ERA UMA VEZ, UM ESQUILO MUITO ESPERTO E TRAVESSO CHAMADO JOÃO SERELEPE. ELE VIVIA SALTITANDO PELOS BOSQUES COLORIDOS DO CANADÁ. JOÃO NÃO ERA UM ESQUILO COMUM; ELE TINHA UMA CABEÇA E UM NARIZ LEVEMENTE ALONGADOS, DOIS OLHOS VIVOS E ESCUROS, PERFEITOS PARA ENXERGAR NA PENUMBRA, E ORELHAS COM TUFOS GRACIOSOS DE PELOS LONGOS QUE EMERGIAM COMO ANTENAS DE INVERNO. SEU CORPO ESBELTO E CAUDA PLUMOSA DAVAM A ELE UMA ELEGÂNCIA INIGUALÁVEL, PARECENDO UMA VERDADEIRA PLUMA MACIA AO VENTO.
CERTA MANHÃ, JOÃO SERELEPE ACORDOU COM UMA MISSÃO EM MENTE: ENCONTRAR AS NOZES DOURADAS, UM TESOURO LENDÁRIO QUE DIZIAM ESTAR ESCONDIDO EM ALGUM LUGAR NO CORAÇÃO DO BOSQUE. COM UM SORRISO TRAVESSO E UM BRILHO DE DETERMINAÇÃO NOS OLHOS, ELE COMEÇOU SUA JORNADA.
ENQUANTO SALTAVA DE GALHO EM GALHO, JOÃO SERELEPE CANTAROLAVA FELIZ:
— "LÁ VOU EU, JOÃO SERELEPE, EM BUSCA DAS NOZES DOURADAS! QUEM SABE HOJE É O MEU DIA DE SORTE!"
DE REPENTE, UM SOM ESTRANHO ECOOU PELO BOSQUE. ERA O CAÇADOR DE PELES, SENHOR MURCHO, CONHECIDO POR SUA PERSISTÊNCIA EM CAPTURAR ANIMAIS PARA VENDER SUAS PELES. JOÃO SERELEPE SABIA QUE PRECISAVA SER AINDA MAIS ÁGIL E ESPERTO PARA EVITAR CAIR NAS GARRAS DO TEMIDO CAÇADOR.
— "AI, AI, AI, PARECE QUE TENHO COMPANHIA INDESEJADA!" — DISSE JOÃO, DANDO UMA RISADINHA NERVOSA.
ENQUANTO SALTAVA PARA UM GALHO MAIS ALTO, OUVIU A VOZ GROSSA DO SENHOR MURCHO:
— "VOU PEGAR VOCÊ, ESQUILO TRAVESSO! SUA PELE FARÁ UM BELO CHAPÉU!"
JOÃO SERELEPE RESPONDEU EM TOM DE BRINCADEIRA:
— "SE QUERES ME PEGAR, TERÁS QUE SER MAIS RÁPIDO, SENHOR MURCHO! SOU O ESQUILO MAIS VELOZ DO BOSQUE!"
O CAÇADOR MURMUROU ALGO INAUDÍVEL, IRRITADO, E CONTINUOU SUA PERSEGUIÇÃO. JOÃO, COM SUA ESPERTEZA, COMEÇOU A USAR OS TRUQUES QUE APRENDERA AO LONGO DOS ANOS. ELE PULAVA ENTRE ÁRVORES, SE ESCONDIA ATRÁS DE GRANDES TRONCOS E ATÉ USAVA FOLHAS PARA SE CAMUFLAR. EM UM MOMENTO PARTICULARMENTE ENGENHOSO, JOÃO SE ESCONDEU EM UM BURACO DE ÁRVORE, DEIXANDO APENAS SUA CAUDA VISÍVEL.
QUANDO O SENHOR MURCHO SE APROXIMOU, ELE PUXOU A CAUDA COM FORÇA, APENAS PARA DESCOBRIR QUE ESTAVA SEGURANDO UM RAMO CHEIO DE FOLHAS!
— "MAIS SORTE NA PRÓXIMA VEZ, SENHOR MURCHO!" — ZOMBOU JOÃO, RINDO ENQUANTO CONTINUAVA SUA FUGA.
DEPOIS DE DESPISTAR O CAÇADOR, JOÃO SERELEPE CHEGOU A UMA CLAREIRA ILUMINADA POR RAIOS DE SOL QUE PENETRAVAM A DENSA COPA DAS ÁRVORES. NO CENTRO DA CLAREIRA, ELE VIU ALGO BRILHANDO. COM O CORAÇÃO BATENDO FORTE, ELE CORREU ATÉ LÁ E ENCONTROU AS NOZES DOURADAS!
— "UAU! EU ENCONTREI! EU REALMENTE ENCONTREI!" — EXCLAMOU JOÃO, MARAVILHADO COM O BRILHO DAS NOZES.
ENQUANTO ELE COLETAVA AS NOZES, DECIDIU QUE SERIA GENEROSO E COMPARTILHARIA SEU ACHADO COM OS OUTROS ANIMAIS DO BOSQUE. AFINAL, A FELICIDADE É MELHOR QUANDO COMPARTILHADA.
DE VOLTA À SEGURANÇA DE SUA ÁRVORE, JOÃO SERELEPE SE DEITOU EM SEU NINHO MACIO, OLHANDO AS ESTRELAS QUE COMEÇAVAM A SURGIR NO CÉU.
— "HOJE FOI UM DIA E TANTO!" — DISSE ELE, BOCEJANDO E SE PREPARANDO PARA DORMIR. — "E AMANHÃ, QUEM SABE, OUTRA AVENTURA ME ESPERA."
E ASSIM, JOÃO SERELEPE ADORMECEU, SONHANDO COM NOVAS TRAVESSURAS E AVENTURAS PELOS BOSQUES DO CANADÁ, SABENDO QUE, COM SUA INTELIGÊNCIA E BOM HUMOR, SEMPRE ENCONTRARIA UMA MANEIRA DE ESCAPAR DO SENHOR MURCHO E ENCONTRAR TESOUROS ESCONDIDOS. E TODOS NO BOSQUE VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE, ESPECIALMENTE JOÃO SERELEPE, O ESQUILO MAIS TRAVESSO E CORAJOSO DE TODOS.