Uma Aventura no Tempo

O rapaz boceja alto.

Os outros alunos da excursão o olham. Alguns soltam risadinhas e os cdf´s franzem a testa.

- Entediado, senhor Afonso? – pergunta o professor sarcasticamente.

O rosto do jovem enrubesce ao notar todos os olhares sobre si.

- “Professor filadaputa!” – pensa.

Logo em seguida responde em voz alta:

- Nada professor... Eu gosto “muuuuuito” de museu!

Todos os alunos do 8º caem na gargalhada.

Continua a caminhada pelo museu, observando a mostra “O Mundo Antigo”.

Simone, a menina mais bonita da sala, para ao lado de Carlinhos.

- Me dá um chiclete?

O garoto amarelado e cheio de espinhas abre um sorrisão. Enfia a mão no bolso da calça jeans de mercado e tira um punhado de Bubballo´s.

Ela pega um com recheio de morango.

- Brigadinha!

Carlinhos está no céu. O sorriso morre em seu rosto ao notar que Klebson vem como uma jamanta em sua direção.

- Cê tá loco de mexê com minha mina?

O jovem franzino dá um passo atrás. Klebson é o valentão da sala.

Quase um palmo mais alto que os outros alunos, acredita seriamente que é namorado da Simone.

- De - Desculpa Kleb´s! Não me bate!

Provavelmente a encrenca acabaria ali, mas Carlinhos dá mais um passo para trás esbarrando no pedestal onde está exposto um cetro de ouro Sumério.

Engastada no alto do cetro, um quartzo branco em forma de ovo, que se solta indo rumo ao chão.

Agindo por reflexo, Afonso salta e consegue agarrar o mineral.

O cetro de ouro maciço cai com estrondo no piso. Todo o movimento do museu pára.

Quinhentas pessoas o olham ao mesmo tempo.

O professor vem correndo em sua direção, furioso.

Olhando casualmente para a inscrição na base do suporte Afonso lê:

- [Cetro cerimonial Sumério aproximadamente 5.000 A.C]

Carlinhos e Klebson se afastam discretamente deixando a bomba estourar nas mãos do rapaz moreno.

- O-Quê-Vo-cê-Fez?

Com o quartzo nas mãos, Afonso murmura:

- Bem que eu podia estar na Suméria...

Em um piscar de olhos tudo muda.

O sol forte incomoda a vista do rapaz. Uma planície desértica se estende a perder a vista.

-O que está acontecendo?

Seu espanto não tem limites. Em um instante está no museu poeirento com sua sala do segundo grau, no outro está fritando sozinho no deserto.

Sozinho não.

Escuta passos ás suas costas e antes que possa se virar é atingido na nuca. Afonso desmaia mergulhando na escuridão.

Horas? Dias?? O rapaz não sabe, mas pouco a pouco recobra a consciência.

Um pouco tonto ainda, fica sem saber por que está preso. Está em uma carroça de madeira trepidante, cercado de grades toscas de madeira.

- Por que vocês me prenderam? Que palhaçada é esta?

Os dois homens montados em dromedários lhe respondem em uma língua incompreensível.

Ele nota as túnicas de lã escura e as barbas negras e crespas.

Vocês são árabes? Eu não sou americano! Sou brasileiro!

Os dois cavaleiros voltam a lhe responder naquela linguagem musical.

- Meu Deus! O que aconteceu? Como vim parar aqui?

Afonso vê o quartzo na mão de um dos homens.

- Ah merda! Foi essa pedra que me trouxe aqui! Eu tava no museu e pedi pra vir pra Suméria! Não pode ser! Dá essa pedra aqui!

Os dois homens vêem a agitação de Afonso e quando percebem que ele quer a gema, riem com gosto, mostrando os dentes cariados.

A noite cai fria e iluminada por um céu pontilhado de estrelas. Eles acendem uma fogueira e comem queijo de cabra com pão seco.

Dão o mínimo possível para que o rapaz não morra de fome. Uma semana se passa dessa maneira e quando chega a uma cidade, o brasileiro está tão fraco que mal se agüenta em pé.

