Eu para Ti (com todo o meu amor)
Queria-te inteiro, com todas as forças de meu ser. Queria-te nú de vaidades e defeitos ou até mesmo tuas qualidades. Queria-te como nunca quiz ninguém mais. E assim fosse. Queria-te despido em meu olhar, acariciado em minhas palavras e vestido de sentimentos.
Queria-te como quem quer a si mesmo um pouco mais. Um pouco além. Como quem deseja um ímpeto súbito de magia em sua vida. Algo de estupendo e esplendoroso. Como se isto pudesse sobrepor o dia-a-dia das futilidades e rotinas domésticas.
Desejar-te-ia como quem jamais te ousou desejar, de tal forma e intensidade.
Por ti roubaria as estrelas do céu e além, mesmo o infinito e todas as galáxias nele existentes, eu te daria. Se for algum crime te amar tanto assim, que prendam-me. Mas prendam-me e não me afastem deste sonho de te ter, em minha vida para sempre.
Se quiseres o mar e cada gota de água salgada de todos os oceanos existentes, eu farei possível e impossível para, num lindo embrulho de laço relusente, presentear-te em teu aniversário. Mas, se mesmo assim, satisfeito não ficares, darte-ei todo o meu coração, órgãos, pele e osso, para que saibam que todas minhas células te pertencem; já não são mais minhas. Nem eu mesma sou dona de mim. Tu me roubaste um olhar, um pensamento. Logo em seguida, persististe em querer-me em tua vida. E assim, deixei-me seduzir. Entreguei-me à ti como quem se entrega aos sonhos, aos ideais.
Aqui, pedaço de mim, tento escrever-te com o que sobra de mim à mim, que ainda não te foi ofertado. E no fim, quando não mais existir, posso ser tua. E de mais ninguém. Porque mesmo morta ainda te amarei. E morta não estarei se viva estiver em ti.