As Aventuras de Gabriel - C 4 - Um novo mundo, e uma nova ameaça.
O Chapéu Magico.
CAPÍTULO 4 – Um novo mundo, o coelho gigante, uma nova ameaça.
Gabriel estava com muita raiva, não queria morar com seu pai, não tinham muitas afinidades como pai e filho, Gabriel sempre morou com sua mãe, e seu pai apenas visitava às vezes no fim de semana quando ele tinha tempo, o Roberto era muito ocupado, assim ele sempre dizia para seu filho quando não aparecia, e assim Gabriel aprendeu a não se importar mais quando ele não ia. Gabriel gostava do pai, isso é verde, porém não sentia por ele o amor que tanto tinha pela, e esta separação não poderia dar certo.
Suas lágrimas caíram sem parar, e seu pensamento era constante em estar noutro lugar, bem longe para que ninguém o encontrasse, com o chapéu na cabeça, ele sentiu tudo escurecer, e um vazio no estomago o fez tremer, algo tinha acontecido, mas o quê? Sentiu o corpo flutuar e depois pousar novamente no chão, e uma luz aos pouco foi intensificando cada vez mais, então ele olhou em sua volta e viu que não estava mais em seu quarto.
Para seu espanto ele estava num campo aperto, coberto por um capim fino, baixo e dourado, ao longe notou uma cadeia de montanhas, mas muito distante, e nada mais podia ser visto, apenas um imenso campo dourado.
-- OI!!!!!! Onde estou?- Mas ninguém respondeu.
Não se ouvia nada, também não se via o Sol, não tinha nuvens, nem se sentia o vento, um lugar deserto era apenas o que ele via; o bom de não ter um sol, é que não fazia calor, e também não fazia frio, pois não tinha o vento, porém, Gabriel estava começando a ficar com medo, pois poderia ficar ali e ninguém mais iria lhe encontrar. Depois de um tempo começou a sentir cede e fome, e como não tinha nada ele começou a andar procurando algum lugar que poderia ter água e comida.
Ao longo de uma caminhada que durou horas, Gabriel nada encontrou, sua cede aumentou e já se mostrava muito cansado. Seu desejo de fugir para um lugar distante foi definitivamente realizado, tudo parecia perdido, ele já estava sem esperança de encontrar água ou comida, suas lágrimas caiam num silencioso choro, ele estava chorando, estava com medo, principalmente quando procurou o chapéu em sua cabeça para desejar voltar para casa, pois o chapéu não estava lá, tinha ficado em sua casa, ele não tinha mais como voltar, estava com muito medo, ele não parou de andar até que foi obrigado, pois o campo tinha acabado. Gabriel olhou em sua frente e arregalou os olhos, e uma nova emoção surgiu, estava agora com esperança de ficar bem, pois em sua frente, não se via mais o campo de capim dourado, mas sim, uma planície, e só naquele momento é que notou que ele estava andando horas em cima de um planalto muito extenso, e que teria que descer aquela encosta de uns duzentos metros para chegar até a planície onde tinha arvores e provavelmente água e frutas frescas. Realmente aquele mundo era diferente, talvez pelo fato de não existir um sol para aquecer, e aquela luz que vinha de toda a parte, era muito estranho, em nenhum momento ele viu sua sombra, enquanto descia a encosta, ele refletia em tudo, de onde vinha afinal aquela luz, eram tantos questionamentos, mas ninguém para lhe esclarecer.
Chegando a planície, ele notou que a s arvores não estavam tão próximas como ele tinha notado antes, mas ele não se ficou triste nem desanimado, continuou a andar, e andou, nem mesmo ela conhecia esta sua força de vontade, estava determinado a chegar até a floresta. Quando ele chegou lá seus olhos se encheram, ele nunca tinha visto arvores tão grandes, imensas, colossais, olhou em sua volta e não viu nada que não fossem troncos de arvores velhas caídas, ou arbustos enormes. Não esperou muito, entrou na floresta de arvores gigantes, e mau andou uns dez minutos, uma intensa sombra o envolveu, ele ficou numa penumbra fechada, parecia uma intensa noite, mas mesmo assim, continuou sua caminha, até que viu uma luz, um rastro de luz entre os galhos dos arbustos, e seguiu aquele facho de luz até chegar muito próximo para ver de onde ele se originara. A sua frente se encontrava uma espécie de cabana, triangular e feita de folhas secas, com uma abertura no mesmo formato do restante da estrutura, resolveu seguir a diante, chegando perto, ele falou:
-- Ola! Oi!
-- Um momento que já estou saindo.
Aquela voz parecia ser de um velho, rouca e fraca; Gabriel sentiu medo, porém pareceu ser uma pessoa educa, e esperou temeroso. Quando passou uns dois minutos, Gabriel foi surpreendido pela estranha figura que saiu da estranha cabana. Era uma espécie de coelho gigante, mas numa coisa Gabriel acertara, ele era velho.
-- Olá, quem é o senhor?
-- Calma meu jovem, primeiro agente se apresenta, e depois você pode fazer as perguntas, você primeiro.
-- Meu nome é Gabriel, e estou muito longe de casa, na verdade não sei nem como voltar, e também não sei onde estou.
-- Vejo que você está perdido, um isso parece serio. Pois bem, eu sou Saberios, e todos me conhecem como o guardião desta floresta. Mas vejo que você não é destas bandas, nunca vi este tipo de criatura, diga-me jovem de que espécie é você?
-- O que, você não conhece uma criança?
-- Criança, nunca ouvi falar neste espécime.
-- Não, criança não é um espécime, mas sim apenas a fase jovem, eu sou um humano, e ainda sou muito jovem, acabei vindo parar aqui por meio de um encantamento de um chapéu mágico, e agora não sei como voltar para minha casa.
-- Calma, você falou que é do espécime humana?
-- Sim, foi o que eu disse.
-- Que satisfação conhecer você, sempre ouvi falar de vocês, mas nunca tinha conhecido de perto, bem, isto me faz lembrar que algo muito grave está para acontecer.
-- O que?
-- Você corre um grande perigo, existe uma criatura em nosso mundo que se alimenta de humanos que por acidente acabam entrando por alguma passagem que os traz até aqui em meu mundo.
-- Mas eu estou cansado, com sede e com fome, não tenho mais forças para continuar. Você poderia me ajudar?
-- Sim, realmente você parece muito abatido, venha entre.
Para a sorte de Gabriel, ele encontrou um aliado nesta sua jornada. Agora existia um verdadeiro perigo, uma criatura que se alimenta de humanos, o que seria isto?