O fedor é intenso.

Animais e homens cheiram da mesma maneira. O jovem do século XXI é levado a uma espécie de mercado.

Ervas, queijo e animais. Tudo é comercializado lá.

Colocado junto a homens, mulheres e crianças, percebe finalmente seu destino: será vendido como escravo.

Esbraveja. Chora e se debate em um forte contraste com seus companheiros de infortúnio que se mantêm calados.

Certamente conformados com a nova vida que lhes será reservada.

Tiram à força suas roupas de marca, deixando-o nu. Acorrentado, seu captor lista seus atributos e logo o ouro troca de mãos, assim como o escravo.

Afonso se deixa levar, sem acreditar que isso esteja acontecendo. Só pode ser um pesadelo!

É colocado para lavrar a terra e em algumas semanas já consegue se fazer entender.

Não tem mais esperanças de deixar a escravidão, quando um fato inusitado acontece.

Carrega barro e palha com outros servos para trazer as paredes das casas, quando em um momento de pausa, bebendo água límpida e comendo pão asmo sem fermento, começa a rabiscar símbolos geométricos no chão enlameado.

O capataz observa por alguns momentos e chama outro escravo. Conversam um pouco e o escravo corre até o palácio de seu senhor.

Este volta depois de meia hora e em poucas palavras informa o capataz.

Com o chicote em mãos ordena que Afonso se levante.

Mesmo sendo capoeirista desde seus doze anos, o brasileiro tem medo dos Sumérios.

Morenos e atarracados, são todos muito fortes. Logo quando chegou, tentaram agarrá-lo sob a luz da lua cheia.

Acertou uma forte “queixada” na cara do escravo, que era caolho e ele caiu desacordado. Outros ao ver seu companheiro atingido se levantam.

Logo o rapaz está cercado por três homens.

Acerta uma “benção” no peito de um, golpeia outro com um a “martelo” e derruba um terceiro com um “aú volta ao mundo”.

Palavras ríspidas são gritadas e escravos atingidos se afastam.

Um grandalhão de um metro e oitenta e cinco – um gigante para o padrão deles – avança sorrindo com maldade.

Tenta agarrar Afonso com os braços musculosos cobertos de cicatrizes, porém este o acerta com um “parafuso”.

O gigante dá um passo atrás e cospe sangue. Volta a sorrir maldosamente e a avançar sobre o jovem.

No momento em que ia ser agarrado, o jovem desce na “cadeira” e lhe aplica uma violenta cabeçada no saco. O grande escravo se dobra de dor.

Aproveitando-se disso o rapaz sobe velozmente, acertando uma violenta joelhada em seu queixo.

Girando nas órbitas, os olhos do gigante fecham-se e ele desaba sem sentidos.

Os outros escravos ficam pasmos! Nunca antes Eruk fora derrubado.

Depois dessa noite, Afonso não foi mais molestado.

Agora, indo rumo ao palácio de seu pretenso Senhor, tem medo de estar com os dias contados.

Sobe uma comprida escadaria de pedra e é levado até um salão retangular enorme.

O capataz se curva diante de um homem magro e austero.

Gil-en-Annar. O intendente da propriedade de Lugalzaggisi, senhor da cidade de Lagash.

Apesar da barreira da língua, o brasileiro compreende o que o sevo mais graduado do castelo quer: Descobrir se ele conhece mesmo a matemática.

Afonso pega quinze tâmaras e com elas demonstra as quatro operações do modo mais simples que consegue.

Maravilhado, Gil-en-Annar deixa que ele se alimente das frutas adocicadas e ordena que seja separado dos outros escravos.

Por alguns dias, o rapaz vive em regalia, surpreendendo seu novo tutor com seus pequenos conhecimentos em astronomia, mecânica (seu tio é tipo de faz-tudo e o jovem aprendera muito com ele), geometria, física e química.

Além da Capoeira, cujos saltos mortais deixam os Sumérios muito impressionados.

