ERA UMA VEZ, NA PEQUENA CIDADE DE BRISAS FRESCAS, UMA FAMÍLIA QUE VIVIA EM UMA ACONCHEGANTE CASA NO FIM DA RUA DOS SORRISOS. A FAMÍLIA ERA COMPOSTA POR DONA ISABEL, SEU MARIDO CARLOS E OS FILHOS, PEDRO E SOFIA. EM UM CANTO DA LAVANDERIA, UMA MÁQUINA DE LAVAR VELHA FAZIA PARTE DAQUELA FAMÍLIA HÁ ANOS. APESAR DE ANTIGA, A MÁQUINA NUNCA HAVIA DADO PROBLEMA E ERA MOTIVO DE ORGULHO PARA DONA ISABEL, QUE SEMPRE DIZIA: “ESSA MÁQUINA É TÃO BOA QUE ATÉ PARECE MÁGICA!”

 

CERTO DIA, ENQUANTO DONA ISABEL ESTENDIA AS ROUPAS NO VARAL, SOFIA E PEDRO BRINCAVAM DE ESCONDE-ESCONDE PELA CASA. PEDRO DECIDIU SE ESCONDER NA LAVANDERIA, ATRÁS DA MÁQUINA DE LAVAR. ENQUANTO SE ESCONDIA, ELE PERCEBEU ALGO ESTRANHO: A MÁQUINA COMEÇOU A FAZER BARULHOS ESQUISITOS, COMO SE ESTIVESSE TENTANDO FALAR. ELE SE APROXIMOU E, CURIOSO, COLOCOU O OUVIDO BEM PERTO DA MÁQUINA. OUVIU SUSSURROS QUE PARECIAM DIZER: "AJUDE-NOS, AJUDE-NOS!"

 

PEDRO, COM O CORAÇÃO ACELERADO, CORREU PARA CONTAR À IRMÃ. SOFIA, QUE ADORAVA UMA AVENTURA, NÃO PENSOU DUAS VEZES ANTES DE CORRER PARA A LAVANDERIA PARA CONFERIR. OS DOIS FICARAM ALI, EM SILÊNCIO, ESPERANDO QUE A MÁQUINA FALASSE DE NOVO. DEPOIS DE ALGUNS INSTANTES, ELA COMEÇOU A TREMER E SE MOVER SOZINHA. DE REPENTE, UMAS ASSOMBRAÇÕES TRANSLÚCIDAS E LUMINOSAS EMERGIRAM DA MÁQUINA. ERAM UNS FANTASMAS!

 

OS IRMÃOS RECUARAM, ASSUSTADOS, MAS OS FANTASMAS PARECIAM MAIS ASSUSTADOS DO QUE ELES. COM UMA VOZ SUAVE, ELES DISSERAM: “NÃO TENHAM MEDO, CRIANÇAS.  NÓSSOMOS OS FANTASMAS DA MÁQUINA DE LAVAR. FOMOS APRISIONADOS AQUI HÁ MUITO TEMPO E SÓ QUEREMOS ENCONTRAR O NOSSO CAMINHO DE VOLTA PARA CASA.”

 

SOFIA, COM SUA CORAGEM, PERGUNTOU: “COMO PODEMOS AJUDÁ-LOS?”

 

OS FANTASMAS EXPLICARAM QUE SUAS PRISÕES DENTRO DA MÁQUINA ERA RESULTADO DE UM ANTIGO FEITIÇO LANÇADO POR UM MAGO TRAPACEIRO. PARA QUEBRAR O FEITIÇO, AS CRIANÇAS PRECISAVAM REUNIR TRÊS ITENS MÁGICOS: UMA GOTA DE ORVALHO DO AMANHECER, UM RAIO DE SOL CAPTURADO AO MEIO-DIA E UMA PÉTALA DE FLOR DA LUA CHEIA.

 

DETERMINADOS A AJUDAREM OS FANTASMAS, PEDRO E SOFIA PARTIRAM EM BUSCA DOS ITENS. PRIMEIRO, ELES ACORDARAM BEM CEDO PARA COLETAR A GOTA DE ORVALHO. PEDRO, COM MUITO CUIDADO, USOU UMA COLHERZINHA PARA PEGAR A GOTA BRILHANTE DA FOLHA DE UMA ROSA.

 

NO MESMO DIA, AO MEIO-DIA, SOFIA SEGUROU UM ESPELHO NA JANELA PARA CAPTURAR UM RAIO DE SOL. O ESPELHO REFLETIU O RAIO, QUE FOI GUARDADO EM UMA PEQUENA CAIXINHA.

 

POR FIM, NAQUELA NOITE, DURANTE A LUA CHEIA, OS DOIS FORAM ATÉ O JARDIM PARA COLHER UMA PÉTALA DE UMA FLOR QUE SÓ FLORESCIA SOB A LUZ DA LUA.

 

COM OS TRÊS ITENS EM MÃOS, AS CRIANÇAS VOLTARAM PARA A LAVANDERIA. COLOCARAM A GOTA DE ORVALHO, O RAIO DE SOL E A PÉTALA DA FLOR DENTRO DA MÁQUINA DE LAVAR, CONFORME OS FANTASMAS TINHAM INSTRUÍDOS. A MÁQUINA COMEÇOU A BRILHAR INTENSAMENTE E, NUM PISCAR DE OLHOS, O FANTASMA DESAPARECEU, DEIXANDO APENAS UMA BRISA SUAVE NA LAVANDERIA.

 

PEDRO E SOFIA SE OLHARAM, MARAVILHADOS COM O QUE HAVIAM FEITO. DONA ISABEL, QUE ESTAVA OBSERVANDO TUDO DE LONGE, SORRIU COM ORGULHO DOS FILHOS.

 

A PARTIR DAQUELE DIA, A MÁQUINA DE LAVAR VOLTOU A SER APENAS UMA MÁQUINA COMUM. MAS PEDRO E SOFIA NUNCA ESQUECERAM A AVENTURA QUE VIVERAM E SEMPRE QUE OUVIAM UM BARULHINHO ESTRANHO NA LAVANDERIA, DAVAM UM SORRISO, LEMBRANDO DOS AMIGOS FANTASMAS QUE UM DIA AJUDARAM A LIBERTAR.

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 12/08/2024
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