A forma de Esther

 

Bastava vê-la para surgir inúmeras fantasias...

ele imaginava, e mais do que isso, invertia a noite pelo dia

queria trazê-la para dentro do seu mundo, pois consumido estava por um desejo profundo

Ah! ele se perguntava, como pode essa mulher me seduzir tanto, e ainda se chamar Esther?

 

A Esther era uma pequena forma numa mulher, o desequilíbrio entre o que se vê e o que se quer

aqueles olhos serenos, aquela boca desenhada, aquele sorriso adolescente, mas indecente...

na sua imaginação ela sempre surgia adornada, com o cabelo descolorido, na tonalidade de júpiter 

Ah! ele se perguntava, como pode essa mulher me seduzir tanto, e ainda se chamar Esther?

 

Ele visitava os pensamentos dela, a sua vaidade, e imaginava aquele corpo refletido no espelho...

vez por outra abria a janela do quarto em busca do luar,  bela bola de cristal para ver essa mulher

se não a encontrava num lugar qualquer,  ora no sol, ora na lua, ora malmequer, ora bem-me-quer...

ele se perguntava, como pode essa mulher me seduzir tanto, e ainda se chamar Esther?

 

Humberto de Campos

      Escritor e Poeta

@humbertodecampos11

Humberto de Campos
Enviado por Humberto de Campos em 17/10/2024
Reeditado em 17/12/2024
Código do texto: T8176044
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