Recordações de uma atleta octogenária

Já se passarão muito mas relembrar como se fosse hoje e chega sentir aquele friozinho de uma principiante, o ginásio lotado o calor da energia que vinha da arquibancada a esfera caindo na cesta em câmara lenta e os gritos ecoavam é campeão. Ela soluçava dizendo: Oh! Medalha querida, companheira de longas jornada pede para os deuses não permitir entrar no esquecimento aquele momento tão lindo.

Hoje sou uma ex-atleta com muitas limitações, caminho lentamente entre as pessoas que me veem como uma idosa no fim da estrada, esse anonimato doí na alma e ninguém me reconhece vejo as conterrâneas desfilarem na quadra onde um dia fui idolatrada, mas o triturador do tempo sugou minha energia para depois desovar num beco qualquer. Olha na parede a medalha pendurada, encosta a cadeira de roda mais perto da parede dali a claridade bate de cheio e o ouro já gasto emiti um fraco brilho e ela absolve o reflexo volta ao devaneio do momento que foi premiada como integrante daquela seleção de seu país sorri sozinha imaginando ser abraçada pelas companheiras que nunca mais tivera notícia.

Jova
Enviado por Jova em 29/07/2024
Reeditado em 29/07/2024
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