A face da morte demoníaca

A face da morte demoníaca

Cardoso I.

Rubens acordou cedo,

Como de costume,

Olhou-se no espelho,

Tudo normal, nada novo;

Tomou banho,

Pôs a mesa de café,

Deliciando-se com chá quente e torradas.

Olhou no relógio, marcava oito horas em ponto.

Estava atrasado pra entrevista de emprego.

Saiu apressado.

Logo na porta de casa, deparou-se com o carteiro.

Assustou-se!

O homem tinha feições incomuns. Rosto esticado, boca larga, olhos negros e profundos, dentes afiados.

Rubens, trêmulo, apressou os passos e saiu andando.

Mais a frente, outras pessoas conhecidas pareciam ter a mesma feição que o carteiro.

Era sempre os mesmos detalhes. Rosto esticado, boca larga, olhos Negros e vazios e dentes afiados.

Gritou apavorado!

. Algo estava errado.

No intuito de descobrir o que era,

Adentrou o consultório do amigo médico.

Ao chegar a mesma cena, o médico com aparência orenda.

Não teve jeito, encarou ali o medo.

Quis saber do doutor o que havia acontecido.

O médico então olhou-o com indagação.

-talvez esteja tendo alucinação? Não há nada de errado comigo ou com qualquer outro cidadão.

Mas devo alerta-lo caro amigo, estás com síndrome "cara do cão ".

Imediatamente, quis saber mais sobre isso.

O doutor lhe explicou que a síndrome faz o doente ver alucinações e deformidades onde não há.

Rubens assustado, quis logo ser medicado.

O médico então lhe alertou que para esse tipo de síndrome não há cura, só terror.

Rubens teria que encarar de frente, aprender a conviver novamente com essa realidade que a mente criara, lugar repleto de gente de feição grotesca, mesmo que lhe assuste ou aborreça.

Na euforia do momento, Rubens soltou um gritou de medo e inconformidade, enquanto observava o doutor cada vez mais amedrontador e deformado, como a face de um anjo da morte demoníaca.

Ivonoel cardoso
Enviado por Ivonoel cardoso em 10/07/2024
Reeditado em 10/07/2024
Código do texto: T8103878
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