NAS SOMBRIAS E MISTERIOSAS FLORESTAS DE PELION, ONDE AS ÁRVORES SE ERGUIAM COMO GIGANTES SILENCIOSOS E OS RIACHOS CORRIAM COM ÁGUAS CRISTALINAS, VIVIA UMA BELA CENTAURA CHAMADA HYLONOME. ELA ERA A RAINHA DOS CENTAUROS, UM POVO MEIO HUMANO, MEIO CAVALO, CONHECIDO POR SUA SABEDORIA E FORÇA. HYLONOME TINHA LONGOS CACHOS AMENDOADOS QUE ELA ENFEITAVA COM FLORES DELICADAS, FORMANDO UMA COROA NATURAL QUE BRILHAVA À LUZ DO SOL.

 

HYLONOME ERA JOVEM E CHEIA DE VIDA, COM UM CORAÇÃO TÃO GRANDE QUANTO AS FLORESTAS QUE GOVERNAVA. UM DIA, ENQUANTO PASSEAVA PELOS CAMPOS FLORIDOS, AVISTOU ALGO QUE FEZ SEU CORAÇÃO BATER MAIS FORTE. À SUA FRENTE ESTAVA CYLLAR, UM MAGNÍFICO CENTAURO DE CABELOS LOIROS E MUSCULOSOS. SUA PELE DOURADA BRILHAVA COMO O SOL, E SUAS ROUPAS TAMBÉM REFLETIAM A LUZ, FAZENDO-O PARECER UMA ESTRELA EM PLENA TERRA.

 

CYLLAR, QUE ERA TÃO NOBRE QUANTO FORTE, OLHOU PARA HYLONOME E SORRIU, E NAQUELE INSTANTE, OS DOIS SOUBERAM QUE TINHAM ENCONTRADO ALGO ESPECIAL. ELES SE APAIXONARAM E PASSARAM A VIVER FELIZES NAS FLORESTAS DE PELION, CORRENDO PELOS CAMPOS, SALTANDO SOBRE OS RIACHOS E DANÇANDO SOB A LUZ DAS ESTRELAS.

 

MAS, UM DIA, UMA GRANDE TEMPESTADE CAIU SOBRE A FLORESTA. O VENTO UIVAVA TÃO FORTE QUE AS ÁRVORES SE CURVAVAM E OS RIOS SE AGITAVAM COMO NUNCA. HYLONOME E CYLLAR ESTAVAM EM UMA CLAREIRA, TENTANDO SE PROTEGER, QUANDO OUVIRAM UM SOM ESTRANHO VINDO DE LONGE.

 

— O QUE SERÁ ISSO? — PERGUNTOU CYLLAR, COM SEUS OLHOS BRILHANTES ATENTOS AO HORIZONTE.

 

HYLONOME, SEMPRE CURIOSA E CORAJOSA, DECIDIU INVESTIGAR. ELES CORRERAM PELA FLORESTA ATÉ QUE CHEGARAM A UMA GRANDE CAVERNA, ONDE O SOM PARECIA SER MAIS FORTE. QUANDO ENTRARAM, ENCONTRARAM UM ENORME E VELHO CENTAURO CHAMADO ACRÔMATOS, QUE ESTAVA PRESO SOB UMA GRANDE ROCHA.

 

— POR FAVOR, AJUDEM-ME! — PEDIU ACRÔMATOS COM UMA VOZ FRACA. — EU FUI PRESO AQUI POR UM FEITIÇO ANTIGO, E SÓ A FORÇA DO AMOR VERDADEIRO PODE ME LIBERTAR.

 

SEM HESITAR, CYLLAR E HYLONOME UNIRAM SUAS FORÇAS PARA TENTAR LEVANTAR A ROCHA, MAS ELA ERA PESADA DEMAIS. CYLLAR ENTÃO TEVE UMA IDEIA.

 

— HYLONOME, NOSSO AMOR É FORTE E VERDADEIRO. TALVEZ, SE ACREDITARMOS O SUFICIENTE, CONSEGUIREMOS LIBERTÁ-LO.

 

HYLONOME SORRIU, CONCORDANDO. ELES FECHARAM OS OLHOS E, JUNTOS, CONCENTRARAM TODA A FORÇA DE SEU AMOR NA ROCHA. DE REPENTE, UMA LUZ DOURADA OS ENVOLVEU, E A ROCHA COMEÇOU A SE MOVER, ATÉ QUE FINALMENTE ACRÔMATOS ESTAVA LIVRE.

 

— VOCÊS ME LIBERTARAM! — EXCLAMOU ACRÔMATOS, COM LÁGRIMAS NOS OLHOS. — EM AGRADECIMENTO, EU LHES DAREI UM PRESENTE ESPECIAL.

 

COM UM GESTO DE SUAS MÃOS, ACRÔMATOS CRIOU DUAS COROAS FEITAS DAS ESTRELAS MAIS BRILHANTES DO CÉU. ELE COLOCOU UMA EM HYLONOME E A OUTRA EM CYLLAR.

 

— ESSAS COROAS REPRESENTARÃO O PODER DO AMOR VERDADEIRO — DISSE ACRÔMATOS. — SEMPRE QUE VOCÊS PRECISAREM DE FORÇA, BASTA LEMBRAR DO AMOR QUE OS UNE, E ELE LHES DARÁ PODER PARA ENFRENTAR QUALQUER DESAFIO.

 

A PARTIR DAQUELE DIA, HYLONOME E CYLLAR CONTINUARAM A VIVER FELIZES NA FLORESTA, PROTEGENDO TODOS OS SERES QUE LÁ HABITAVAM. ELES GOVERNARAM COM SABEDORIA E BONDADE, E A LENDA DO AMOR VERDADEIRO DOS DOIS CENTAUROS SE ESPALHOU POR TODAS AS TERRAS, INSPIRANDO OUTROS A ACREDITAREM NA FORÇA DO AMOR.

 

E ASSIM, NAS DENSAS FLORESTAS DE PELION, ONDE O AMOR FLORESCEU E A CORAGEM REINOU, HYLONOME E CYLLAR VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE, GUIADOS PELO BRILHO DAS ESTRELAS E PELO PODER DO CORAÇÃO