o segredo do oliva negra capítulo8
...continuação.
- Ele pode estar por aí em qualquer lugar. Ele não precisa de nada. Poderia se passar por um milionário porque seria muito fácil conseguir dinheiro. Ou talvez não. É preciso ter calma. Ás vezes parece tudo tão distante e sem sentido... mas eles querem exatamente isso, querem nos ver confusos e desanimados - disse Gentile.
- Eles quem? A Aeronáutica? -
- A Aeronáutica, os Politicos brasileiros, as grandes corporações internacionais, o governo Norte Americano... todo mundo que detem o poder em qualquer lugar do mundo seja na Europa ou no mais longinguo lugarejo da África, todos eles têm pelo menos alguma remota idéia do que está acontecendo, mas não querem dividir isso com as pessoas, tudo é guardado em arquivos sigilosos do qual poucos sabem alguma coisa. Pessoas que passam idéia de credibilidade hoje falam abertamente sobre assuntos que a vinte anos atrás só seriam abordados por sensacionalistas de plantão. Cientistas sérios teorizam sobre dimensões extras. Argumentam que não podemos vê-las porque estamos aprisionados num mundo de três dimensões e apenas a partícula que transporta a força de gravidade consegue escapar do confinamento. Tudo pode ser considerável. Ninguem mais precisa acreditar em picaretas se está procurando por algo dito como fantástico. Mas por que justamente agora? Imagino então que o governo americano deve saber muito mais do que parece. Ou será que o mundo sempre foi assim? não teria sido sempre dessa forma? o que é real?
- Algumas das maiores coorporações nos pagaram - insistiu Nádia.
- Nem por isso são nossos amigos, lembre-se disso. É o que sempre digo a vocês dois: nunca confie em nenhum deles. O nosso propósito aqui se justifica exatamente pelo fato de que alguns deles querem saber mais do que os outros por isso precisam de nós. - Gentile parecia querer dizer algo mais mas se deteve.
Os três foram até a saída. Era uma bela tarde de Outono e dava para ouvir ao longe os carros passando pela Rodovia Fernão Dias que ficava a poucos quilometros dali. Gustavo caminhou até a lateral do Oliva. Observou um descampado que se iniciava ali e se estendia por por uns cinquenta metros até o começo de uma mata típica da região com suas árvores fechadas e escuras. Ele fez um gesto para que os outros dois o acompanhasse. Eles caminharam por alguns metros até que se deteram frente ao que seria um círculo no chão. A grama que crescia pelo descampado não crescia dentro daquele círculo que devia ter uns dois metros de diâmetro. Dentro dele só se via terra seca e cinzenta. Gustavo apanhou um pouco da terra e guardou num saquinho de plástico. Gentile apontou para o chão:
- Isso a convence? - disse a Nádia.
- Então alguma coisa aconteceu mesmo aqui alem do incêndio - a moça falou espantada.
- O dono do Oliva Negra foi um dos mortos no tal incêndio - completou Gustavo.
- Sem sobreviventes... é por isso que não houve uma chuva de ufologos aqui, não sobrou ninguem para dizer que viu algo de anormal - disse Gentile.
- Engana-se. Eu fiz uma pesquisa e descobri que esta cidade foi visitada por muitos ufologos nessa época. Só que eles não vieram até o Oliva. Vieram para falar com um agricultor que teria visto um objeto luminoso passar por uma fazenda abandonada - disse Gustavo.
- Parece conviniente para desviar a atenção do que aconteceu aqui, mas a Aeronáutica não criaria uma farsa dessas seria arriscado demais. Temos que falar com esse sujeito.