OS AVIÕEZINHOS DE PAPEL

NA FAZENDA BELA VISTA, ONDE O VENTO SUSSURRAVA ENTRE AS ÁRVORES E OS GRILOS CANTAVAM MELODIAS SUAVES, OS PRIMOS RENATA E ROBERTO PASSAVAM SUAS FÉRIAS DE VERÃO. EMBORA O CENÁRIO FOSSE BELO E SERENO, ELES ESTAVAM ENTEDIADOS. NADA PARECIA INTERESSANTE ATÉ QUE ROBERTO TEVE UMA IDEIA BRILHANTE.

 

— E SE FIZERMOS UMA COMPETIÇÃO DE AVIÕEZINHOS DE PAPEL? — SUGERIU ELE, OS OLHOS BRILHANDO DE ENTUSIASMO.

 

RENATA, SEMPRE PRONTA PARA UMA AVENTURA, CONCORDOU IMEDIATAMENTE. CORRENDO PARA A ESCRIVANINHA ANTIGA E DESGASTADA PELO TEMPO, COMEÇARAM A DOBRAR FOLHAS DE PAPEL A4, CRIANDO OS MAIS DIVERSOS MODELOS DE AVIÕES.

 

NO ENTANTO, LOGO PERCEBERAM QUE SUAS CRIAÇÕES NÃO IAM MUITO LONGE. SIMPLES AVIÕEZINHOS DE PAPEL NÃO ERAM SUFICIENTES PARA SACIAR A CURIOSIDADE E A CRIATIVIDADE DOS DOIS PRIMOS. ELES PRECISAVAM DE ALGO MAIOR, ALGO REVOLUCIONÁRIO. FOI QUANDO ROBERTO EXCLAMOU:

 

— PRECISAMOS REVOLUCIONAR! VAMOS CRIAR O MAIOR MARCO TECNOLÓGICO DESDE A INVENÇÃO DO ATIÇADOR DE LAREIRA: O AVIÃO DE PAPEL PERFEITO!

 

INSPIRADOS POR ESSA IDEIA GRANDIOSA, RENATA E ROBERTO DECIDIRAM ESTUDAR O VOO DAS AVES E ENTENDER A AERODINÂMICA DELAS. PASSARAM DIAS OBSERVANDO OS PÁSSAROS NO CAMPO, ANALISANDO SUAS ASAS E A FORMA COMO DESLIZAVAM PELO AR. ANOTARAM SUAS OBSERVAÇÕES EM UM CADERNO VELHO, CHEIO DE ANOTAÇÕES RABISCADAS E DESENHOS DETALHADOS.

 

DE VOLTA À ESCRIVANINHA COMIDA POR CUPINS, COMEÇARAM A DESENHAR E TESTAR DIFERENTES MODELOS DE AVIÕES DE PAPEL. O PROCESSO FOI ÁRDUO E EXAUSTIVO, RENDENDO DUAS SEMANAS DE TRABALHO INTENSO E MUITAS NOITES SEM DORMIR. FOLHAS DE PAPEL AMASSADAS E DESCARTADAS SE ACUMULAVAM NO CHÃO, ENQUANTO RENATA E ROBERTO APERFEIÇOAVAM CADA DETALHE DE SUAS CRIAÇÕES.

 

FINALMENTE, APÓS MUITAS TENTATIVAS E AJUSTES, O GRANDE DIA CHEGOU. OS PRIMOS ESTAVAM PRONTOS PARA LANÇAR SEU AVIÃO DE PAPEL REVOLUCIONÁRIO. COM A AJUDA DO AVÔ, ABRIRAM A JANELA DO DORMITÓRIO QUE DAVA PARA O VASTO CAMPO DA FAZENDA. O SOL BRILHAVA NO CÉU, E UMA LEVE BRISA SOPRAVA, CRIANDO AS CONDIÇÕES PERFEITAS PARA O VOO.

 

RENATA SEGUROU O AVIÃO COM CUIDADO, ENQUANTO ROBERTO SE PREPARAVA PARA O LANÇAMENTO. O AVÔ, CURIOSO E PERPLEXO, OBSERVAVA A CENA COM EXPECTATIVA. ROBERTO FEZ UMA CONTAGEM REGRESSIVA:

 

— TRÊS... DOIS... UM... JÁ!

 

COM UM MOVIMENTO SUAVE, RENATA LANÇOU O AVIÃO DE PAPEL PELA JANELA. PARA A SURPRESA DE TODOS, O AVIÃO DESLIZOU PELO AR COM GRAÇA E PRECISÃO, VOANDO ALTO E LONGE PELO CAMPO. PARECIA QUASE MÁGICO, DANÇANDO COM O VENTO E DESAFIANDO A GRAVIDADE.

 

O AVÔ, COM OS OLHOS ARREGALADOS E UM SORRISO DE ORGULHO, EXCLAMOU:

 

— VOCÊS CONSEGUIRAM! O PRIMEIRO AVIÃO DE PAPEL DA HISTÓRIA!

 

RENATA E ROBERTO SE ABRAÇARAM, COMEMORANDO O SUCESSO DE SUA INVENÇÃO. ELES HAVIAM TRANSFORMADO UM SIMPLES PASSATEMPO EM UMA INCRÍVEL AVENTURA CIENTÍFICA, PROVANDO QUE A CRIATIVIDADE E A PERSISTÊNCIA PODEM LEVAR A GRANDES CONQUISTAS.

 

E ASSIM, NAQUELE VERÃO INESQUECÍVEL, OS PRIMOS RENATA E ROBERTO NÃO APENAS CRIARAM UM AVIÃO DE PAPEL, MAS TAMBÉM APRENDERAM A IMPORTÂNCIA DE SONHAR GRANDE E NUNCA DESISTIR.

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 28/07/2024
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