o som de pingos de água, lhes fez acordar.
Ao indagarem-se onde estavam uma enorme porta metálica corroída pela oxidação se abriu...
O ser que vinha a frente trazia encravado no peito uma luz esverdeada, mas era um misto de violeta e verde que eles nunca viram.
O veiculo que vinha atrás deslizava sobre o solo sem o tocar, e o som era de um vento fraco, vieram e pararam diante deles.
Novamente jogaram o gás e eles adormeceram.
Aos poucos foram compreendendo porque ninguém sobreviveu a busca do cristal. As únicas dúvidas foram tiradas quando acorrentados e sentados ao lado do ser com a luz brilhante, viram diante de si a imensidão do campo de pouso, a seus pés... Numa voz soturna o ser começou a falar, compreensível a eles, mas era como se o ser falasse e uma segunda voz não menos tenebrosa traduzisse.
A primeira voz a do ser era semelhante a um dialeto e a segunda numa língua que misturava 2 ou 3 idiomas, mas eles compreendiam. O ser disse:
___ Num tempo remoto, viemos olhar seu planeta, para verificar a possibilidade de salvar nossa raça, em extinção...
Nestes remotos lugares, distante da civilização, os primeiros de nós se fixaram, e uns após outros vieram habitar o subsolo da terra, por isso vêem este enorme campo de pouso, foi aqui que os primeiros desceram e o fizeram para que outros viessem e continuam a chegar...
___Pois a extinção é lenta, nossas vidas duram 300 anos e continuaremos nossa imigração...
___O que procuram baseados em crença, nada mais é do que a reverencia dos terráqueos pelo que nos pertence, procuram algo que não é deste mundo...Procuram isto no meu peito...
___O poder emana deste cristal e há muito tempo foi trazido por uma das nossas aeronaves que ao entrar na atmosfera terrestre incendiou-se.
___Por isso o mito.
Um estranho choque os fez adormecer...
Na pequena gruta, acordando já no crepúsculo da manhã, o velho ancião, sentiu o antigo cheiro de banana frita, vindo da montanha, própria dos corpos carbonizados, olhou o céu azul da manhã, para o caminho em direção a montanha, acendeu seu velho cachimbo, e falou consigo mesmo:
___ A vida é tão frágil...
O gelado do ar vindo do alto da montanha tornava o caminho plano, íngreme em dificuldades respiratórias, sufocante até, a duas horas atrás os caminhos
ladeados por papoulas e o branco das montanhas ao longe davam um ar poético àquele distante paraíso, mas o que procuravam aquelas 4 almas nada tinha de
romântico, pelo contrário, a Estrela do Himalaia era mais que um tesouro perdido, era a jóia mais rara do mundo de uma cor sinistra, uma cor não encontrada em nenhuma parte do planeta terra.
Simbolicamente era, mas nunca alguém a tinha visto.
Este grupo de arqueólogos sabia o que procuravam, anos de pesquisas lhes deram a certeza de que um meteorito que veio das estrelas, trouxe em seu ventre incandescente o objeto raro, e é isso que buscavam.
Mas os obscuros efeitos nunca permitiram que a existência do cristal, tivesse mais que a mística crença de sua real existência.
Reservada estava aos cultos antigos aos Deuses do Himalaia, pelos nativos locais, e os segredos no uso do cristal, sempre despertaram a cobiça, mas ninguém regressou da sua insana busca...
A ganância tinha agora naquelas faces o tom mais negro imaginável para o ser humano, e cegos, não colocaram empecilhos mesmo sabendo dos perigos que corriam.
A 500 metros de onde caminhavam, uma linha fina de fumaça saía de uma gruta, aproximaram-se...
Na porta da caverna, sentado, a figura de um ancião silencioso, com os longos anos tatuados a rugas em seu rosto, longa cabeleira grisalhas, abaixou-se pegou mais um graveto e colocou no fogo, ergueu os olhos e disse com voz rouca:
___O que procuram...?
Em rápidas palavras um deles explicou a razão de estarem ali.
O ancião baixou a cabeça e resmungou.
___ A vida é tão frágil, porque ir ao inferno se vocês têm tanto a viver ainda?
Mas diante do punhado de dinheiro na mão de um deles, silenciou, e após disse:
___ Direi o caminho e só.
Por 2 horas caminharam em companhia do ancião e no alto entre duas montanhas, o ancião, com os cabelos esvoaçantes, ergueu a mão e lhes indicou o caminho.
