ERA UMA VEZ, EM UM VILAREJO ENCANTADO NA SERRA DO RIO DO RASTRO, EM SANTA CATARINA, UMA MENINA CHAMADA CLARA. CLARA TINHA DEZ ANOS E ERA CONHECIDA POR TODOS COMO “CLARA DAS IDEIAS”. ISSO PORQUE SUA CABEÇA ESTAVA SEMPRE FERVILHANDO DE PENSAMENTOS MIRABOLANTES E PLANOS AVENTUREIROS.

 

UM DIA, ENQUANTO CLARA ESTAVA SENTADA EM UM GRANDE PENHASCO ADMIRANDO A VISTA DESLUMBRANTE DA SERRA, ELA TEVE UMA IDEIA BRILHANTE. "E SE EU ENCONTRAR O TESOURO PERDIDO DO VELHO CAPITÃO MÁRIO?" DISSE ELA A SI MESMA, COM OS OLHOS BRILHANDO DE EXCITAÇÃO.

 

CLARA DESCEU CORRENDO A COLINA PARA CONTAR A NOVIDADE A SEUS AMIGOS, JOÃO E ANA.

 

— JOÃO! ANA! EU TIVE A MELHOR IDEIA DE TODAS! VAMOS ENCONTRAR O TESOURO PERDIDO DO CAPITÃO MÁRIO! — EXCLAMOU CLARA, SEM CONSEGUIR CONTER A EMPOLGAÇÃO.

 

JOÃO, UM GAROTO DE CABELOS ARREPIADOS E SEMPRE CURIOSO, RESPONDEU:

 

— MAS CLARA, TODO MUNDO DIZ QUE ESSE TESOURO É SÓ UMA LENDA. E MESMO QUE FOSSE VERDADE, ONDE VAMOS COMEÇAR A PROCURAR?

 

ANA, A MAIS CAUTELOSA DO GRUPO, ACRESCENTOU:

 

— E SE FOR PERIGOSO? A SERRA DO RIO DO RASTRO É CHEIA DE SURPRESAS, VOCÊ SABE.

 

CLARA, COM UM SORRISO TRAVESSO, RESPONDEU:

 

— TENHO UM MAPA! — DISSE, PUXANDO UM PEDAÇO DE PAPEL AMARELADO DO BOLSO. — ENCONTREI NO SÓTÃO DA MINHA AVÓ. DIZ QUE O TESOURO ESTÁ ESCONDIDO EM UMA CAVERNA SECRETA ATRÁS DA GRANDE CACHOEIRA.

 

OS OLHOS DE JOÃO E ANA SE ARREGALARAM.

 

— UAU! ISSO É INCRÍVEL! — EXCLAMOU JOÃO.

 

— BEM, SE VOCÊ TEM UM MAPA... — DISSE ANA, AINDA UM POUCO RECEOSA, MAS JÁ COMEÇANDO A SE ANIMAR COM A AVENTURA.

 

E ASSIM, OS TRÊS AMIGOS PARTIRAM EM SUA JORNADA. NO CAMINHO, CLARA CONTOU SUAS IDEIAS PARA POSSÍVEIS ARMADILHAS QUE PODERIAM ENCONTRAR E COMO SUPERÁ-LAS. ELA PENSAVA EM TUDO: DE UM SISTEMA PARA DESVIAR DE ROCHAS DESMORONANDO A UM JEITO DE ATRAVESSAR RIOS COM CORDAS E MADEIRAS.

 

A TRILHA ERA LONGA E CHEIA DE DESAFIOS. PRIMEIRO, TIVERAM QUE ATRAVESSAR UMA PONTE DE CORDAS QUE BALANÇAVA PERIGOSAMENTE SOBRE UM DESFILADEIRO.

 

— CLARA, ESSA PONTE NÃO PARECE MUITO SEGURA... — DISSE ANA, OLHANDO NERVOSAMENTE PARA A PROFUNDIDADE ABAIXO.

 

— É SÓ NÃO OLHAR PARA BAIXO! VAMOS EM FRENTE! — RESPONDEU CLARA, CONFIANTE.

 

DEPOIS DE ATRAVESSAREM A PONTE, ENFRENTARAM UMA TEMPESTADE REPENTINA. CLARA, JÁ PREPARADA, PUXOU UMA CAPA DE CHUVA PARA CADA UM DE SEUS AMIGOS.

 

— SABIA QUE ALGO ASSIM PODERIA ACONTECER! — DISSE ELA, COM UM SORRISO.

 

FINALMENTE, APÓS VÁRIAS HORAS DE CAMINHADA, CHEGARAM À GRANDE CACHOEIRA. O SOM DA ÁGUA CAINDO ERA ENSURDECEDOR. CLARA OLHOU PARA O MAPA E DEPOIS PARA A CACHOEIRA.

 

— A CAVERNA DEVE ESTAR BEM ATRÁS DA CORTINA DE ÁGUA. VAMOS LÁ! — GRITOU ELA.

 

COM DIFICULDADE, OS TRÊS AMIGOS CONSEGUIRAM PASSAR POR TRÁS DA CACHOEIRA E, PARA SUA SURPRESA, ENCONTRARAM A ENTRADA DA CAVERNA. O AR ESTAVA ÚMIDO E FRESCO, E A CAVERNA ERA ILUMINADA POR CRISTAIS BRILHANTES NAS PAREDES.

 

— UAU! — EXCLAMOU JOÃO. — PARECE MÁGICA!

 

— VAMOS EM FRENTE — DISSE CLARA, LIDERANDO O CAMINHO.

 

ELES ANDARAM POR UM CORREDOR ESTREITO ATÉ CHEGAREM A UMA SALA AMPLA E MISTERIOSA. NO CENTRO, HAVIA UM BAÚ ANTIGO E ENFERRUJADO.

 

— ESSE É O TESOURO DO CAPITÃO MÁRIO! — DISSE CLARA, COM OS OLHOS BRILHANDO DE ALEGRIA.

 

COM ALGUM ESFORÇO, CONSEGUIRAM ABRIR O BAÚ. LÁ DENTRO, ENCONTRARAM MOEDAS DE OURO, PEDRAS PRECIOSAS E UM PERGAMINHO VELHO.

 

— SOMOS RICOS! — GRITOU JOÃO.

 

— ESPERA — DISSE ANA, PEGANDO O PERGAMINHO. — PARECE UMA MENSAGEM.

 

NO PERGAMINHO, ESTAVA ESCRITO: "PARA AQUELES QUE ENCONTRAM MEU TESOURO, USEM-NO COM SABEDORIA PARA O BEM DE TODOS".

 

CLARA SORRIU E DISSE:

 

— ACHO QUE O VERDADEIRO TESOURO É A AVENTURA QUE TIVEMOS E O QUE PODEMOS FAZER PARA AJUDAR NOSSO VILAREJO.

 

OS TRÊS AMIGOS CONCORDARAM, E ASSIM VOLTARAM PARA CASA, NÃO APENAS COM UM BAÚ DE RIQUEZAS, MAS COM O CORAÇÃO CHEIO DE ALEGRIA E ORGULHO POR SUA INCRÍVEL AVENTURA.

 

E ASSIM, CLARA DAS IDEIAS CONTINUOU A TER SUAS IDEIAS MIRABOLANTES, SEMPRE TRAZENDO NOVAS AVENTURAS PARA SEUS AMIGOS E SUA COMUNIDADE NA BELA SERRA DO RIO DO RASTRO.