ERA UMA VEZ UMA ELFA CHAMADA LYRA, QUE VIVIA EM UMA LINDA CLAREIRA CERCADA POR FLORES CINTILANTES E ÁRVORES QUE SUSSURRAVAM SEGREDOS AO VENTO. CERTO DIA, ENQUANTO EXPLORAVA A FLORESTA DOS DUENDES, ELA ENCONTROU ALGO CURIOSO EM UMA LOJA MÁGICA: UMA PEQUENA GARRAFA DE VIDRO, COM UM DUENDE TRAVESSO PRESO DENTRO.

 

O DONO DA LOJA GARANTIU A LYRA QUE O DUENDE, CHAMADO PIPKIN, ERA INOFENSIVO, MAS GOSTAVA DE PREGAR PEÇAS. "ELE FOI CAPTURADO ENQUANTO TENTAVA ROUBAR UM POTE DE OURO DE UM VELHO CARVALHO ENCANTADO", CONTOU O LOJISTA COM UM SORRISO MISTERIOSO. LYRA, INTRIGADA, RESOLVEU COMPRAR A GARRAFINHA COM O DUENDE E LEVAR PIPKIN PARA SUA CLAREIRA.

 

DESDE QUE TROUXE O PEQUENO DUENDE PARA CASA, COISAS ESTRANHAS COMEÇARAM A ACONTECER. NO COMEÇO, ERAM PEQUENOS VULTOS QUE CORRIAM PELO SEU QUARTO À NOITE, SEGUIDOS DE RISADINHAS ABAFADAS. DEPOIS, OBJETOS DESAPARECIAM E REAPARECIAM SEM EXPLICAÇÃO — O COLAR QUE ELA TINHA DEIXADO NA MESA DO LADO DA CAMA, POR EXEMPLO, SUMIA E, DE REPENTE, ESTAVA EM CIMA DE UMA FOLHA NA FLORESTA.

 

CERTA VEZ, LYRA VIU FUMAÇAS MARRONS QUE RODOPIAVAM PELA MATA, COMO SE O VENTO ESTIVESSE BRINCANDO COM ELAS. FLASHES DE LUZES COLORIDAS PISCAVAM ENTRE AS ÁRVORES E, UMA NOITE, UMA LUZ BRANCA BRILHANTE SURGIU BEM EM FRENTE À SUA JANELA, ILUMINANDO TODO O QUARTO. "O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?", ELA SE PERGUNTAVA, DESCONFIADA DE PIPKIN, QUE SEMPRE PARECIA SORRIR INOCENTEMENTE DENTRO DA GARRAFINHA.

 

FOI ENTÃO QUE, UMA TARDE, LYRA DECIDIU SEGUIR OS RASTROS DOS FLASHES DE LUZ PELA FLORESTA. AS LUZES A LEVARAM ATÉ UMA GRANDE ÁRVORE COM UM TRONCO LARGO E ANTIGO. AO OLHAR MAIS DE PERTO, LYRA VIU QUE HAVIA UMA ABERTURA SECRETA NO TRONCO. CURIOSA, ESPIOU LÁ DENTRO E ENCONTROU UM POTE DE MOEDAS DE OURO RELUZENTES! MAS ANTES QUE ELA PUDESSE TOCÁ-LO, OUVIU UMA RISADINHA FAMILIAR.

 

"AHÁ! ENTÃO É ISSO QUE VOCÊ ESTAVA TRAMANDO, PIPKIN!", EXCLAMOU LYRA. "VOCÊ QUERIA PEGAR O OURO ESCONDIDO NA ÁRVORE!"

 

PIPKIN, QUE AGORA SE MATERIALIZAVA FORA DA GARRAFINHA, COMEÇOU A CORRER EM VOLTA DA ÁRVORE, TENTANDO ALCANÇAR O POTE DE OURO. MAS O DUENDE ERA TÃO TRAVESSO E APRESSADO QUE ACABOU TROPEÇANDO NAS PRÓPRIAS BOTAS COBERTAS DE TERRA. ELE ROLOU E, NUM PISCAR DE OLHOS, FOI SUGADO DE VOLTA PARA DENTRO DA GARRAFA MÁGICA.

 

LYRA RIU AO VER A CONFUSÃO. "VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR SAIR DESSA GARRAFA DE NOVO, PIPKIN. E O OURO? ELE ESTÁ MAIS BEM GUARDADO NA ÁRVORE DO QUE EM SUAS MÃOS TRAVESSAS."

 

O DUENDE FICOU PRESO NA GARRAFA PARA SEMPRE, E AS LUZES ESTRANHAS, AS FUMAÇAS E OS VULTOS DESAPARECERAM. AGORA, A CLAREIRA DE LYRA ESTAVA EM PAZ NOVAMENTE, E O TRAVESSO PIPKIN APRENDEU SUA LIÇÃO: ÀS VEZES, TENTAR ROUBAR OURO MÁGICO PODE TER CONSEQUÊNCIAS BEM INESPERADAS.

 

E ASSIM, A FLORESTA DOS DUENDES CONTINUOU A SER UM LUGAR MÁGICO, MAS AGORA, SEM TANTAS TRAVESSURAS PARA ATRAPALHAR A VIDA DOS QUE MORAVAM LÁ.

 

 

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 08/09/2024
Código do texto: T8146986
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.