ERA UMA VEZ, NUMA FLORESTA VERDEJANTE E CHEIA DE VIDA, UMA PEQUENA DONINHA CHAMADA DIDI. ELA ERA CONHECIDA POR SER MUITO CURIOSA, MAS TAMBÉM POR SER UM POUQUINHO... PALERMA. SIM, DIDI SEMPRE SE METIA EM CONFUSÕES ENGRAÇADAS POR CAUSA DE SUA DISTRAÇÃO. ELA ERA MUITO BONDOSA E QUERIA SER AMIGA DE TODOS, MAS ÀS VEZES ACABAVA TROPEÇANDO NAS PRÓPRIAS PATAS OU SE PERDENDO NO MEIO DAS HISTÓRIAS QUE CONTAVA.

 

UM BELO DIA DE SOL, DIDI DECIDIU QUE QUERIA DESCOBRIR COMO ERA O TOPO DA GRANDE COLINA DOURADA, A MAIOR COLINA DA FLORESTA. ELA JÁ OUVIRA MUITAS HISTÓRIAS SOBRE A VISTA ESPETACULAR DE LÁ DE CIMA, ONDE ERA POSSÍVEL VER O RIO, AS ÁRVORES MAIS ALTAS E ATÉ O ARCO-ÍRIS DEPOIS DAS CHUVAS.

 

— HOJE É O MEU DIA! — EXCLAMOU DIDI, EMPOLGADA.

 

ELA PEGOU SUA MOCHILA COM LANCHES E UMA GARRAFINHA D’ÁGUA E PARTIU. PELO CAMINHO, DIDI ENCONTROU VÁRIOS AMIGOS: O ESQUILO SAM, A CORUJA OLGA E ATÉ O TÍMIDO SAPO ZECA.

 

— PARA ONDE VOCÊ ESTÁ INDO, DIDI? — PERGUNTOU SAM, CURIOSO.

 

— ESTOU INDO PARA O TOPO DA GRANDE COLINA DOURADA! — RESPONDEU ELA, COM OS OLHOS BRILHANDO DE ENTUSIASMO.

 

SAM OLHOU PARA ELA COM UM SORRISO DIVERTIDO. — CUIDADO PARA NÃO SE PERDER NO CAMINHO, HEIN?

 

DIDI DEU UMA RISADA E RESPONDEU: — PODE DEIXAR, SAM! HOJE NÃO TEM ERRO!

 

E LÁ FOI ELA. DIDI CAMINHOU, CAMINHOU, E CAMINHOU MAIS UM POUCO. A CADA PASSO, ELA PARAVA PARA OLHAR AS FLORES, CHEIRAR O AR FRESCO E ESCUTAR OS PASSARINHOS CANTANDO. MAS, COMO SEMPRE, SUA CURIOSIDADE ATRAPALHAVA SEU SENSO DE DIREÇÃO. EM VEZ DE SEGUIR EM FRENTE, ELA COMEÇOU A FAZER CURVAS E MAIS CURVAS, ATÉ PERCEBER QUE ESTAVA PERDIDA.

 

— OPA! — DISSE DIDI, COÇANDO A CABEÇA. — ACHO QUE ESSA NÃO É A GRANDE COLINA DOURADA...

 

ELA OLHOU AO REDOR E VIU UM CAMPO DE MARGARIDAS. ERA LINDO, MAS DEFINITIVAMENTE NÃO ERA AONDE QUERIA CHEGAR. DIDI RESOLVEU SEGUIR EM FRENTE, TENTANDO SE LEMBRAR DAS DICAS QUE SEUS AMIGOS TINHAM DADO SOBRE COMO SUBIR A COLINA. PORÉM, NO CAMINHO, ENCONTROU UMA TARTARUGA VELHA E SÁBIA CHAMADA DONA MATILDE.

 

— O QUE FAZ AQUI, PEQUENA DONINHA? — PERGUNTOU DONA MATILDE, COM SUA VOZ CALMA E ARRASTADA.

 

— ESTOU TENTANDO CHEGAR AO TOPO DA GRANDE COLINA DOURADA! — RESPONDEU DIDI, UM POUCO ENVERGONHADA POR ESTAR PERDIDA.

 

DONA MATILDE SORRIU. — AH, VEJO QUE SUA CURIOSIDADE TE DESVIOU DO CAMINHO, COMO SEMPRE. MAS NÃO SE PREOCUPE. ÀS VEZES, OS CAMINHOS ERRADOS TAMBÉM TRAZEM BELAS SURPRESAS.

 

DIDI PENSOU POR UM MOMENTO E SORRIU. TALVEZ DONA MATILDE ESTIVESSE CERTA! ELA TINHA VISTO TANTAS FLORES, OUVIDO PÁSSAROS QUE NUNCA TINHA NOTADO ANTES, E ATÉ FEITO NOVOS AMIGOS NO CAMINHO. MESMO PERDIDA, A JORNADA ESTAVA SENDO CHEIA DE DESCOBERTAS.

 

COM A AJUDA DA SÁBIA TARTARUGA, DIDI FINALMENTE ENCONTROU O CAMINHO CERTO PARA A GRANDE COLINA DOURADA. QUANDO CHEGOU AO TOPO, FICOU MARAVILHADA COM A VISTA. O SOL ESTAVA SE PONDO, PINTANDO O CÉU DE LARANJA, ROSA E DOURADO. ELA SENTIU UMA PAZ TÃO GRANDE QUE ESQUECEU TODAS AS TRAPALHADAS DO CAMINHO.

 

— UAU! — SUSPIROU DIDI. — VALEU A PENA!

 

E ASSIM, DIDI APRENDEU QUE, ÀS VEZES, OS TROPEÇOS FAZEM PARTE DA AVENTURA. MESMO SENDO UM POUCO PALERMA, ELA SE DIVERTIA COM CADA DESCOBERTA, E ISSO FAZIA SUAS AVENTURAS AINDA MAIS ESPECIAIS.

 

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 19/10/2024
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