Certa manhã, os escravos atrelam uma biga com quatro asnos e o levam até a cidade de Ur. Iria conhecer o líder daquela cidade, Ur-Nammu.

Um comboio de trinta bigas atravessa o deserto. Cercados de guerreiros que fazem a marcha a pé. Para proteger seu senhor, Lugalzaggisi das tribos do deserto que atacam as caravanas.

Chegando ao castelo, longe de ficar impressionado, o brasileiro acha tudo muito enfadonho e ridículo.

Apesar de arejado, os ocupantes do palácio exalam um fedor de suor insuportável para as narinas civilizadas do pobre rapaz.

Após horas e horas de espera e rituais que parecem não ter fim, é colocado frente a frente do soberano.

Os conselheiros ordenam que seus dotes sejam exibidos, e Afonso mostra na prática a resolução de um teorema.

Ur-Nammu apóia a cabeça nas mãos.

Irritado, Lugalzaggisi ordena que Afonso mostre seus dotes marciais.

Ele executa um salto mortal de costas.

O soberano boceja e com um aceno de mãos dispensa o jovem.

Enquanto se afasta, o rapaz ainda olha para trás com certa frustração e vê o rei Ur-Nammu, se levantar e com o cetro em riste convocar um novo convidado.

O Cetro!

Engastada em sua ponta de ouro maciço, o Quartzo branco que o trouxe para o passado.

Afonso livra-se de seu tutor, Gil-en-Annar com um safanão e volta correndo para o imenso salão real.

Aos gritos dos guardas, ele sabe que não tem outra saída senão lutar. O moreno desvia-se do golpe de um dardo e aplica um “parafuso”, girando no ar sobre o próprio corpo, golpeando o soldado como dois pés no rosto.

Acerta uma “queixada” em outro e derruba um terceiro com uma “benção” no peito.

Vendo o escravo chegar cada vez mais próximo, o rei grita ordens desesperadas.

Um dos conselheiros saca uma adaga e fere Afonso de raspão no braço esquerdo. Agarrando este conselheiro pelo braço, o capoeirista o atira violentamente contra o soberano.

O cetro voa das mãos de Ur-Nammu e quando cai no chão com estrépito, o quartzo se parte em dois pedaços.

- Não! – grita Afonso.

Ele corre e dá um salto mortal.

Agarra um pedaço do mineral, mas quando tenta pegar a outra parte, um dardo de bronze assobia ao lado de seu rosto.

Assustado, olha para trás e vê dezenas de guardas atirando seus dardos ao mesmo tempo.

O moreno fecha os olhos e aperta a pedra entre as mãos.

- Meu Deus! Eu quero voltar ao museu!

Imediatamente é envolvido pelo silêncio. Abre os olhos devagar e fica aliviado.

Vê as peças antigas em seu lugar e o movimento das pessoas às suas costas.

Após um segundo olhar, sua alma enche-se de terror.

Em uma faixa imensa estão escritos os seguintes caracteres:

- Agack – en – la Annan – Asur. Yaláh – Djinn-la Ptor.

Observando em volta, nota que todos o olham com estranheza.

As mulheres de véu na cabeça e todos os homens barbudos de turbante afastam os filhos do rapaz que consideram como estranho.

- NãonãoNÃO! – berra o rapaz desesperado.

Desviando-se dos seguranças esbarra em um rapaz mais ou menos da sua idade.

Afonso para. Espantado.

- Klebson?

O jovem de tez escura, de descendência árabe, é idêntico ao idiota que o pôs nessa situação.

- Eu Kabir. Você escravo?

O rapaz moreno se desespera ao ver o cetro de Ur-Nammu. Engastada na ponta, uma grande opala.

Pula o cercado, agarrando a relíquia.

- Ah, não. Não. Não...

Agora entende o que aconteceu. Sua interferência no passado mudou todo o futuro.

Está perdido em algum ponto entre a idade média e o seu presente

Um homem de barba escura corre furioso em sua direção.

