Recordações de uma atleta octogenária
Já se passarão muito mas relembrar como se fosse hoje e chega sentir aquele friozinho de uma principiante, o ginásio lotado o calor da energia que vinha da arquibancada a esfera caindo na cesta em câmara lenta e os gritos ecoavam é campeão. Ela soluçava dizendo: Oh! Medalha querida, companheira de longas jornada pede para os deuses não permitir entrar no esquecimento aquele momento tão lindo.
Hoje sou uma ex-atleta com muitas limitações, caminho lentamente entre as pessoas que me veem como uma idosa no fim da estrada, esse anonimato doí na alma e ninguém me reconhece vejo as conterrâneas desfilarem na quadra onde um dia fui idolatrada, mas o triturador do tempo sugou minha energia para depois desovar num beco qualquer. Olha na parede a medalha pendurada, encosta a cadeira de roda mais perto da parede dali a claridade bate de cheio e o ouro já gasto emiti um fraco brilho e ela absolve o reflexo volta ao devaneio do momento que foi premiada como integrante daquela seleção de seu país sorri sozinha imaginando ser abraçada pelas companheiras que nunca mais tivera notícia.