ERA UMA VEZ UMA MENININHA CHAMADA PINGO DE OURO. SEU NOME VERDADEIRO ERA SOFIA, MAS TODOS A CHAMAVAM ASSIM POR CAUSA DE SEUS LONGOS CABELOS LOIROS, QUE BRILHAVAM COMO OURO AO SOL. PINGO DE OURO ERA UMA GAROTINHA MEIGA E DELICADA, COM OLHOS VERDES QUE PARECIAM DUAS ESMERALDAS BRILHANDO INTENSAMENTE. SEUS CABELOS ESTAVAM SEMPRE AMARRADOS POR LACINHOS COR-DE-ROSA, QUE COMBINAVAM PERFEITAMENTE COM SEU VESTIDINHO ROSA.

 

PINGO DE OURO TINHA UM GRANDE AMIGO, UM COELHINHO BRANCO CHAMADO ALGODÃO. ELE ERA FOFINHO COMO UMA NUVEM E SEMPRE ESTAVA AO LADO DELA. ALGODÃO ERA O CONFIDENTE DE PINGO DE OURO, E OS DOIS PASSAVAM HORAS CONVERSANDO SOBRE AS MAIS DIVERSAS COISAS.

 

PELA MANHÃ, ENQUANTO O SOL NASCIA, PINGO DE OURO SE SENTAVA NA VARANDA DE SUA CASA, E ALGODÃO SE ACOMODAVA AO LADO DELA. COM O ROSTO ILUMINADO PELO SUAVE BRILHO DO SOL, ELA COMEÇAVA A CONVERSAR COM SEU AMIGUINHO.

 

— BOM DIA, ALGODÃO! DORMIU BEM? — PERGUNTAVA PINGO DE OURO, AJEITANDO UM DOS LACINHOS NO CABELO.

 

ALGODÃO, SEMPRE ATENTO, MEXIA AS ORELHAS, COMO SE ESTIVESSE RESPONDENDO. PINGO DE OURO RIA COM A REAÇÃO DELE E CONTINUAVA:

 

— SABE, HOJE VAMOS AO JARDIM DA VOVÓ. TEM TANTAS FLORES LINDAS LÁ! PODEMOS BRINCAR DE ESCONDE-ESCONDE ENTRE AS TULIPAS E AS MARGARIDAS. O QUE VOCÊ ACHA?

 

O COELHINHO SE LEVANTAVA E DAVA PEQUENOS PULINHOS, EXPRESSANDO SUA ALEGRIA. PINGO DE OURO ADORAVA COMO ALGODÃO PARECIA ENTENDER CADA PALAVRA QUE ELA DIZIA.

 

QUANDO CHEGAVAM AO JARDIM DA VOVÓ, ERA UM VERDADEIRO PARAÍSO. FLORES DE TODAS AS CORES E TAMANHOS ENFEITAVAM O LUGAR, E O PERFUME DOCE DAS ROSAS ENCHIA O AR. PINGO DE OURO CORRIA ENTRE OS CANTEIROS, E ALGODÃO A SEGUIA, SALTITANDO COM FELICIDADE.

 

— ALGODÃO, VEJA! — EXCLAMAVA PINGO DE OURO, MOSTRANDO UMA BORBOLETA AMARELA QUE POUSAVA SUAVEMENTE EM UMA FLOR. — ELA É TÃO BONITA, NÃO É? PARECE UMA PEQUENA FADA!

 

ALGODÃO LEVANTAVA A CABECINHA, OBSERVANDO A BORBOLETA COM SEUS OLHINHOS BRILHANTES. ELES FICAVAM ALI, EM SILÊNCIO, ADMIRANDO A BELEZA DA NATUREZA.

 

MAIS TARDE, JÁ CANSADA DE BRINCAR, PINGO DE OURO SE DEITAVA NA GRAMA MACIA, E ALGODÃO SE ANINHAVA AO LADO DELA. O CÉU AZUL ERA UM MAR INFINITO, E AS NUVENS BRANCAS PARECIAM DESENHAR FORMAS ENGRAÇADAS LÁ NO ALTO.

 

— ALGODÃO, VOCÊ ACHA QUE AS NUVENS TÊM VIDA? — PERGUNTAVA PINGO DE OURO, SONHADORA. — TALVEZ ELAS SEJAM COMO NÓS, E FIQUEM BRINCANDO DE FORMAR DESENHOS PARA NOS FAZER SORRIR.

 

O COELHINHO ESFREGAVA O NARIZINHO NO BRAÇO DELA, COMO SE CONCORDASSE. PINGO DE OURO ACARICIAVA O PELO MACIO DE ALGODÃO E SENTIA UMA PAZ IMENSA.

 

— SABE, ALGODÃO, EU ACHO QUE VOCÊ É O MELHOR AMIGO QUE EU PODERIA TER. — SUSSURRAVA PINGO DE OURO, COM UM SORRISO SUAVE. — E SEMPRE QUE ESTOU COM VOCÊ, TUDO PARECE MAIS BONITO.

 

E ASSIM, O DIA PASSAVA SUAVEMENTE, COM PINGO DE OURO E ALGODÃO VIVENDO SUAS AVENTURAS SIMPLES E MÁGICAS NO JARDIM. A MENININHA DE CABELOS LOIROS E LACINHOS COR-DE-ROSA, COM SEU COELHINHO BRANCO, ERAM A DUPLA PERFEITA, UNIDOS POR UMA AMIZADE PURA E VERDADEIRA, QUE ILUMINAVA O CORAÇÃO DE QUEM QUER QUE OS VISSE.

 

AO FINAL DO DIA, QUANDO O SOL COMEÇAVA A SE PÔR E O CÉU SE TINGIA DE TONS ROSADOS E DOURADOS, PINGO DE OURO OLHAVA PARA ALGODÃO E DIZIA:

 

— ACHO QUE O CÉU TAMBÉM QUER SER NOSSO AMIGO, ALGODÃO. OLHA SÓ COMO ELE ESTÁ BONITO HOJE!

 

ALGODÃO, SEMPRE COMPANHEIRO, FECHAVA OS OLHINHOS, SATISFEITO, ENQUANTO PINGO DE OURO, COM SEU CORAÇÃO CHEIO DE FELICIDADE, ADORMECIA ABRAÇADA AO SEU FIEL AMIGO, SONHANDO COM NOVOS DIAS DE BRINCADEIRAS E CONVERSAS, ONDE TUDO ERA DOCE E ENCANTADO COMO UM CONTO DE FADAS.