- O-Quê-Vo-cê-Fa-zer, Escravo?

É seu professor, vestido de túnica, com óculos fundo de garrafa, turbante e usando uma barba enorme.

- O futuro. Mil anos no futuro. É onde quero estar... – murmura apertando o pedaço de quartzo.

As ruas luminescentes ofuscam sua visão no entardecer. Não vê um carro sequer, apenas pessoas estranhamente vestidas, com uma espécie de mochila nas costas.

Todos o ignoram solenemente.

Derrepente um casal dá as mãos e tocando nas mochilas, levanta vôo.

- Ai merda...

Antigravidade.

Com medo, Afonso olha para o céu. Centenas de milhares de pessoas flutuam no ar.

Escuta um discreto pigarro e quando se vira, vê um homem de semblante pacífico. Ele lhe dirige a palavra calmamente.

- Essa não é uma brincadeira saudável. A escravidão foi abolida a quinhentos anos. Volte para sua instituição de conhecimento.

- Mi - minha roupa...

O homem sorri.

- Sei... Trote de começo de temporada, não é?

Ele aponta um tipo de tubo e o ar em volta de Afonso parece vibrar.

Os andrajos que o jovem veste se alongam e mudam de cor. Vira uma túnica negra, leve como o ar.

Aquele equipamento é um transmutador de matéria, mas o rapaz não tem como saber no momento.

Um portão atrás dele se abre no nada.

- Entre. – sorri o homem levantando vôo em seguida.

Embasbacado, Afonso entra, e em uma praça arborizada, uma centena de jovens escutam um homem simpático de barba muito bem aparada, conversar sobre a “história do mundo”.

- “Acho que isto é um tipo de escola...”.

O portal se fecha as suas costas.

Por semanas fica naquela instituição, onde estuda várias matérias de uma maneira que só existiu na Grécia Clássica: Os Peripatéticos.

Longas caminhadas, por bosques e alamedas arborizadas, sem necessidade de provas ou trabalhos escolares.

O conhecimento é livre para ser conquistado. Quem tem aptidão por artes, pratica artes. Gosta de línguas? Lê e escreve.

Matemática? Aplica-se nas exatas e seus desdobramentos.

Afonso poderia viver o resto da vida naquele mundo, não fosse à saudade.

Saudade de seus pais.

Naquela época, o conceito de família é inexistente. As crianças são separadas de seus pais ao nascer, e nem se conhecem, sendo criadas pelo Estado até a maioridade com quatorze anos.

Em uma aula de “História do Mundo” (que se obriga a assistir apesar de achar muito chato), descobre finalmente o ponto de ruptura na História: A execução do rei de Lagash, Lugalzaggisi, pelo senhor de toda a Mesopotâmia, Ur-Nammu, pelo crime de tramar o assassinato do rei de Ur utilizando um escravo.

O novo Vizir, Sargão, insiste que o soberano deve anexar os fracos países vizinhos, causando uma série de acontecimentos que culminaram, milênios depois, em uma Europa muçulmana.

O Brasil foi descoberto pelos árabes mulçumanos, em 5500, pois estes dominavam a península ibérica e o país que deveria ser Portugal.

Assim sendo, Afonso faz um pedido:

- Quero que a realidade volte a ser como eu conheci!

Fecha os olhos e aperta o fragmento de quartzo com toda a força.

Quando abre os olhos, descobre decepcionado, que está no mesmo lugar.

Dois estudantes veteranos que passam próximo caçoam maldosamente:

- Pedindo para Alah entendimento da matéria novato?

O rapaz sorri um tanto confuso.

- “Talvez a realidade seja grande demais para ser mudada só por este pedaço da pedra mágica...”.

Sabe o que precisa fazer.

- “Quero voltar escondido para a Suméria, no momento em que a pedra se parte!”.

O ar livre de impurezas do futuro alternativo dá lugar ao cheiro acre de suor humano de Ur-Nammu, na cidade de Ur. Suméria.

Ele aparece atrás de uma pesada cortina, onde ainda escuta sua própria voz gritar:

- Não!

