ERA UMA VEZ DOIS IRMÃOS MUITO CURIOSOS, JOSELITO E JOSEFINA, QUE VIVIAM EM UMA PEQUENA VILA CERCADA POR COLINAS VERDEJANTES. DESDE PEQUENOS, ELES OUVIAM HISTÓRIAS SOBRE O POTE DE OURO ESCONDIDO NO FIM DO ARCO-ÍRIS, DEIXADO ALI PELOS DUENDES QUE O ROUBARAM DO REI MIDAS, O HOMEM MAIS AFORTUNADO DO MUNDO. FASCINADOS POR ESSA LENDA, OS DOIS DECIDIRAM QUE UM DIA SEGUIRIAM O ARCO-ÍRIS ATÉ O FIM, ENFRENTANDO QUALQUER DESAFIO PARA ENCONTRAR O PRECIOSO TESOURO.
UMA MANHÃ, APÓS UMA BREVE CHUVA QUE TROUXE UM LINDO ARCO-ÍRIS AO CÉU, JOSELITO GRITOU EMPOLGADO:
— JOSEFINA! É HOJE! VAMOS SEGUIR O ARCO-ÍRIS!
— VOCÊ TEM CERTEZA? — PERGUNTOU JOSEFINA, COM OS OLHOS BRILHANDO DE EMPOLGAÇÃO.
— ABSOLUTA! PEGUE SUA MOCHILA. VAMOS PRECISAR DE CORAGEM E INTELIGÊNCIA!
A PRIMEIRA AVENTURA: O CAMPO DE NEBLINA
OS IRMÃOS PARTIRAM IMEDIATAMENTE. CAMINHARAM ATÉ QUE CHEGARAM A UM CAMPO COBERTO POR UMA NEBLINA ESPESSA QUE PARECIA MÁGICA, TORNANDO DIFÍCIL ENXERGAR O CAMINHO.
— ESTE É O PRIMEIRO TESTE! — DISSE JOSELITO, TENTANDO SOAR CONFIANTE.
NO MEIO DA NÉVOA, OUVIRAM UMA VOZ GRAVE:
— QUEM OUSA CAMINHAR PELO MEU CAMPO?
ERA UM GIGANTE DE PEDRA, QUE BLOQUEAVA O CAMINHO. ELE TINHA OLHOS BRILHANTES COMO RUBIS E VOZ TROVEJANTE.
— RESOLVAM MEU ENIGMA E EU OS DEIXAREI PASSAR. SE ERRAREM, FICARÃO PRESOS NA NEBLINA PARA SEMPRE!
O GIGANTE PERGUNTOU:
— TENHO CIDADES, MAS NENHUMA CASA. TENHO RIOS, MAS NENHUMA ÁGUA. QUEM SOU EU?
JOSELITO E JOSEFINA PENSARAM MUITO, ATÉ QUE JOSEFINA DEU UM SORRISO.
— É UM MAPA! — RESPONDEU ELA.
O GIGANTE FICOU SURPRESO E DEU UMA RISADA PROFUNDA.
— MUITO BEM, CRIANÇAS. VOCÊS PODEM SEGUIR.
A SEGUNDA AVENTURA: O RIO DA MELODIA
LOGO APÓS SAÍREM DO CAMPO, OS IRMÃOS ENCONTRARAM UM RIO LARGO E BRILHANTE. PARA ATRAVESSÁ-LO, HAVIA UM BARQUEIRO COM UM VIOLINO.
— PARA CRUZAR MEU RIO, VOCÊS DEVEM CANTAR COMIGO! — DISSE O BARQUEIRO.
MAS HAVIA UM PROBLEMA: O RIO ENCANTADO FAZIA QUEM CANTASSE DESAFINAR. JOSELITO TENTOU CANTAR, MAS O SOM QUE SAIU FOI HORRÍVEL! JOSEFINA TENTOU, MAS A VOZ DELA PARECIA A DE UM SAPO.
LEMBRANDO-SE DE QUE O BARQUEIRO TOCAVA VIOLINO, JOSEFINA TEVE UMA IDEIA.
— E SE DANÇARMOS EM VEZ DE CANTAR? — PERGUNTOU ELA.
O BARQUEIRO RIU, SURPRESO PELA CRIATIVIDADE.
— VOCÊS TÊM ESPÍRITO AVENTUREIRO! VAMOS TENTAR.
OS IRMÃOS COMEÇARAM A DANÇAR AO RITMO DA MELODIA, E O BARQUEIRO FICOU TÃO ENCANTADO QUE OS LEVOU AO OUTRO LADO DO RIO SEM HESITAR.
A ÚLTIMA AVENTURA: O GUARDIÃO DO OURO
FINALMENTE, DEPOIS DE MUITO CAMINHAR, JOSELITO E JOSEFINA CHEGARAM AO FIM DO ARCO-ÍRIS, ONDE O POTE DE OURO RELUZIA. MAS ELE NÃO ESTAVA SOZINHO. UM PEQUENO DUENDE DE CHAPÉU PONTUDO E ROUPAS VERDES ESTAVA SENTADO EM CIMA DO POTE, SEGURANDO UM CAJADO.
— QUEM OUSA TOMAR O TESOURO DOS DUENDES? — PERGUNTOU ELE, DESCONFIADO.
JOSELITO DEU UM PASSO À FRENTE.
— NÃO QUEREMOS ROUBAR! SÓ QUEREMOS PROVAR QUE SOMOS CORAJOSOS E PODEMOS SUPERAR OS DESAFIOS.
O DUENDE COÇOU O QUEIXO, PENSATIVO.
— CORAJOSOS VOCÊS SÃO, DE FATO. VAMOS FAZER UM ACORDO.
ELE ENTREGOU UMA MOEDA DOURADA PARA CADA UM DOS IRMÃOS.
— ESSAS MOEDAS TÊM UM PODER ESPECIAL. SEMPRE QUE VOCÊS SE AJUDAREM E FOREM BONDOSOS COM OS OUTROS, ELAS BRILHARÃO. ISSO VALE MAIS QUE TODO O OURO DO POTE!
JOSELITO E JOSEFINA AGRADECERAM E VOLTARAM PARA CASA COM SEUS CORAÇÕES CHEIOS DE ALEGRIA. NUNCA MAIS VIRAM O ARCO-ÍRIS, MAS SEMPRE QUE AJUDAVAM ALGUÉM, AS MOEDAS BRILHAVAM, LEMBRANDO-OS DE QUE O VERDADEIRO TESOURO ERA SUA CORAGEM E BONDADE.