A Menina, o Pato e o Coelho
Melissa é uma menininha de 6 anos, esperta e que está sempre com um sorrisão estampado na cara. É magrinha tem a canelinha fina, não é por falta de se alimentar direito, é porque saiu ao pai.
Ela ama os animais, ama tanto que já chegou a nomear um bando de besouros um a um. Acredita que dando nomes, lhes dá o respeito que merecem.
Mas o amor que Melissa nutre pelos animais chega a machucar de tão profundo que é.
Ela não consegue só fazer carinho e deixar o animal ser animal. Precisa tê-los cada vez mais perto, mais próximo, precisa sentir o coração deles junto do seu. Por isso ela carrega, prende, beija, cheira e abraça apertado até quase sufocá-los.
O coelho Pingo foi o primeiro à fugir desse amor esmagador. Era amado, bem criado, ele sabia disso. Mas não suportava mais ser fantasiado todos os dias, vestir roupas quentes de bebê em pleno verão, ter as orelhas amarradas com lacinho e ser escovado com a escova de dentes.
Certo dia se deu a chance da sua vida, a única talvez para ser livre. O portão estava encostado e lá se foi.
Quando avistou a imensidão verde e a liberdade que se abria a sua frente, suspirou, agradeceu, e por um instante hesitou se perguntando: "E o amor que ela tem por mim...sentirei falta dos seus carinhos!" Mas o pensamento foi breve logo que se lembrou das roupas de bebê em dias de verão. Saltou e logo sumiu por entre as plantas.
Melissinha chorou um pouco quando descobriu que seu amigo tinha partido. Mas logo lhe trouxeram outro animal. Desta vez um pato, um pequeno e amarelinho pato que logo foi chamado de Pipy.
Pobre Pipy, tinha uma rotina à seguir. Era obrigado a nadar mesmo sem saber, era carregado na maleta onde quer que ela fosse, tinha que comer o que lhe era ofertado, até mesmo um peixe morto lhe foi oferecido certa vez. Ele se perguntava: "Será que pelo amor que sinto por essa menina, vale tudo? Até comer peixe morto?" suspirava e continuava.
Ele foi crescendo, e a linda penugem amarela foi dando lugar as primeiras penas, que foram arrancadas por Melissa que não queria ver o seu pato adulto.
Pipy estava entediado e chegou no seu limite no dia em que foi posto no tanque de roupas cheio de água sanitária com sabão em pó.
Mas Melissa não fez por mal, apenas queria aliviar o seu amigo do calor insuportável que estava fazendo num dia ensolarado de verão.
Pipy foi salvo pela avó de Melissa que aos berros acudiu o pobre pato.
A noitinha o pato ouviu um chamado baixinho e viu o coelho Pingo escondidinho.
- Hei Pipy, tenho observado como a sua vida não está fácil. Conheço bem, já passei por isso também. Venha comigo, esqueceram o portão aberto outra vez.
- Mas a Melissinha vai sofrer com a minha partida. Pois ela ainda pensa muito em você que já fugiu. Até as suas roupas ela já tentou colocar em mim. A sorte é que não tem como entrar. E se ela ficar doente?
- Não fica não. Não se preocupe, te garanto. Ela tem muito amor para dar e logo arruma outro animalzinho.
- Já que você garante. Então vou.
Pipy desfrutou das mesmas sensações que Pingo tinha desfrutado meses atrás. Juntos foram embora mato à dentro.
Melissa chorou.
Sua avó explicou que os animais também seguem o seu rumo.
Ela com sua esperteza entendeu e logo se animou com as suas bonecas e jogos. Pensou: "Pelos menos essas não conseguem fugir!"
Os 2 logo ali pertinho escondidos atrás da moitinha comentavam:
-Ela é uma boa menina. -disse Pipy.
-É sim. Pena que ame demais. -respondeu Pingo.
Melissa é uma menininha de 6 anos, esperta e que está sempre com um sorrisão estampado na cara. É magrinha tem a canelinha fina, não é por falta de se alimentar direito, é porque saiu ao pai.
Ela ama os animais, ama tanto que já chegou a nomear um bando de besouros um a um. Acredita que dando nomes, lhes dá o respeito que merecem.
Mas o amor que Melissa nutre pelos animais chega a machucar de tão profundo que é.
Ela não consegue só fazer carinho e deixar o animal ser animal. Precisa tê-los cada vez mais perto, mais próximo, precisa sentir o coração deles junto do seu. Por isso ela carrega, prende, beija, cheira e abraça apertado até quase sufocá-los.
O coelho Pingo foi o primeiro à fugir desse amor esmagador. Era amado, bem criado, ele sabia disso. Mas não suportava mais ser fantasiado todos os dias, vestir roupas quentes de bebê em pleno verão, ter as orelhas amarradas com lacinho e ser escovado com a escova de dentes.
Certo dia se deu a chance da sua vida, a única talvez para ser livre. O portão estava encostado e lá se foi.
Quando avistou a imensidão verde e a liberdade que se abria a sua frente, suspirou, agradeceu, e por um instante hesitou se perguntando: "E o amor que ela tem por mim...sentirei falta dos seus carinhos!" Mas o pensamento foi breve logo que se lembrou das roupas de bebê em dias de verão. Saltou e logo sumiu por entre as plantas.
Melissinha chorou um pouco quando descobriu que seu amigo tinha partido. Mas logo lhe trouxeram outro animal. Desta vez um pato, um pequeno e amarelinho pato que logo foi chamado de Pipy.
Pobre Pipy, tinha uma rotina à seguir. Era obrigado a nadar mesmo sem saber, era carregado na maleta onde quer que ela fosse, tinha que comer o que lhe era ofertado, até mesmo um peixe morto lhe foi oferecido certa vez. Ele se perguntava: "Será que pelo amor que sinto por essa menina, vale tudo? Até comer peixe morto?" suspirava e continuava.
Ele foi crescendo, e a linda penugem amarela foi dando lugar as primeiras penas, que foram arrancadas por Melissa que não queria ver o seu pato adulto.
Pipy estava entediado e chegou no seu limite no dia em que foi posto no tanque de roupas cheio de água sanitária com sabão em pó.
Mas Melissa não fez por mal, apenas queria aliviar o seu amigo do calor insuportável que estava fazendo num dia ensolarado de verão.
Pipy foi salvo pela avó de Melissa que aos berros acudiu o pobre pato.
A noitinha o pato ouviu um chamado baixinho e viu o coelho Pingo escondidinho.
- Hei Pipy, tenho observado como a sua vida não está fácil. Conheço bem, já passei por isso também. Venha comigo, esqueceram o portão aberto outra vez.
- Mas a Melissinha vai sofrer com a minha partida. Pois ela ainda pensa muito em você que já fugiu. Até as suas roupas ela já tentou colocar em mim. A sorte é que não tem como entrar. E se ela ficar doente?
- Não fica não. Não se preocupe, te garanto. Ela tem muito amor para dar e logo arruma outro animalzinho.
- Já que você garante. Então vou.
Pipy desfrutou das mesmas sensações que Pingo tinha desfrutado meses atrás. Juntos foram embora mato à dentro.
Melissa chorou.
Sua avó explicou que os animais também seguem o seu rumo.
Ela com sua esperteza entendeu e logo se animou com as suas bonecas e jogos. Pensou: "Pelos menos essas não conseguem fugir!"
Os 2 logo ali pertinho escondidos atrás da moitinha comentavam:
-Ela é uma boa menina. -disse Pipy.
-É sim. Pena que ame demais. -respondeu Pingo.