Abaixo de onde estavam, um platô gigante semelhante a uma pista de patinação e ao fundo uma estreita passagem.
As quatro vidas pareciam grãos negros na imensidão gelada do platô, as sombras das montanhas, davam um ar glacial ao ambiente, e 3 horas depois chegaram a entrada do estreito.
O silencio não lhes despertou medo, e à medida que adentravam aquele estrito caminho entre dois paredões, o ar ia aquecendo-se, era como se estivessem caminhando ao centro da terra, onde a cada 200 metros aumenta 3 graus.
40 minutos depois o caminho terminava em uma escada longa em curva para trás da montanha.
Lentamente subiram, e à medida que subiam o ambiente tornava-se mais sinistro, era como se estivessem pisando num lugar estranho ao nosso mundo, as pedras eram de um marrom avermelhado, as plantas rasteiras de uma cor próxima ao alaranjado, e o céu? Bem, o céu era agora o interior de uma caverna gigantesca. O cheiro adocicado de banana frita vindo do fundo da caverna, lhes chamou a atenção, mais cem metros de escada, e chegaram a um grande portal, com inscrições estranhas, mas o que observaram, foi que lá ao fundo do enorme templo tinha um altar... A figura que erguia e baixava as mãos numa saudação ao objeto no alto, era semelhante a uma besta, pela imensa armadura que usava.
Tochas ladeavam o templo e da fogueira que antecedia o ser vinha a fumaça de odor adocicado.
Não sabiam eles que aquela fogueira queimava carne humana, sacrifícios aos Deuses.
O que viram a seguir os fez tremer...
Seis objetos semelhantes à bigas voadoras saíram de portas ao redor do templo e uma enorme rede foi jogada sobre eles.
Debatendo-se tiveram ainda a oportunidade de ver seus agressores, faces horríveis pela armadura negra metálica, lhes jogaram um gás azul com cheiro de ópio...
Entre fendas altíssimas via-se a luz do sol, o som de pingos de água, lhes fez acordar.
Ao indagarem-se onde estavam uma enorme porta metálica corroída pela oxidação se abriu...
O ser que vinha a frente trazia encravado no peito uma luz esverdeada, mas era um misto de violeta e verde que eles nunca viram.
O veiculo que vinha atrás deslizava sobre o solo sem o tocar, e o som era de um vento fraco, vieram e pararam diante deles.
Novamente jogaram o gás e eles adormeceram.
Aos poucos foram compreendendo porque ninguém sobreviveu a busca do cristal. As únicas dúvidas foram tiradas quando acorrentados e sentados ao lado do ser com a luz brilhante, viram diante de si a imensidão do campo de pouso, a seus pés... Numa voz soturna o ser começou a falar, compreensível a eles, mas era como se o ser falasse e uma segunda voz não menos tenebrosa traduzisse.
A primeira voz a do ser era semelhante a um dialeto e a segunda numa língua que misturava 2 ou 3 idiomas, mas eles compreendiam. O ser disse:
___ Num tempo remoto, viemos olhar seu planeta, para verificar a possibilidade de salvar nossa raça, em extinção...
Nestes remotos lugares, distante da civilização, os primeiros de nós se fixaram, e uns após outros vieram habitar o subsolo da terra, por isso vêem este enorme campo de pouso, foi aqui que os primeiros desceram e o fizeram para que outros viessem e continuam a chegar...
___Pois a extinção é lenta, nossas vidas duram 300 anos e continuaremos nossa imigração...
___O que procuram baseados em crença, nada mais é do que a reverencia dos terráqueos pelo que nos pertence, procuram algo que não é deste mundo...Procuram isto no meu peito...
___O poder emana deste cristal e há muito tempo foi trazido por uma das nossas aeronaves que ao entrar na atmosfera terrestre incendiou-se.
___Por isso o mito.
Um estranho choque os fez adormecer...
Na pequena gruta, acordando já no crepúsculo da manhã, o velho ancião, sentiu o antigo cheiro de banana frita, vindo da montanha, própria dos corpos carbonizados, olhou o céu azul da manhã, para o caminho em direção a montanha, acendeu seu velho cachimbo, e falou consigo mesmo:
___ A vida é tão frágil...