O cavaleiro solitário (Capítulo 01)
Capítulo 01: O cavaleiro misterioso
Ele que havia se negado a lutar por alguns anos e passado a viver numa região calma, plantando e colhendo o fruto de seu trabalho, era chamado forçosamente a uma batalha. Foi quando ele viu uma flecha, com a lâmina da ponta banhada em veneno, atravessar o peito da mulher que amava.
Num movimento muito rápido, tal qual era antes, derrubou o cavaleiro arrancando-lhe uma pequena espada da bainha. Atravessou-lhe o peito e num movimento extremamente preciso, lançou a espada, girando, na cabeça do arqueiro que disparara a flecha.
Os outros três cavaleiros, que até então estavam bem calmos, prepararam-se para batalhar. Mas ele apenas levantou-se, já portando uma outra espada, com um brilho bem diferente das espadas dos cavaleiros, e disse:
– Se querem tanto assim morrer, porque ainda estão parados?
Era uma lâmina muito afiada, produzida a partir de um metal muito raro e resistente conhecido como adamantium. Tinha um brilho forte, que intimidava os adversários. Era a espada que ele herdara de seu mestre, que viu morrer.
– Vamos! Venham!
Dois cavaleiros partiram em sua direção, ganhando velocidade, enquanto o terceiro mirava uma flecha também banhada em veneno. Ele esperou, muito concentrado, até aproximarem-se. Esquivou-se do ataque de um cavaleiro e ao mesmo tempo acertou o braço do outro, posicionando-se fora da mira do arqueiro. O cavaleiro que fora ferido no braço já estava fora de combate, tornando-se alvo fácil.
O outro cavaleiro voltou-se ao adversário e já o via atravessando a espada em meio ao tórax de seu companheiro. Tomado por fúria, partiu em sua direção, mirando o tórax e forçando o adversário a defender-se. No choque, a espada do cavaleiro foi cortada e a lâmina de seu adversário atingiu seu corpo no lado esquerdo, um pouco abaixo do peito. Caiu imediatamente, sangrando muito. Sentiu a morte aproximar-se junto dos passos de seu inimigo, mas não o via. Já havia preparado-se para morrer, quando escutou um som cortando o ar e sentiu um liquido quente escorrendo em por sua cabeça.
Abriu os olhos vagarosamente, com o rosto todo ensangüentado, e viu seu adversário caído com uma flecha atravessada na cabeça. Assustado, perguntou:
– O que aconteceu.
– Ele esqueceu-se de mim e baixou a guarda. Falou o arqueiro enquanto tirava o elmo.
Até então, um soldado desconhecido escondido sob uma armadura. E que após retirar o elmo, revelou-se uma bela mulher de longos cabelos negros, pele branca, olhos claros e algumas sardas.
– Vamos embora, este era o último foragido que precisávamos capturar, vivo ou morto.
E seguiram de volta para o castelo.
Fernando Oliveira Makert - Mackertt
PS.: Gostei muito deste conto, apesar de estar confuso num ponto. Ainda farei revisões nele e passarei para o próximo capítulo.