ERA UMA VEZ, NUMA PEQUENA VILA NO MEIO DE UM VALE FLORIDO, UM VELHINHO CHAMADO ZÉ EINSTEIN. O NOME PARECIA DE UM GRANDE CIENTISTA, MAS ZÉ EINSTEIN ERA COMPLETAMENTE DIFERENTE. ELE VIVIA DISTRAÍDO, INVENTANDO COISAS ESTRANHAS, COMO MÁQUINAS QUE NÃO FAZIAM NADA E BRINQUEDOS QUE FUNCIONAVAM AO CONTRÁRIO. TODA A CRIANÇADA ADORAVA VISITAR A CASINHA DELE, QUE MAIS PARECIA UMA FÁBRICA DE IDEIAS MALUCAS!

 

UM DIA, ZÉ EINSTEIN DECIDIU DAR UM PASSEIO ATÉ A FLORESTA QUE FICAVA PERTO DO VILAREJO. CAMINHANDO ENTRE AS ÁRVORES, ELE ENCONTROU UMA SENHORA MUITO ESTRANHA, COM UM CHAPÉU PONTUDO, VESTIDA DE PRETO, E UM SORRISO QUE PARECIA UM POUCO... MISTERIOSO. ELA ESTAVA SENTADA NUMA PEDRA, MEXENDO UMA GRANDE CHALEIRA FUMEGANTE.

 

— OLÁ, SENHOR ZÉ EINSTEIN! — DISSE ELA COM UMA VOZ FINA. — GOSTARIA DE UM CHÁ ESPECIAL?

 

ZÉ EINSTEIN, CURIOSO COMO SEMPRE, ACHOU QUE UM CHAZINHO CAIRIA BEM. SEM PENSAR DUAS VEZES, ACEITOU A XÍCARA DE CHÁ QUE A SENHORA OFERECEU. MAS, ASSIM QUE TOMOU O PRIMEIRO GOLE... ALGO MUITO ESTRANHO ACONTECEU!

 

OS OLHOS DO ZÉ EINSTEIN BRILHARAM COMO VAGALUMES, E ELE COMEÇOU A DAR GARGALHADAS TÃO ALTAS QUE ATÉ OS PASSARINHOS VOARAM DE SUSTO. DE REPENTE, ZÉ EINSTEIN NÃO ERA MAIS O MESMO. ELE COMEÇOU A SE COMPORTAR DE MANEIRA COMPLETAMENTE MALUCA!

 

— UÉ, ZÉ EINSTEIN, POR QUE ESTÁ SUBINDO NA ÁRVORE? — PERGUNTOU UMA CRIANÇA, ASSUSTADA.

 

— VOU PLANTAR BALÕES NAS NUVENS! — RESPONDEU ELE, COM UM SORRISO ENORME. E LÁ FOI ELE, TENTANDO AMARRAR BALÕES NAS FOLHAS MAIS ALTAS, ACHANDO QUE PODERIA FAZER AS NUVENS VOAREM PARA O VILAREJO.

 

NO DIA SEGUINTE, ZÉ EINSTEIN ESTAVA ANDANDO DE COSTAS PELA PRAÇA, ACHANDO QUE ASSIM CHEGARIA MAIS RÁPIDO AO DESTINO. DEPOIS, FOI VISTO TENTANDO CONSTRUIR UMA PONTE QUE IA DO GALINHEIRO DA DONA RITA ATÉ O LAGO, "PARA AS GALINHAS PODEREM PESCAR PEIXES", DIZIA ELE, TODO ORGULHOSO.

 

AS PESSOAS DA VILA COMEÇARAM A FICAR PREOCUPADAS. O VELHINHO, QUE JÁ ERA UM TANTO MALUCO, AGORA PARECIA COMPLETAMENTE FORA DE CONTROLE! TODOS COMEÇARAM A SE PERGUNTAR O QUE HAVIA ACONTECIDO COM O QUERIDO ZÉ EINSTEIN. E A RESPOSTA VEIO DE UMA CRIANÇA ESPERTA, A PEQUENA BIA, QUE VIU A ESTRANHA SENHORA DA FLORESTA ESPIANDO DE LONGE E LOGO ENTENDEU O QUE ESTAVA ACONTECENDO.

 

— ACHO QUE AQUELE CHÁ ERA ENCANTADO! — DISSE BIA, PISCANDO OS OLHOS. — PRECISAMOS ENCONTRAR A SENHORA E PEDIR PARA DESFAZER A MAGIA.

 

E LÁ FORAM AS CRIANÇAS DA VILA, LIDERADAS POR BIA, ATRÁS DA MISTERIOSA SENHORA. ELES PROCURARAM POR TODOS OS CANTOS DA FLORESTA ATÉ ENCONTRÁ-LA DE NOVO, MEXENDO SUA CHALEIRA BORBULHANTE.

 

— SENHORA! — GRITOU BIA, CORAJOSA. — O CHÁ QUE O ZÉ EINSTEIN TOMOU O DEIXOU COMPLETAMENTE MALUCO! PODE DESFAZER O ENCANTO, POR FAVOR?

 

A SENHORA, QUE NA VERDADE ERA UMA BRUXA DE BOM CORAÇÃO (MAS QUE ADORAVA UMA TRAVESSURA), DEU UMA RISADINHA:

 

— AH, CRIANÇAS ESPERTAS! EU SÓ QUERIA TRAZER UM POUCO MAIS DE DIVERSÃO AO VILAREJO. MAS SE ELE ESTÁ CAUSANDO TANTOS PROBLEMAS, ACHO QUE POSSO AJUDÁ-LOS.

 

A BRUXA MEXEU MAIS UMA VEZ SUA CHALEIRA E ENTREGOU A BIA UM FRASQUINHO COM UM LÍQUIDO BRILHANTE.

 

— COLOQUEM UMA GOTINHA NO PRÓXIMO CHÁ DELE, E TUDO VOLTARÁ AO NORMAL.

 

DE VOLTA AO VILAREJO, AS CRIANÇAS DERAM UM JEITO DE PREPARAR O CHÁ DE ZÉ EINSTEIN E, SEM ELE PERCEBER, PINGARAM UMA GOTINHA DO LÍQUIDO MÁGICO NA XÍCARA. ASSIM QUE ZÉ TOMOU O ÚLTIMO GOLE, OS OLHOS PARARAM DE BRILHAR E ELE VOLTOU AO NORMAL, EMBORA AINDA SORRISSE UM POUQUINHO, LEMBRANDO-SE DAS SUAS AVENTURAS MALUCAS.

 

— O QUE ACONTECEU? — PERGUNTOU ELE, CONFUSO, OLHANDO PARA O GALINHEIRO COM A PONTE INACABADA.

 

TODOS RIRAM, MAS DESSA VEZ, ALIVIADOS. ZÉ EINSTEIN CONTINUOU SENDO O INVENTOR ENGRAÇADO QUE TODOS AMAVAM, MAS NUNCA MAIS ACEITOU CHÁ DE ESTRANHOS NA FLORESTA.

 

E ASSIM, O VILAREJO VOLTOU À PAZ, COM UMA PEQUENA LIÇÃO PARA TODOS: NEM TODO CHÁ É SÓ CHÁ!

 

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 23/09/2024
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