JANETE ERA UMA MOCINHA DOCE E CORAJOSA, COM LONGOS CABELOS CASTANHOS QUE BRILHAVAM AO SOL COMO AS PENAS DE UM PARDAL. ELA SEMPRE ADOROU EXPLORAR, MAS JAMAIS IMAGINOU QUE UM DIA SE PERDERIA NA SELVA. TUDO COMEÇOU QUANDO JANETE, SUA MÃE, UM LÍDER DE SUA TRIBO INDÍGENA CHAMADO UBIRAJARA, E O PILOTO DE UM PEQUENO AVIÃO ESTAVAM SOBREVOANDO A FLORESTA PARA VISITAR UMA ALDEIA DISTANTE.

 

DE REPENTE, UMA TEMPESTADE FEROZ APARECEU DO NADA. O AVIÃO BALANÇAVA TANTO QUE PARECIA UMA FOLHA AO VENTO. ENTÃO, COM UM FORTE ESTRONDO, O AVIÃO PERDEU ALTITUDE E CAIU NO MEIO DA DENSA FLORESTA. QUANDO JANETE ACORDOU, VIU QUE ESTAVA SOZINHA EM UMA CLAREIRA. A FLORESTA AO REDOR PARECIA UM MAR VERDE SEM FIM.

 

JANETE SE LEVANTOU, LIMPANDO A POEIRA DE SUA SAIA ROSA E AJEITANDO O CABELO TODO DESARRUMADO. COM O CORAÇÃO APERTADO DE PREOCUPAÇÃO, ELA OLHOU AO REDOR, MAS NÃO VIU SUA MÃE. “MÃE! MÃE!” ELA GRITOU, MAS APENAS OS PÁSSAROS COLORIDOS RESPONDERAM COM SEUS CANTOS ALEGRES.

 

DETERMINADO A ENCONTRAR SUA MÃE, JANETE COMEÇOU A CAMINHAR PELA SELVA. ELA SABIA QUE A FLORESTA PODIA SER PERIGOSA, MAS NÃO DEIXOU O MEDO TOMAR CONTA. ENQUANTO CAMINHAVA, ENCONTROU UM PEQUENO MACACO QUE PULOU ALEGREMENTE ENTRE AS ÁRVORES. "OLÁ, SR. MACACO", DISSE JANETE COM UM SORRISO. "VOCÊ VIU MINHA MÃE?"

 

O MACACO, COM OLHOS ESPERTOS, SOLTOU UM SOM AGUDO E APONTOU PARA UMA TRILHA NA MATA COM SUA MÃOZINHA PELUDA. JANETE AGRADECEU AO MACACO E SEGUIU NA DIREÇÃO INDICADA, MAS A TRILHA LOGO DESAPARECEU EM MEIO ÀS ÁRVORES DENSAS.

 

DURANTE OS PRÓXIMOS DIAS, JANETE ENFRENTOU MUITOS DESAFIOS. CERTO DIA, AO TENTAR ATRAVESSAR UM RIACHO, ELA ENCONTROU UMA ONÇA-PINTADA DEITADA AO SOL. COM O CORAÇÃO DISPARADO, JANETE PENSOU EM FUGIR, MAS PERCEBEU QUE A ONÇA PARECIA CANSADA E COM SEDE. COM TODA A CORAGEM, ELA PEGOU UM POUCO DE ÁGUA EM UMA FOLHA GRANDE E LEVOU ATÉ A ONÇA.

 

A ONÇA, GRATA, DEU UM LONGO BOCEJO E SE AFASTOU LENTAMENTE, DEIXANDO JANETE SEGUIR SEU CAMINHO EM SEGURANÇA. CADA ENCONTRO NA FLORESTA FAZIA JANETE SE SENTIR MAIS FORTE E CORAJOSA. ELA APRENDEU A COLHER FRUTAS, BEBER ÁGUA DE FOLHAS E CONSTRUIR PEQUENOS ABRIGOS COM GALHOS E FOLHAS.

 

FORAM 40 DIAS NA FLORESTA, E JANETE NÃO PAROU DE PROCURAR SUA MÃE UM SÓ MOMENTO. CERTA MANHÃ, ENQUANTO SEGUIA UM SOM DE ÁGUA CORRENTE, ENCONTROU UM RIO. AO CHEGAR NA BEIRA, SEU CORAÇÃO QUASE PAROU DE EMOÇÃO: SUA MÃE ESTAVA ALI, DEITADA E FERIDA, MAS VIVA! ELA CORREU ATÉ ELA, SEGURANDO SUAS MÃOS COM FORÇA.

 

"MÃE, EU TE ENCONTREI!", DISSE JANETE, COM LÁGRIMAS DE ALEGRIA NOS OLHOS. SUA MÃE, APESAR DE FRACA, SORRIU E ABRAÇOU JANETE COM TODO O AMOR.

 

MAS A AVENTURA AINDA NÃO TINHA TERMINADO. AS HORAS SE PASSARAM, E JANETE SABIA QUE PRECISAVA DE AJUDA. FOI ENTÃO QUE O SOM DE HELICÓPTEROS COMEÇOU A ECOAR PELA FLORESTA. EM POUCOS MINUTOS, UM HELICÓPTERO APARECEU ACIMA DELAS, E LOGO DEPOIS, CÃES FAREJADORES E MUITOS SOLDADOS E INDÍGENAS SURGIRAM NA MATA.

 

COM OS OLHOS BRILHANDO DE FELICIDADE, JANETE ACENOU PARA ELES. UM DOS MILITARES A RECONHECEU E GRITOU: “ENCONTRAMOS! ENCONTRAMOS AS DUAS!”

 

FOI UMA GRANDE FESTA QUANDO JANETE E SUA MÃE FORAM RESGATADAS. TODOS FICARAM IMPRESSIONADOS COM A CORAGEM E DETERMINAÇÃO DA PEQUENA JANETE. ELA HAVIA SOBREVIVIDO SOZINHA NA FLORESTA, ENFRENTADO PERIGOS E, MAIS IMPORTANTE, NUNCA DESISTIDO DE PROCURAR SUA MÃE.

 

AO FINAL, JANETE E SUA MÃE FORAM LEVADAS DE VOLTA À ALDEIA, ONDE TODOS APLAUDIRAM A JOVEM HEROÍNA. E APESAR DE TUDO, JANETE SABIA QUE A FLORESTA, COM TODOS OS SEUS DESAFIOS, LHE ENSINOU A SER MAIS CORAJOSA E CONFIANTE DO QUE JAMAIS IMAGINOU SER.

 

E ASSIM, JANETE CONTINUOU A VIVER SUAS AVENTURAS, MAS DESSA VEZ, COM A CERTEZA DE QUE, COM CORAGEM E AMOR, TUDO É POSSÍVEL.

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 04/09/2024
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