NA SELVA DA MADEIRA VIOLETA, VIVIA UM MACAQUINHO MUITO TRAVESSO CHAMADO CACO. ELE ERA CONHECIDO POR SUAS TRAVESSURAS MIRABOLANTES E SEU ETERNO SORRISO NO ROSTO. CACO GOSTAVA DE SE DIVERTIR INTENSAMENTE, PINTANDO A VIDA COM ALEGRIA E AMOR, DEIXANDO DE LADO AS RAIVAS, BRIGAS E INVEJAS. ELE SEMPRE DIZIA: "VAMOS COLORIR O MUNDO!"

 

ERA UMA MANHÃ ENSOLARADA, E CACO ESTAVA PLANEJANDO SUA PRÓXIMA TRAVESSURA. ELE ENCONTROU UM BALDE DE TINTA ROXA E TEVE UMA IDEIA BRILHANTE.

 

— JÁ SEI! VOU PINTAR O RABO DO LEOPOLDO! — EXCLAMOU CACO, RINDO SOZINHO.

 

CACO PULOU DE ÁRVORE EM ÁRVORE ATÉ ENCONTRAR LEOPOLDO, O LEOPARDO MAIS ORGULHOSO DA SELVA, TIRANDO UMA SONECA AO SOL.

 

 U U Á Á!  SUSSURROU CACO PARA SI MESMO ENQUANTO SE APROXIMAVA SILENCIOSAMENTE.

 

COM MUITO CUIDADO, CACO COMEÇOU A PINTAR O RABO DE LEOPOLDO COM TINTA ROXA. QUANDO TERMINOU, O RABO DE LEOPOLDO PARECIA UMA OBRA DE ARTE!

 

DE REPENTE, LEOPOLDO ACORDOU E OLHOU PARA TRÁS.

 

— CACO! O QUE VOCÊ FEZ COM MEU RABO?! — RUGIU LEOPOLDO, TENTANDO OLHAR O PRÓPRIO RABO.

 

— AH, LEOPOLDO, AGORA VOCÊ ESTÁ NA MODA DA MADEIRA VIOLETA! — DISSE CACO, RINDO E PULANDO PARA LONGE.

 

LEOPOLDO SUSPIROU, MAS NÃO CONSEGUIU FICAR BRAVO POR MUITO TEMPO. CACO ERA ASSIM, SEMPRE COLORINDO A VIDA DE TODOS AO SEU REDOR, MESMO QUE DE MANEIRAS INESPERADAS.

 

MAIS TARDE, CACO ENCONTROU SUA AMIGA LOLA, A ARARA-AZUL, QUE ESTAVA TENTANDO ABRIR UM COCO.

 

— PRECISA DE AJUDA, LOLA? — PERGUNTOU CACO.

 

— AH, CACO, ESSE COCO ESTÁ IMPOSSÍVEL DE ABRIR! — RESPONDEU LOLA, FRUSTRADA.

 

— DEIXE COMIGO! — DISSE CACO, PEGANDO O COCO E SUBINDO RAPIDAMENTE ATÉ O TOPO DE UMA PALMEIRA. DE LÁ, ELE SOLTOU O COCO, QUE CAIU E SE PARTIU PERFEITAMENTE AO MEIO.

 

— UAU, OBRIGADA, CACO! — DISSE LOLA, ADMIRADA.

 

— NADA COMO UM POUCO DE ALTURA PARA RESOLVER O PROBLEMA! — RIU CACO.

 

ENQUANTO ISSO, OS OUTROS ANIMAIS DA SELVA COMEÇARAM A NOTAR AS TRAVESSURAS DE CACO. HAVIA UMA ZEBRA COM LISTRAS COLORIDAS, UM ELEFANTE COM BOLINHAS E ATÉ UM TUCANO COM UM BICO ARCO-ÍRIS.

 

UMA REUNIÃO FOI CONVOCADA NA CLAREIRA CENTRAL DA SELVA. TODOS OS ANIMAIS ESTAVAM LÁ, DISCUTINDO SOBRE COMO LIDAR COM CACO.

 

— PRECISAMOS FAZER ALGO! — DISSE GERTRUDES, A GIRAFA, BALANÇANDO A CABEÇA.

 

— MAS O QUE? — PERGUNTOU TONICO, O TUCANO. — ELE SÓ ESTÁ TENTANDO NOS FAZER SORRIR.

 

DE REPENTE, CACO APARECEU NA CLAREIRA, COM UM ENORME BALDE DE TINTA DOURADA.

 

— PESSOAL, EU SÓ QUERIA TRAZER UM POUCO DE COR PARA NOSSAS VIDAS! — EXPLICOU CACO. — ÀS VEZES, ESQUECEMOS DE SORRIR E DE APRECIAR AS COISAS SIMPLES.

 

OS ANIMAIS SE ENTREOLHARAM E PERCEBERAM QUE, APESAR DAS TRAVESSURAS, CACO ESTAVA CERTO. SUA ALEGRIA E AMOR ERA CONTAGIANTES.

 

— TUDO BEM, CACO. MAS VAMOS FAZER UM TRATO. VOCÊ PODE CONTINUAR PINTANDO A SELVA, MAS SEM NOS PEGAR DE SURPRESA! — DISSE LEOPOLDO, TENTANDO MANTER A SERIEDADE.

 

— FECHADO! — RESPONDEU CACO, COM UM SORRISO BRILHANTE.

 

E ASSIM, CACO CONTINUOU A PINTAR A SELVA COM SUAS CORES VIBRANTES, MAS AGORA COM A AJUDA DE TODOS OS ANIMAIS. JUNTOS, ELES CRIARAM A SELVA MAIS COLORIDA E FELIZ DE TODAS, ONDE NÃO HAVIA LUGAR PARA RAIVAS, BRIGAS OU INVEJAS. CACO, COM SEU CORAÇÃO CHEIO DE AMOR, TINHA REALMENTE PINTADO O SETE E TRANSFORMADO A VIDA DE TODOS COM SUAS TRAVESSURAS CHEIAS DE ALEGRIA.

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 23/06/2024
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