Afasta a cortina e vê a si próprio vestido de frangalhos e dando um salto mortal.

Um soldado atira um dardo que por pouco não o acerta.

Vários outros guerreiros atiram suas armas.

Afonso aperta o fragmento do quartzo, murmura algo e some no ar, para espanto dos Sumérios.

Após ficar aturdido por alguns momentos, o rei Ur-Nammu aponta para seu vizir Lugalzaggisi e grita com os soldados.

O nobre é imobilizado e log trazem um machado de cobre para executá-lo.

- “É agora!” – pensa Afonso.

Sai detrás da cortina passando pelos súditos e soldados mais perplexos ainda.

Dando um salto mortal e emendando com uma estrela , agarra a outra metade do quartzo mágico.

Junta as duas partes.

O soldado corre em sua direção com o machado em punho.

- “Eu desejo... Eu desejo estar no museu antes do cetro ser derrubado!”

O quartzo brilha intensamente, voltando a ser uma peça una.

O rapaz boceja alto.

Os outros alunos da excursão o olham. Alguns soltam risadinhas e os cdf´s franzem a testa.

- Entediado, senhor Afonso? – pergunta o professor sarcasticamente.

O rosto do jovem enrubesce ao notar todos os olhares sobre si.

- “Professor filadaputa!”. Tinha me esquecido disso! – pensa.

Logo em seguida responde em voz alta:

- Nada professor... Eu gosto “muuuuuito” de museu!

Todos os alunos do 8º caem na gargalhada.

Continua a caminhada pelo museu, observando a mostra “O Mundo Antigo”.

Sabe que a qualquer momento vai começar uma briga entre o Carlinhos e o Klebson.

Simone, a menina mais bonita da sala, para ao lado de Carlinhos.

- Me dá um chiclete?

O garoto amarelado e cheio de espinhas abre um sorrisão. Enfia a mão no bolso da calça jeans de mercado e tira um punhado de Bubballo´s.

Ela pega um com recheio de morango.

- Brigadinha!

Carlinhos está no céu. O sorriso morre em seu rosto ao notar que Klebson vem como uma jamanta em sua direção.

- Cê tá loco de mexê com minha mina?

O jovem franzino dá um passo atrás. Klebson é o valentão da sala.

Quase um palmo mais alto que os outros alunos, acredita seriamente que é namorado da Simone.

- De - Desculpa Kleb´s! Não me bate!

Agora é a hora. Avançando entre os dois Afonso dá um empurrão em Klebson.

- Você é louco? Tá querendo morrer? – ruge o valentão.

- Tenta a sorte babaca! – responde o moreno friamente.

Mal o valentão levanta a mão e leva um martelo bem aplicado na cara.

Cai estatelado no chão. Os outros alunos vibram de alegria, pois não havia um que já não tivesse sido constrangido por Klebson.

Provavelmente a encrenca acabaria ali, mas Carlinhos dá mais um passo para trás esbarrando no pedestal onde está exposto um cetro de ouro Sumério.

Engastada no alto do cetro, um quartzo branco em forma de ovo, que se solta indo rumo ao chão.

- Ah não! De novo não!

Agindo por reflexo, Afonso salta e consegue agarrar o mineral.

O cetro de ouro maciço cai com estrondo no piso. Todo o movimento do museu pára.

Quinhentas pessoas o olham ao mesmo tempo.

O professor vem correndo em sua direção, furioso.

Olhando casualmente para a inscrição na base do suporte Afonso lê:

- [Cetro cerimonial Sumério aproximadamente 5.000 A.C]

Carlinhos se afasta discretamente deixando a bomba estourar nas mãos do rapaz moreno.

Klebson está caído no piso, desmaiado.

- O-Quê-Vo-cê-Fez?

Com o quartzo nas mãos, Afonso sorri e murmura:

- Bem que eu podia estar a mil anos no futuro...

Fim.

Humberto Lima
Enviado por Humberto Lima em 12/03/2008
Código do texto: T898641
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